NICOLE
Ouço meu celular tocar já sabendo quem é a pessoa que está ligando.
Nick: oi thales.- falo estressada por ter sido acordada.
Caveira :passa o fim de semana comigo?- pergunta do outro lado da linha.
Nick: hoje ainda é quinta, não podia ter esperado eu acordar?- falo ainda com os olhos fechados.
Caveira: feriado prolongado Nick,te busco hoje, 10h perto do asfalto.- ele diz.
Nick: tá bom, mandão.- murmuro.
Caveira: 10h Nicole.- repete.
Nick: tá bom, tchau.- odeio que me acorde, principalmente quando não tem aula.
Olho o relógio e vejo que já são 8h da manhã.
Levanto mesmo com preguiça vou ao banheiro faço minhas higienes, me olho no espelho enquanto escovo os dentes e ainda vestida apenas por uma lingerie preta, observo a barriguinha, já se passaram um mês, já estou quase entrado no terceiro mês de gestação.
Não dá para vê muita coisa mas tem um voluminho.
Vou para a cozinha depois de vestir um vestido tubinho rosa bebê e prender os cabelos em um coque alto.
Hoje está calor e é sem condições de usar cabelo solto.
Sâme: Bom dia vida.- diz assim que me vê.
Pitete: bom dia prenha.- implica.
Nick: bom dia.- falo revirando os olhos para meu primo.
Sâme: onde vai?- pergunta me analisando.
Nick: caveira quer me vê.-falo dando de ombros.
Sâme: vai ficar até domingo?- faço careta.
Nick: não sei.- falo comendo um pedaço do pão.
Pitete: não esqueça, os morros ainda são inimigos.- diz me encarando quando eu me levanto.
Não sei quais os riscos, mas não quero pensar nisso agora, estamos bem, estamos esperando nosso baby e isso que importa para mim agora.
Peço um vapor para me levar até o asfalto, aviso meus pais que estarei com o caveira, meu pai ainda não leva numa boa, principalmente por ser facção diferente.
Nick: oi.- digo assim que entro no carro.
Caveira: quem é o cara que te trouxe?- pergunta assim que bato a porta do carona.
Nick: vapor do morro, só pedi uma carona.- ele me encara por segundos, parecia ter pensar se entraria em uma discussão ou seguia.
Caveira: hum.- só responde isso e olha para frente.
Nick: sem hum, se for começar daqui mesmo eu volto.- ele suspira e me encara.
Caveira: desculpa, mas você me deixa louco.- passa a mão no rosto.
Nick: sem necessidade alguma, não temos nada, mas não é por isso que me atiro no primeiro macho que me aparece.- ele murmura.
Caveira: não temos nada?- olho sem entender a pergunta.- temos um filho, você é minha mulher, e seria bem mais fácil se fosse morar comigo.- levanto uma das sobrancelhas.
Nick: não vou morar com você por que não sou sua mulher, temos um bebê não um relacionamento sério, não vejo aliança no meu dedo.- digo abusada e por mais incrível que pareça ainda estamos cm o carro parado.
Caveira: ok, ok Nicoli.- fala dando partida sem dizer mais alguma palavra.
O caminho que ele segue é diferente do que acostumamos ir para a rocinha, talvez ele vá fazer algo, não sei, o que eu me lembro é que eu logo peguei no sono.
CAVEIRA
Grávidas, penso assim que encaro ela que está até roncando no banco do carona.
Sigo a rota cortando em toda oportunidade que tenho, paciência pra trânsito é 0.
Péssimo dia pra resolver passear, o trânsito está um inferno, preciso de um avião nessa porra.
Vejo a Nick se mexer e a encaro, ela que não acordou apenas trocou de posição,mas continua roncando.
Gosto dessa Porra dessa mulher demais, ja até disse que amo, mas essa porra não dá o braço a torcer e vem morar comigo de jeito algum.
Já estamos a um hora no trânsito a doida me encara e logo encara a sua volta.
Nick: ta me sequestrando?- encara a estrada.
Caveira: se achar um bom fetiche.- implico.- posso até tr amarrar.- ele pisca algumas vezes, mas logo ameniza a feição.
Nick: melhor não.- assinto, o sequestro mexe bastante com ela, e infelizmente as vezes esqueço que isso da gatilhos.- to com fome.- assinto.
Caveira: tem um restaurante ali na frente, logo podemos almoçar.- ela assente. .
Logo chegamos no restaurante, o cheiro estava ótimo.
Fomos recepcionados e levados até uma mesa ela me encara ainda com dúvidas, parece que ainda está acordando e raciocinando.
Nick: onde estamos indo?- pergunta.
Caveira: Búzios.- ela arregala os olhos.
Nick: mas é longe.- assinto.
Caveira: vamos passar o feriado.- ela fica me olhando abismada.
Nick: eu só trouxe roupa de ficar em casa.- encaro ela.- nem biquíni.- faço cara de paisagem.
Caveira: a gente compra lá, deixa de drama.- ela revira os olhos.- vou te ajudar revirar os olhos daqui a pouco.
No meio das conversas logo pedimos nossa refeição, a Nick quis lasanha e eu uma torta de batata.
Nick: e a Alice, como está?- encaro ela que está m olhando esperando resposta.
Caveira: Chata.- ela da uma risada.
Nick: não fala assim dela.- me repreende.
Caveira: passa o dia falando de você e do bebê.- do de ombros botando uma garfada na boca.
Nick: ciúmes Caveirinha?- zomba.
Caveira: não, só incomodo com a falação.
Depois de comer fomos finalmente para o carro novamente, um pouco a frente paramos para abastecer e a doida foi logo na lojnha do posto para comprar besteiras.
De volta ao trânsito fomos ouvindo música, comendo doces que ela comia e botava na minha boca.
Demoramos umas 4 horas ou mais para chegar em búzios, logo estávamos na cidade e minha garota estava olhando tudo com atenção.
Nick: nossa por que não me avisou, tô toda largada.- murmura olhando atenta.
Caveira: tá gostosa, bom para você e ruim para mim.- falo tentando me concentrar no caminho.
Nick: tô grávida cara.- olho para ela assim que acho o condomínio que vamo ficar.
Caveira: peitos maiores, bunda maior,coxa maior.- falo e pego na sua coxa.- chegamos.- aperto o botão da garagem.
Entro com o carro na garagem e logo saímos do carro.
A casa é minha, comprei a alguns anos, a Nick olha tudo atenta.
Passamos pelo pequeno jardim e fomos andando até o portãozinho, a casa é bem praiana, decorada em tom areia e madeira.
Nick: Casa bonita.- fala olhando tudo.
Caveira: é sim.- abraço ela por trás.
Nick: obrigada por me trazer.- beijo seu pescoço.
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Não me matem, os últimos dias estão complicadíssimos.
Prometo amanhã tentar postar mais coisas.
Perdão, amo vocês 🫶🏽🥹
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PATROA 2
Hayran Kurgu- Nicoli filha da Naná e do Sansão, foi mandada pelos pais para a Suiça para fugir de um dos inimigos do seu pai, antigo dono do Vidigal, mas aos 20 anos, cansada das "desculpas" da sua mãe, fazendo faculdade de enfermagem, ela volta para o Rio de J...