CAPÍTULO 47

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CAVEIRA

Acordo feliz por pelo menos uma noite ter esquecido está guerra que está lá fora, as coisas não estão fáceis.

A facção decretou guerra,passei alguns dias  indo até algumas favelas de aliados que sempre foram fechamentos comigo, expliquei toda a situação, sem alguma mentira, alguns disseram ser loucura se voltar contra os caras, outros entenderam meu lado e disseram que vão me apoiar.

O Sansão me procurou, segundo ele não temos muito o que fazer, somente retrucar a guerra, e para isso vamos ter que criar uma nova gestão, a uns anos minha vontade era mata- lo e agora para salvar minha família, minha única escolha é me juntar a ele.

O destino é um baita de um filho da puta, me fazer se apaixonar pela filha do Sansão, me dá os neto dele como filhos, isso sim é uma filha da putagem.

Olho minha mulher deitada na cama com a toquinha de cetim lilás dela, esta com o rosto amassado e babando pra caralho, mas está linda como sempre.

Ela abre os olhos devagar e me encara com o rosto amarrotado.

Nick: bom dia vida.- fala com o semblante sonolento.

Caveira: bom dia princesa.- sorrio.- vamos tomar banho?- ela assente e se levanta.

Depois do banho fomos pra a mesa, preparo um café e enquanto ela prepara a mesa.

Caveira: preciso que pegue suas coisas.- ela me encara com dúvidas.- vou te tirar daqui, você vai ter que passar um tempo fora.- o brilho dela vai sumindo aos poucos.- preciso que me entenda.- ela suspira.- a Alice, Sabrina e Jamily vão com você.

Nick: para onde vamos?- pergunta entristecida.

Caveira: mato grosso.- ela só balança a cabeça.- não precisa ficar com medo, vou busca- lá assim que a poeira abaixar.- as lágrimas já molham seu rosto.

Nick: e se eu ficar anos lá? Como minha infância na Suiça?- eu nego.

Caveira: não vai, eu prometo, eu só preciso de vocês seguras.- ela assente.- confia em mim?- ela concorda.- acho que suas primas Também vão, seu pai ainda não me deu a resposta.

Nick: tem falado com meu pai?- assinto.

Caveira: estamos fazendo o possível pelo bem estar de vocês, preciso que confie em mim, eu não consigo viver longe de você então preciso que fique bem e segura.- ela balança a cabeça deitando-a no meu peito.

Nick: e se isso for longe demais? E se acontecer algo com vocês?- pego seu rosto fazendo ela me olhar.

Caveira: o importante é que você e os meus filhos estarão bem.- seco algumas das lágrimas que descem em seu rosto.- agora tome seu café.- ela começou a comer, comeu pouco e forçado, mas comeu.

Depois de ajudar ela a pegar as poucas coisas que ali tinha, descemos para o estacionamento, entramos no carro e acompanhados dos nossos seguranças fomos para um aeroporto clandestino.

Ela parecia nervosa e bem pensativa, o silêncio estava me deixando nervoso e preocupado, mas resolvi deixa-la quieta.

Caveira: chegamos.- aviso assim que entro no lugar, o jatinho está preparado para leva-las, as outras já estão ali e preparadas para ir.- promete que vai ficar onde eu pedir?- ela assente.- seus seguranças vão com vocês, a cidade é pequena, toma cuidado, não saia muito.- ela concorda.

Nick: você vai nos visitar?- encaro ela.

Caveira: se eu puder eu prometo ir, mas enquanto as coisas estiverem assim, eu preciso de vocês seguros.- ponho a mão na sua barriga.

Nick: se cuida.- põe a mão no meu rosto e me puxa para um beijo bom, aprofundo ainda mais, sentindo cada sensação que ela me passa, gravando cada detalhe, sabendo que a saudade vai me destruir.

Caveira: precisa ir.- separo nossos lábios deixando selinhos em sua boca, Buchecha, testa.-te ligo.- ela assente.

Nick: te amo.- ela me abraça forte.

Caveira: eu também amo você.- beijo seu ombro e saímos do carro.

Ajudo ela levar as coisas, as meninas estão paradas nos esperando, abraço minha irmã forte, ela nunca ficou longe, isso vai ser difícil para mim, o Amaral está se despedindo da Jamily e da Sabrina.

As outras entram no jato, estão as primas da Nick Também, ela fica por último, me olha com o rosto inchado e cheio de lágrimas.

Ela vem até mim e me abraça forte, enquanto soluça, encaro ela com o rosto encaixado na minha mão e a beijo.

Nick: tchau.- do um último selinho em sua boca.

Caveira: tchau meu amor.- ela sobe a escadinha e some na porta.

Meu coração aperta, as saudades, isso que vai ser foda, mas o que me importa agora é a segurança delas.

Ela da tchau da janelinha do avião enquanto ele vai se afastando até pegar vôo, o Amaral põe a mão no meu ombro com o semblante de pena.

Amaral: logo elas estão de volta, precisamos acalmar essa guerra.

Caveira: vamos ganhar essa porra.- ele concorda.

Voltamos para o morro e as ligações para os contatos tantos de fora quantos de dentro do rio continuaram, queríamos nos juntar com o maior número de morros que conseguíssemos, muitos dos nossos conhecimentos gostavam do jeito que nós cuidavamos do nosso morro, e até queriam mudar as regras que são dos tempos das cavernas.

A forma em que o polegar rege nossa facção não é do agrado de muitos, maioria não concorda, mas boa parte teme a ele.

Caveira: mais um.- falo sentindo que isso vai ser bom para a gente.

Amaral: vamos conseguir irmão.

Caveira: o coroa e o Sansão tão nos corre também.- ele assente botando o celular na orelha.

Amaral: Chefinho.- fala dando atenção ao telefone e começando a conversa com outro dono de morro.

Preciso proteger minha família... E minha família está me ajudando com isso.

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