CAPÍTULO 45

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CAVEIRA

Recebi algumas mensagens da Nick, não tive como responder, estou agora a caminha do casarão, que fica em um lugar afastado, provavelmente todos os chefes de morro estarão por lá, o Amaral está comigo mas o morro não está desprotegido.

Vou o caminho todo pensando na minha mulher e nos meus filhos, não sei como, mas pretendo explicar a situação a eles, amo ela, e agora a mina ta carregando meus filhos.

Entro no quintal do casarão, o lugar é chic ninguém diz que é o local de encontro dos traficantes do A.D.A.

Polegar:Grande Caveira.- abre um sorriso assim que me vê chamando atenção dos outros que ali estavam.- só estávamos te esperando.- diz com os braços abertos.

Caveira: então podemos começar.- falo simples e sem muita algazarra.

Caminho com eles até a outra sala, as reuniões acontecem sem porte de armas, o lugar é bem equipado e seguro, caso a polícia bata o que não é o caso já que ele subornar os canas, então não podemos trazer armamento para cá, tudo é no desenrolado.

Polegar: vamos direto ao assunto.- fala simples o velho alto de cabelos grisalhos.- tá casado certo?- assinto.- até onde sei ela é enfermeira no posto do morro, correto?- assinto.- mas o que eu não entendi é o envolvimento dela com o vidigal.- me encara com dúvidas.

Caveira: estão vigiando meu morro?- ele nega com um sorriso sacana.

Polegar: queremos saber se o grande caveira não tá sendo passado a perna por uma gostosa.- o tom da voz me irrita, mas relevo.

Caveira: ela foi selecionada pela faculdade para estagiar no morro, não escolheu ir para lá.- ele cemiserra os olhos.

Polegar: mas qual o envolvimento dela com o vidigal?- pergunta me encarando.

Caveira: ela morava lá, mas agora mora praça 15, ela não tem mais envolvimento nenhum com o vidigal, ela veio da Suiça, não tinha uma grana muito boa para sobreviver aqui e foi para a favela, veio atrás dos pais, eles moram em Icaraí e agora comprou um apartamento na praça 15.- ele me olha desconfiado, mas eu apenas sustento o olhar.

Polegar: ouvi boatos de que ela é a filha do Sansão.- eu nego.

Caveira: acha mesmo que eu me envolveria com uma filha do Sansão, principalmente quando eu quis mata- lá por anos. - o polegar acha que sabe de tudo, mas ele não tem tanto controle sobre todos os morros, não sabe da terça metade do que se passa nas favelas, e o que sabe é o que chega por x9 nos ouvidos dele.

Polegar: e seu tio, por que não veio?- pergunta sabendo que ele sempre me acompanhou.

Caveira: matei.- digo frio e sem vacilar.

Polegar: matou o seu próprio tio? Por que?- me olha sem entender.

Caveira: confessou que ele foi quem matou o meu pai, além de ter drogado minha mãe e estuprado ela , a Minha irmã era filha dele.- digo tudo de uma vez.

Polegar: não nos acionou, por que?- pergunta.

Caveira: a raiva eu não consigui segurar.- ele assente. Os outro apenas me ouviam sem dizer nada, não temos nada haver com o morro um do outro o que não pode é correr riscos de prejudicar o restante da facção, por exemplo eu tô torcendo para que ele acredite no que eu estou dizendo já que ter uma das herdeiras do Vidigal do meu lado é um risco para todos.

Depois de falarmos de outros assunto, o polegar parecia bem convencido do que eu tinha dito. Agora estou voltando para o morro com o Amaral.

Amaral: parece que ele acreditou.- eu assinto.

NARRAÇÃO

depois que eles saíram do casarão uma mulher entrou na sala dos grades nomes da facção.

Xxx: Ele mentiu.- diz simples e estende um envelope na mesa.- a garota é filha do Sansão, logo toma a rocinha, um dos maiores pontos de drogas do A.D.A.- fala encarando o polegar.

Polegar : chegou somente agora?- diz estressado.-você foi mandada para lá para fazer com que ele se apaixonasse por você e nem isso você foi capaz de fazer.- grita com a garota.- mandem homens atrás deles.

CAVEIRA

Estava descendo a serra que era próximo ao casarão quando vejo que dois carros vinha atrás da gente.

Amaral: estão nos seguindo?- encaro o retrovisor.

Caveira: deve ser os outros indo embora também.- Amaral fica encucado encarando os carros.

Amaral: caveira, estão apontando uma arma para cá.- diz nervoso e eu acelero o carro jogando a frente de uma carreta que está um pouco abaixo de nós, acelero o carro e corto alguns dos carros que estão na pista.

Meto o louco e entro em algumas ruas querendo sair da estrada e do alcance dos caras.

Amaral: não estão convencido.- ele tem razão.- isso vai virar uma guerra. - fala nervoso.

Por alguns minutos fomos obrigados a desviar das balas, algumas acertaram o carro, logo devolvemos os tiros contra o dois carros.

Mas logo consegui sair do alcance deles e despistamos os caras.

Amaral: mano, precisamos fazer algo, vai ser foda ficar contra a facção.- fala nervoso.

Caveira: mas é minha família Amaral, meus filhos minha mulher.- meu celular toca e vejo que é ela.

Nick: amor.- fala assim que eu atendo.

Caveira: oi princesa.- falo assim que ouço sua voz.

Nick: está tudo bem?- concordo.

Caveira: tudo bem sim e com você?- pergunto tentando prestar atenção nela e na estrada.

Nick: meu avô me tirou do morro.- estranho o que ela diz.

Caveira: por que?- me interesso no assunto.

Nick: os chefes da facção, foram no morro, não sabemos se atrás de mim, mas ele me buscou.- ela suspira.

Caveira: Nick, não fica no alemão, vai para minha cobertura na barra, fica lá vou liberar sua entrada.- falo alterado.

Nick: tô segura aqui.- eu nego mesmo sabendo que ela não vê.

Caveira: não Nick, não é, não te achando no Vidigal o primeiro lugar que vão é para aí, vai para a cobertura.- ela fica quieta por um tempo.

Nick: tá bom, vou pedir que alguém me leve. - suspiro.

Caveira: me mantenha informado.- ela concorda e depois desliga.

Amaral: isso vai virar uma guerra, meu Deus.

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