CAVEIRA
Recebi algumas mensagens da Nick, não tive como responder, estou agora a caminha do casarão, que fica em um lugar afastado, provavelmente todos os chefes de morro estarão por lá, o Amaral está comigo mas o morro não está desprotegido.
Vou o caminho todo pensando na minha mulher e nos meus filhos, não sei como, mas pretendo explicar a situação a eles, amo ela, e agora a mina ta carregando meus filhos.
Entro no quintal do casarão, o lugar é chic ninguém diz que é o local de encontro dos traficantes do A.D.A.
Polegar:Grande Caveira.- abre um sorriso assim que me vê chamando atenção dos outros que ali estavam.- só estávamos te esperando.- diz com os braços abertos.
Caveira: então podemos começar.- falo simples e sem muita algazarra.
Caminho com eles até a outra sala, as reuniões acontecem sem porte de armas, o lugar é bem equipado e seguro, caso a polícia bata o que não é o caso já que ele subornar os canas, então não podemos trazer armamento para cá, tudo é no desenrolado.
Polegar: vamos direto ao assunto.- fala simples o velho alto de cabelos grisalhos.- tá casado certo?- assinto.- até onde sei ela é enfermeira no posto do morro, correto?- assinto.- mas o que eu não entendi é o envolvimento dela com o vidigal.- me encara com dúvidas.
Caveira: estão vigiando meu morro?- ele nega com um sorriso sacana.
Polegar: queremos saber se o grande caveira não tá sendo passado a perna por uma gostosa.- o tom da voz me irrita, mas relevo.
Caveira: ela foi selecionada pela faculdade para estagiar no morro, não escolheu ir para lá.- ele cemiserra os olhos.
Polegar: mas qual o envolvimento dela com o vidigal?- pergunta me encarando.
Caveira: ela morava lá, mas agora mora praça 15, ela não tem mais envolvimento nenhum com o vidigal, ela veio da Suiça, não tinha uma grana muito boa para sobreviver aqui e foi para a favela, veio atrás dos pais, eles moram em Icaraí e agora comprou um apartamento na praça 15.- ele me olha desconfiado, mas eu apenas sustento o olhar.
Polegar: ouvi boatos de que ela é a filha do Sansão.- eu nego.
Caveira: acha mesmo que eu me envolveria com uma filha do Sansão, principalmente quando eu quis mata- lá por anos. - o polegar acha que sabe de tudo, mas ele não tem tanto controle sobre todos os morros, não sabe da terça metade do que se passa nas favelas, e o que sabe é o que chega por x9 nos ouvidos dele.
Polegar: e seu tio, por que não veio?- pergunta sabendo que ele sempre me acompanhou.
Caveira: matei.- digo frio e sem vacilar.
Polegar: matou o seu próprio tio? Por que?- me olha sem entender.
Caveira: confessou que ele foi quem matou o meu pai, além de ter drogado minha mãe e estuprado ela , a Minha irmã era filha dele.- digo tudo de uma vez.
Polegar: não nos acionou, por que?- pergunta.
Caveira: a raiva eu não consigui segurar.- ele assente. Os outro apenas me ouviam sem dizer nada, não temos nada haver com o morro um do outro o que não pode é correr riscos de prejudicar o restante da facção, por exemplo eu tô torcendo para que ele acredite no que eu estou dizendo já que ter uma das herdeiras do Vidigal do meu lado é um risco para todos.
Depois de falarmos de outros assunto, o polegar parecia bem convencido do que eu tinha dito. Agora estou voltando para o morro com o Amaral.
Amaral: parece que ele acreditou.- eu assinto.
NARRAÇÃO
depois que eles saíram do casarão uma mulher entrou na sala dos grades nomes da facção.
Xxx: Ele mentiu.- diz simples e estende um envelope na mesa.- a garota é filha do Sansão, logo toma a rocinha, um dos maiores pontos de drogas do A.D.A.- fala encarando o polegar.
Polegar : chegou somente agora?- diz estressado.-você foi mandada para lá para fazer com que ele se apaixonasse por você e nem isso você foi capaz de fazer.- grita com a garota.- mandem homens atrás deles.
CAVEIRA
Estava descendo a serra que era próximo ao casarão quando vejo que dois carros vinha atrás da gente.
Amaral: estão nos seguindo?- encaro o retrovisor.
Caveira: deve ser os outros indo embora também.- Amaral fica encucado encarando os carros.
Amaral: caveira, estão apontando uma arma para cá.- diz nervoso e eu acelero o carro jogando a frente de uma carreta que está um pouco abaixo de nós, acelero o carro e corto alguns dos carros que estão na pista.
Meto o louco e entro em algumas ruas querendo sair da estrada e do alcance dos caras.
Amaral: não estão convencido.- ele tem razão.- isso vai virar uma guerra. - fala nervoso.
Por alguns minutos fomos obrigados a desviar das balas, algumas acertaram o carro, logo devolvemos os tiros contra o dois carros.
Mas logo consegui sair do alcance deles e despistamos os caras.
Amaral: mano, precisamos fazer algo, vai ser foda ficar contra a facção.- fala nervoso.
Caveira: mas é minha família Amaral, meus filhos minha mulher.- meu celular toca e vejo que é ela.
Nick: amor.- fala assim que eu atendo.
Caveira: oi princesa.- falo assim que ouço sua voz.
Nick: está tudo bem?- concordo.
Caveira: tudo bem sim e com você?- pergunto tentando prestar atenção nela e na estrada.
Nick: meu avô me tirou do morro.- estranho o que ela diz.
Caveira: por que?- me interesso no assunto.
Nick: os chefes da facção, foram no morro, não sabemos se atrás de mim, mas ele me buscou.- ela suspira.
Caveira: Nick, não fica no alemão, vai para minha cobertura na barra, fica lá vou liberar sua entrada.- falo alterado.
Nick: tô segura aqui.- eu nego mesmo sabendo que ela não vê.
Caveira: não Nick, não é, não te achando no Vidigal o primeiro lugar que vão é para aí, vai para a cobertura.- ela fica quieta por um tempo.
Nick: tá bom, vou pedir que alguém me leve. - suspiro.
Caveira: me mantenha informado.- ela concorda e depois desliga.
Amaral: isso vai virar uma guerra, meu Deus.
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PATROA 2
Fanfiction- Nicoli filha da Naná e do Sansão, foi mandada pelos pais para a Suiça para fugir de um dos inimigos do seu pai, antigo dono do Vidigal, mas aos 20 anos, cansada das "desculpas" da sua mãe, fazendo faculdade de enfermagem, ela volta para o Rio de J...