CAPÍTULO 25

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NICOLI

O vulgo Caveira será que é comum no rio de Janeiro? Ou realmente estão falando do cara que eu tenho tido os melhores momentos da minha vida?

Digato: ele não invade a anos, se quer manda uma ameaça.- termina de falar.

Doca: foi deixado um aviso.- fala meu dindo.

Sansão: essa cabeça de boneca, estava na barreira, e esse bilhete.- ouço meu pai falar.

Digato: " Buscou nossa princesinha?"?- meu irmão pergunta.- achei meio vago.

Black: se ele sabe ou não, não importa, o que importa é manter a Nick em segurança.

Naná: exato.- minha mãe diz.- vou vê se ela acordou.- diz e eu volto para o quarto.

Entro no quarto e vou para o banheiro, estou nervosa e não quero que ela perceba.

Durante todo esse tempo, eu estou saindo com o motivo de eu ter passado todos esses anos longe da minha família.

E se ele sabia exatamente quem eu era e insistiu em ficar comigo para me ter nas mãos dele?

Ou ele não sabia ?

Mesmo assim, qual será o motivo para que ele estivesse querendo me sequestrar desde criança?

CAVEIRA

Me estresso com o fato da maluca não me responder ainda, já são uma hora da tarde, o que ela está fazendo que não olhou o telefone?

Ia saindo para ir até o apê dela quando o Amaral me chama no rádio.

Amaral: brota na boca Caveira.- fala e eu bufo, é domingo caralho, trabalho domingo não.

Caveira: é domingo amaral.- falo estressado.

Amaral: sobe logo aqui porra.- fala alterado, se não fosse meu parceiro já ia levar um tiro falando assim comigo.

Subo na moto e piloto até a boca, Amaral tá na porta da minha sala, entro vendo que só tem ele aqui.

Amaral: invadiram o vidigal.- fala e eu nem sei o que tenho a ver com isso.

Caveira: e o que eu tenho com isso?- pergunto.

Amaral: o cara que a gente botou de informante, disse que tão dizendo que foi tu que invadiu, deixaram um recado para o Sansão na entrada do morro.- fala tudo de uma vez.

Caveira: como assim eu invadi, nem sai dessa porra.- falo.

Amaral: jura?.- me olha com cara de deboche

Caveira: qualquer coisa me avisa, quero que me mantenha informado, eles podem invadir aqui a qualquer momento.- falo saindo da sala.

Amaral: e tu vai onde?- pergunta.

Caveira: atrás da diaba da Nicoli que não me responde.- filha da puta.

Saio da boca e subo na moto, logo estou fora do morro, acelero no asfalto cortando os poucos carros que estão na pista.

Chego em frente ao prédio e vou até o seu Jorge que está na portaria do prédio.

Caveira: boa tarde seu jorge.- falo assim que entro no lugar.

Jorge: boa tarde thales.- fala sorrindo.

Caveira: pode avisar a Nicoli que estou aqui?- encaro ele.

Jorge: olha Thales a Nicoli não está no prédio não, não a vejo desde sexta feira - fala.

Caveira: mas deixei ela aqui ontem a noite.- falo estranhando.

Jorge: não, a nicoli não esteve aqui ontem não.- fala simples.

Caveira: obrigado seu jorge.- saio dali estressado.

Deixei essa maluca aqui, para onde ela deve ter ido?

Começo a ligar para ela e somente caia na caixa postal.

Volto para o morro estressado já com tudo isso, minha cabeça está explodindo de tanto pensar.

Se algo aconteceu com ela, se algum inimigo a sequestrou por saber que ela está comigo.

Quanto loucura passa pela minha cabeça, volto voado para o morro e já subo para a boca.

Chamo o Marcola no rádio e logo depois o tio Jeff e o Amaral.

Marcola: fala comigo patrão.- fala entrando na sala.

Caveira: Rastreia esse número para mim.- falo dando o celular na mão dele.

Tio jeff: qual a urgência que me tira do meu lazer de domingo?- pergunta entrando na sala.

Amaral: qual foi caveira?

Caveira: acho que sequestraram a Nicoli.- eles me olham sem entender.- deixei ela no prédio dela ontem a noite.- começo a contar .

Amaral: talvez ela só foi para a casa dos pais.- fala.

Marcola: no Vidigal.- fala e nós três direcionamos os olhos para ele.

Caveira: tem certeza?- pergunto sem entender.

Tio Jeff: ele tirou seu pai e agora vai tirar a mina que você está gostando.- fala como se fosse simples.

Será que eu gosto da Nick? Eu não sei se gosto, mas eu não deixaria ela lá, para que fosse morta, apenas por se envolver comigo.

Caveira: Asiona a tropa, vamos invadir.- falo e tio Jeff logo se levanta.

Saio da sala indo atrás do meu arsenal de armas, pego as melhores, vou até em casa e busco meu carro blindado.

Amaral: você gosta dela?- pergunta me encarando.

Caveira: Eu não sei.- falo sincero.

Amaral: você faria isso por outra mulher?- encaro ele sabendo que a resposta seria não, além da Ana, a única mulher que tira o melhor de mim é a Nick.

Caveira: talvez eu goste dela.- falo botando o colete.

Amaral: então vamos fazer isso por ela.- meu amigo aperta minha mão logo depois de vestir a camisa.

Ajusto minha roupa e entro no carro.

Estamos todos preparados para buscá-la, não sei exatamente onde ela possa está, mas sei que eu só saio daquele lugar com ela.

Assim que chego no morro, a barreira se assusta, ultrapasso a barricada pouco me fudendo para o carro, o barulhos de tiros ecoam pelo lugar, ouço também das balas baterem na lataria do carro.

Para o carro na praça do morro onde tem bastante gente já correndo desesperadamente, meus homens avançam e os do Sansão descem o morro desesperados.

Talvez nenhum deles esperassem um novo ataque.

Aliás o morro foi invadido na madrugada.

Continuo ali parado enquanto vejo o caos se tornando, muito já estão baleados no chão, alguns do meu bonde, outros do dele.

Sinto meu celular vibrar no meu bolso e pego abrindo a notificação do número desconhecido.

Abro a conversa e nela tem fotos, fotos da minha preta, agarrada com o Black, fotos dela sentada nessa mesma praça onde eu estou parado agora.

" A mulher do Black, é a nicoli"

⭐⭐⭐⭐⭐

PATROA 2Onde histórias criam vida. Descubra agora