EMILY
Sabrina: ele sempre quis a cabeça dela, por vingança dos pais dele, ele achava que matando ela, causaria a mesma dor no Sansão.- diz.
Emily: mas ela nunca teve culpa do que o pai dela fez.- me viro para ela que está deitada na cama.
Sabrina: Mas o crime funciona assim, alguém tem que pagar.- fico em silêncio.
Eu acho tudo isso um loucura, ninguém entende o por que de um membro da família pagar pela pessoa, já que quem escolheu se envolver no crime foi a pessoa.
Sabrina: agora ele se culpa, por que ele provavelmente está apaixonado pela filha do inimigo dele.- assinto, e óbvio para todos nós que vimos de fora o quanto os dois se gostavam, a forma em que ele idolatrava ela e que ela tratava ele.
Emily: o Amaral acha tudo isso desnecessário, essa guerra entre os dois morros e ainda querer matar a filha do cara.- ela concorda.
Sabrina: mesmo sem a guerra, o amor deles seria errado e impossível, são facções diferentes.- concordo.
Emily: é foda.
Sabrina: é.- fico quieta, pensando o quanto vou sentir falta dela, eu entendo ela não contar de onde era, morreria na hora,e infelizmente a faculdade mandaria ela para postos em morros, mas eu acredito em destino, se logo ela, veio parar aqui, é por que havia algum motivo.
SÂMELA
Encaro a Nick que está deitada na cama, aparentemente arrasada, os olhos estão fundos pelas olheiras, minha amiga não tem dormido a alguns dias, fora os vômitos o que fez com que ela desse uma secada.
As vezes insisto bastante para que ele coma, ela é uma menina forte e sei que isso vai passar, o que eu não sei é como ela vai contar a todos que engravidou do dono da rocinha.
O pai dela ainda está na mesma situação, os dois são bastante orgulhosos, talvez nenhum de o braço a torcer, tia Naná vem sempre aqui obrigar a garota a comer, ela ultimamente só escuta a mãe.
As vezes entro no quarto e vejo que ela encara o contato, talvez com esperança de que ele mande mensagem, mas no fundo ela sabe que isso é muito errado e que diante a vida que eles vivem eles nunca poderiam ficar juntos.
Sâme: sua mãe mandou comida.-ela apenas assente. - precisa comer, por você e pelo neném.- ela concorda.
Nos primeiros dias ela está levando essa história melhor, mas agora nem comer ela quer, e quando come logo vômito por causa do bebê.
Nick: já vou.- diz seca.
Sei que isso é difícil, na faculdade ela está em atestado, para o curso e para o estágio.
Então pela manhã ela fica sozinha, enquanto estou na faculdade, minha tia vem algumas vezes, faz o curativo do ombro e da um pouco de atenção, a tarde, a lia fica com ela, eu trabalho, as noite eu faço as jantas e ponho ela par dormir.
Hoje é sábado então eu fico com ela durante todo o dia, por somente eu e a lia sabermos da gravidez, a gente tem conversas mais profundas, para que ela coma.
Ouço baterem na porta e logo eu vou abrir.
Encaro dona Márcia e dona Kátia, as avós da Nick.
Marcia: oi minha filha, cadê a Nick?- beija meu rosto entrando na casa.
Sâme: oi dinda, tá no quarto, vão lá.- falo cumprimentando as duas.
Kátia: ela já comeu?- nego mostrando a comida na mesa e acompanho elas até o quarto.

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PATROA 2
Hayran Kurgu- Nicoli filha da Naná e do Sansão, foi mandada pelos pais para a Suiça para fugir de um dos inimigos do seu pai, antigo dono do Vidigal, mas aos 20 anos, cansada das "desculpas" da sua mãe, fazendo faculdade de enfermagem, ela volta para o Rio de J...