CAPÍTULO 36

1K 98 27
                                        

CAVEIRA

Os tiros foram acalmados por alguns segundos, aproximei com meu carro vendo o estrago, alguns homens estavam no chão, o carro do meu tio todo furado de bala, dois dos seguranças deles estavam mortos próximo ao veículo.

Saio do carro com meus seguranças por perto, homens do Sansão também estavam mortos por ali, encaro um dos homens que geme próximo ao carro e encaro o Digato com sagramento na barriga, ele me encara com a testa franzida, talvez eu devesse da um empurrãozinho para ele ir para o inferno.

Levanto a ponto 40 na sua direção e os olhos dele se arregalam, na minha mente passam as imagens da Nicoli, isso causaria ainda mais dor na minha garota.

Abaixa a arma e ele me olha sem entender.

Caveira: Cadê os outros? - pergunta.

Digato: Black e Sansão, lá dentro.- fala com dificuldade.- os outros já foram mortos.- o garoto diz.

Caveira: o carro da rua de trás?- ele preciona o ferimento.

Digato: GB.- assinto.

Caveira: chama ele no rádio.- pego um rádio que estava na cintura de um dos difuntos ali.

Digato: GB?- chama com a voz fraca.- vem para cá, tá tudo fudido.- fala. Vejo que ele foi respondido e resolvo entrar com meu comboio no grande quintal.

Encaro cada canto e quando meus homens iam na frente e outros viam na parte de trás.

Entramos na casa da pra vê que isso é coisa de gente amadora, o que me pega é por que meu tio está fazendo isso.

Amaral: o quintal tá limpo, os seguranças dele já foram abatidos.- fala no radio do outro lado do local.

Caveira: vamos entrar.- abro a porta da enorme casa velha, ouço gritos do andar de cima e vou acompanhando o barulho.

Sansão: Não me admira te vê aqui, você sempre foi um traíra.- ouço um barulho, talvez um soco.

Nick: Não, não machuca ele.- ouço o desespero da Pretinha.

Tio Jeff: traíra? Traíra foi você, tirou tudo o que eu sonhei na minha vida.- meu tio fala e eu estranho a lavação de roupa, eu não sabia que havia tanta intimidade.

Sansão: Você sabe que eu não matei o Gregório, da onde essa perseguição sobre minha família?- pergunta.

Tio Jeff: É, eu sei que não foi você.- meu tio diz e eu me surpreendo, passei anos achando ser ele o causador de toda a minha dor, com o homem que esta lá dentro alimentando esse ódio.

Sansão: então por que seu sobrinho acha que eu o matei?- o homem esbraveja a pergunta.

Tio Jeff: eu precisava de apoio para tirar de você a felicidade que você tirou de mim.- continuo a ouvir a conversa.

Sansão: não tirei nada de você.- fala estressado.

Tio Jeff: aliás ela é igual a mãe.- ouço passos e o Sansão gritar.

Sansão: não encosta na minha filha.- meu corpo fica tenso.

Tio Jeff: apesar da mãe ser bem mais gostosa.- diz em um tom nojento.- a bunda bem maior, a coxa que o doca insistiu que me esmagaria.

Sansão: tira a mão do corpo dela.- foi muito rápido quando o ódio subiu meu corpo e eu já estava dentro do lugar com a arma apontada para o meu tio.

Caveira: sai de perto dela porra.- o corpo dela amarrado no chão me deu um nó na garganta, ao lado dela meu tio agachado com as mãos na sua coxa, que logo são levantadas em forma de rendição.

PATROA 2Onde histórias criam vida. Descubra agora