𝕯𝖗𝖆𝖌𝖔𝖓𝖘 - 𝐽𝑎𝑚𝑒𝑠 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟

XXI

Marjorie Lovegood

Fico fora do café da manhã, eu tomei as poções que Andrômeda me deu e perdi o apetite. Vejo as pessoas na cozinha da porta da sala, fico sentada em frente à lareira. Eu prometi para o Régulos que resolveria a relação  dele com Sirius, mas eu não sei como.
- Posso sentar aqui com você - Alice aparece.
- Claro - Dou espaço e ela senta ao meu lado.
Percebo que ela quer conversar mas não sabe o que dizer.
- Não está com fome? - Ela diz.
- Não, estou sem apetite. E por sinal, Castelo bruxo é no Brasil, que é um país de ótima culinária - Digo a ela - Mas abrange para toda América Latina.
- Minha família é de Cuba - Ela sorri.
- Crianças! Já está na hora! - Andrômeda aparece na sala junto com os outros - Eu e Alice nos levantamos.
Ela bate palmas e o fogo da lareira apaga.
- Já enviei todas coisas de você para o castelo, só faltam vocês!
- Eu posso ir primeiro? - Marlene perguntou animada.
- Claro! - Andrômeda entregou um pouco de pó de flu na mão de todos.
Marlene entrou na lareira e gritou bem alto "CASTELO BRUXO". Ela desapareceu em fogo verde.
E foi feito assim, um por um, e por último sobrou eu.
- Coloquei todas as poções e os horários na sua mala - Andrômeda me abraça.
- Obrigada por tudo Andrômeda! - A digo.
Ela sorri para mim. Suspiro.
- CASTELO BRUXO! - Grito e me sinto tonta.
Abro os olhos e vejo o lugar que estou, é uma sala enorme, feita de pedra e madeira, e folhas e vinhedos adornando as paredes. Mary anda até uma e arranca uma uva, a comendo.
- Caramba, essa uva é docinha! - Ela anuncia e todos se espalham colhendo uvas.
- Prova! - Sirius ergue para mim duas uvas.
Coloco-as na boca hesitante.
São as melhores frutas que eu comi.
- Acho que consigo reproduzir se souber como! - Frank diz com a boca cheia de uvas!
- Ninguém nunca reproduziu uvas como as nossas! - Uma mulher negra com a pele brilhando, cabelos crespos parecendo fios de ouro, com os olhos difíceis de enxergar brilhando como fogo  e uma roupa de seda branca.
- Venham aqui alecrins dourados! - Ela nos chama em um inglês péssimo.
Nos aproximamos da mulher.
- Sou a mãe de ouro - Ela diz - Diretora da escola de magia do Brasil.
- Olá senhorita mãe de ouro, somos os alunos de Hogwarts - James a diz.
- Sei, Tiago! - Ela diz e ficamos confusos - Tiago, Remo, Sírios, Pedro, Alice, Franco, Maria, Marilene, Amanda, Margarida, Ella, Fabiano, Tião, e Dorcas!
Ela mudou todos os nomes, e os que não mudou falou errado.
- vocês podem tomar essa poção para entenderem nossa língua! - A mãe de ouro estalou os dedos e 14 cocos apareceram cheios de líquido, bebemos o que tinha dentro e realmente tinha gosto de agua de coco.
- A escola tem vários andares. E os fantasmas que habitam aqui podem informá-los, assim como os meus alunos - Ela novamente estalou os dedos e a lista de aulas que tínhamos apareceu em nossas mãos
A mãe de ouro se transformou em uma grande bola de fogo e sumiu.

O lugar que iríamos dormir era um dormitório com as paredes verdes, redes incrivelmente confortáveis, vinhedos pendurados em várias partes e ar fresco, o dos meninos era ao lado mas era igualzinho.
- Com licença! - Uma garota apareceu na porta do quarto.
Era mediana, parda, olhos grandes e castanhos, Cabelo grande e um sorriso simpático.
- Sou Maria Eduarda Teixeira, e vocês devem ser as intercambistas - Ela diz e conseguimos entender graças a poção.
- Somos, Dorcas - Medows aponta para si - Marlene, Alice, Mary, Marjorie, Amanda e.... - Ela revira os olhos e pula a parte que toca Ellie.
- Ah, sim. Meu irmão João Paulo Teixeira tá falando com os meninos. Somo os monitor do castelo bruxo, como devem saber não há casas aqui. Somos divididos apenas por idade.
- Interessante, mas felizmente em hogwarts temos casas, as vezes é indesejável ter que dividir espaço com certas pessoas - Olho ignorante para Ellie.
Maria entende o que está acontecendo, e solta uma risada.
- Em alguns minutos minha amiga Mariana de aparecida estará levando ocês prum jantar - O sotaque dela é lindo.
Maria sai do quarto.
- Gostei dela! - Alice anuncia.
- E de quem você não gosta? - dissemos em coro.

A comida de solo brasileira era realmente deliciosa, posso dizer que meu favorito foi o acarajé. Aqui além dos brasileiros conhecemos vários outros, Juan Carlos o Argentino, Bento do Chile, Naamaa a cubana, Roja a Boliviana, eu estava entretida demais pensando na magia daqui para prestar atenção nos alunos visivelmente mais amigáveis que os de Hogwarts.
Me pego olhando o colar que Lucius me deu, me lembro que quando ele soube que viria para o Brasil com James quase foi tudo a perder, nos beijamos aquele dia.
Mas quando eu lembro de James... Aquele sonho mexeu comigo, porque eu não me imaginava em nenhum futuro, claro que estar casada com Potter é um jeito estranho de visualizar um futuro mas é um começo, e um futuro com amor principalmente.
- Marjorie? - James Potter aparece no quarto. Falando nele.
- O que quer Potter? - O pergunto, ele não desiste de me seguir.
- Consegui o feitiço para fazer sua tatuagem - Ele se senta ao meu lado. Como pude esquecer algo tão caótico? - Dizem que arde, mas estive treinando.
Ele abaixa a camiseta no ombro esquerdo e mostra a tatuagem que fez lá. Era uma pérola dentro de uma ostra, ficou bem melhor do que um tatuador
- quando eu lançar o feitiço, deve pensar em algo e surgirá uma imagem daquilo que represente aquilo.
Olho para a pérola em seu ombro, será que ele estava pensando em mim?
- Pensando em mim Potter? - o questiono levantando uma sobrancelha.
- Eu estou sempre pensando em você Marjorie! - Meu sorriso desaparece imediatamente - Você está bem? Disse algo errado?
Ele pergunta preocupado com minha reação.
- Estou... Vamos fazer logo a tatuagem e pagar essa dívida - Ergo minha manga, quero fazer na parte de trás de meu braço.
- Então se concentre em pensar em algo! - James recitou as palavras.
Só consigo lembrar do Snape das coisas que ele me fez e disse.
- Aiii - Digo quando sinto meu braço arder.
- Ficou linda Marjorie, mas eu posso perguntar o que significa? - Vejo meu braço e tinha uma mulher... Era uma mulher grega. Uma medusa.
- Não sei como isso pode parecer com o meu pensamento mas agradeço não ter nada haver com a lembrança...
James sorri para mim. Ele se senta mais próximo.
- Não escute essa voz em sua cabeça. Você está indo muito bem, dando o seu melhor! E se não te disseram antes, tudo ficará bem!