XXXV

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Marjorie Lovegood

Continuo olhando aquele coisa feia em meu braço por mais uns 20 segundos, ela mexia, igualzinho como Régulos descreveu, queimava feito brasa.
- Eu apostei que ela iria gritar! - Ouvi Osla Zabine comentar com Bartô.
- Espero que sua lealdade não mude Lovegood... - Voldemort me abraçou de forma fria e pressionou a ponta da varinha em minhas costas.
- Eu lhe sirvo - Me afasto quando ele me solta.
Lucius me leva de volta para meu lugar, enquanto Bartô é o próximo. Fico atenta em todos na mesa além dos que já conheço, preciso relatar tudo a Dumbledore. Mas... O que ele está fazendo? Severus olha diretamente para mim enquanto sussurra palavras, ele fez isso o tempo todo? Eu tenho um mal pressentimento sobre você.
- Zabine! - Um grito rouco do lorde das trevas me tira dos meus pensamentos - Você tem mais informações sobre Hogwarts?
Ela tremendo se levanta.
- Nada relevante, meu lorde - Sua voz não é autoritária pela primeira vez.
- Na verdade... - Um garoto de cabelo que não distingui se era castanhos ou ruivo o chamou - Soube por boatos sobre uma profecia.
O lorde parece se entreter.
- Profecia?
- Não sei sobre o que é, mas...
- Você não faz ideia sobre o que é, e está desperdiçando o nosso tempo, Rosier? - Voldemort o interrompe.
- Perdão...
- Eu pensei que teríamos melhores comensais, mas.., Vejo que não.
O homem caminha com os pés descalços até a porta de entrada.
- Eu acho que teremos algo concreto no próximo encontro, certo? - Isso não foi uma pergunta foi uma ameaça.
Ele bate a porta ao sair e um vendaval sombrio percorre a nós. Ele se foi.
- Incompetentes! - Uma risada com a voz fina de bellatrix foi lançada aos ares.
Em um segundo todos foram se levantando e se aglomerando, eu não conseguia ver mais nada.
- Lucius? - Chamo por ele. Mas ele simplesmente desapareceu.
Empurro quem estava na frente para passar, onde ele poderia estar?
- Se está atrás do seu namoradinho, ele sumiu pelos corredores assim que o Lorde se foi, com a Black - Snape diz.
O que? Ele não faria... Saio a procura dele me sentindo a maior hipócrita do mundo, pelo sentimento de ciúmes que estava aumentando.
O encontro no meio de um corredor com Narcisa, fico encostada na parede de entrada do corredor escutando.
- Não me procure mais! - Ele a diz.
- Seu idiota, Malfoy! Aquela garota de família infiel, que tão puro sangue que são nem entraram nos sagrados 28.
- Não fale dela dessa forma Narcisa!
- Aposto que ela adoraria saber dos amassos que demos antes do ano letivo começar - Ela se irrita e se chateia, o dando as costas - Supostamente por procuração, era para você ser o noivo.
- Eu não quero te magoar, mas, eu não te amo por favor não toque nesse assunto novamente - Ele coloca a mão no ombro dela em conforto.
- Sabe vocês se merecem, traidor de sangue! - Narcisa empurra a mão dele, e sai batendo os saltos incrivelmente finos.
Quando ele estava sozinho fui a seu encontro, ele pareceu surpreso ao me ver.
- Narcisa Black, certo?
- Não - Ele acaricia meu ombro - Foi antes, não estávamos nos falando, não estávamos juntos, meu pai queria me casar e eu-
O cortei colocando a mão em seu rosto.
- Eu acredito, acredito mesmo!
O rosto de Lucius se suaviza.
- Eu meio que sinto muito por ela, parecia gostar de você - Lucius me interrompe ele faz um shhh com o dedo.
- Não... Não...Na família Black, Malfoy, Rosier, Yaxley e outras, não existe essa coisa de amor, é tudo sobre sangue. Eu fui o primeiro - Sua voz é carregada de pressão.
- Isso é triste.
- Não é, isso é o certo! Existem traidores, como os Weasley's, os Longbotton, os Love- Lucius se auto interrompe.
- Os Lovegood - Completo.
- Me desculpe.
- Não se desculpe - Ergo um pouco a barra do meu vestido - Está tarde vou me deitar, posso pedir para Dobby servir minha comida no quarto?
- Como você quiser.
Dou um beijo em sua bochecha antes de subir as escadarias, Dobby estava sentado em frente a porta com uma elfa chorosa ao seu lado.
- Senhorita Lovegood!
- Olá, o que ela tem?
- Dobby consolava sua amiga Winky, Winky tem uma senhorita cruel! - Ele se explica, sempre se referindo a ele mesmo.
- Ela bateu a porta nos dedos de Winky - A Elfa mostra os dedos vermelhos.
- Por Merlin! - Não duvido dos bruxos que fariam isso - Dobby faça um curativo em Winky e depois pode trazer minha comida por favor?
Ele acena com a cabeça e sai saltitando junto com Winky.
Entro no quarto e tiro a roupa, eu vou experimentar aquela banheira de cristal, ela tem água quente. Minutos se passam do melhor banho da minha vida! Visto um pijama confortável dos 459 que tinham no armário que Lucius me deu, devo admitir que ele está muito preocupado com o meu bem estar, e conforto.
Dobby bate a porta e entra logo depois, me sento na escrivaninha para ver a refeição que ele trouxe.
- Senhor Lucius mandou servir um pouco de tudo. Tem costelas de porco, escargot, salmão na brasa, arroz a grega, salada de couve, brócolis, brioche e caldo de mandioca, e de sobremesa tem creme brullet, e ambrosia - Caramba! Ele coloca em cima da mesa e me serve algo preto cheirando a mágicas em uma taça de ouro.
- Isso é comida demais, eu não consigo comer tudo, por que você não se senta e come comigo?
Dobby se assusta e começa a bater a cabeça na banheira de cristal.
- Dobby pare! - Corro até ele e o puxo para trás ambos caímos - Está louco? O que estava fazendo?
- Comer com um bruxo é muita honra para Dobby, Senhor Malfoy deu ordens de apenas servir a Senhorita.
Lucius! Me levanto e esfrego as têmporas estressada.
- Sente-se comigo Dobby, nada vai te acontecer, eu dou a minha palavra - Ele puxa uma cadeira e serve um prato a só receoso.
- Dobby, como é a vida na familia Malfoy? - Sem demonstrar interesse.
- Dobby é ameaçado 5 vezes ao dia, Dobby e Winky são dois elfos íntimos do senhor Lucius, e senhor Lucius tem estado muito cruel e estressado desde que a senhorita estava no Brasil - Travo um minuto, Lucius braveja sobre mim?
- Ele fala sobre isso com você?
- Ele grita sobre isso com Dobby, seu pai não o deixa falar sobre a escola com ele, isso o deixa triste.
Sei que se eu fizer Dobby notar o que disse, ele vai se punir.
- Marjorie você se sente melhor - Lucius entra de repente e seu rosto fica vermelho - Seu elfo estupido como você ousa!-
- Eu pedi, na verdade eu ordenei! - O digo quando vejo o elfo se encolher.
- Ah - Ele recua e até parece ofendido.
- Lucius podemos conversar?
Ele confirma e sobe para o closet. Dou um sinal para Dobby continuar comendo.
Ele me contou como essa família é e receio que não terei uma boa relação com meu futuro sogro, preciso manter um teatro.
- Querido? - Subo e o vejo analisando se as roupas que ele encomendou estavam todas ali.
- Sim? - Seu rosto se suaviza quando o chamo de "querido".
- Lucius...Não gosto de Narcisa - Ele se espanta - Sei que fiz parecer que sim, mas não consigo fingir! Ela me chamou de "meretriz!". Não a quero frequentando aqui e não a quero perto de você!
- Mas... Nossas famílias são próximas Marjorie, meu pai nunca...
Faço uma cara irritada e o dou as costas.
- Bom estamos prestes a nos casar, e ela ainda está aqui! - Isso não deixa de ser verdade - Não pode haver um casamento com 3 pessoas por que não enxerga isso?
- Não tem eu e ela, meu amor! - Ele caminha até mim e segura meu rosto - Só eu e você.
Ele deposita um beijo singelo em meus lábios.
- Eu não sei eu estou confusa...
- Por favor se acalme, você é a única mulher da minha vida - Dou uma risada sincera.
- Sua mãe não vai gostar de saber disso.
- Minha mãe está morta - Meu sorriso desaparece na hora - Morreu logo quando eu nasci.
- dezoito anos... Por que você nunca me contou - Abraço ele.
- Não sinto falta do que nunca tive.
Não sinto falta do que nunca tive...

𝕯𝖗𝖆𝖌𝖔𝖓𝖘 - 𝐽𝑎𝑚𝑒𝑠 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora