XXXIV

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Narradora

A mão de Marjorie escorregou da porta incrédula e assustada.
- Por favor podemos conversar? - O garoto pede a ela.
- Dobby! - Ela diz sem voz ao Elfo - Chame Lucius, o busque rápido por favor!
Ela estava afobada, Dobby a obedeceu.
- Por favor! Por favor não tenha medo de mim - Severus Snape pede com olhos arrependidos.
- Por favor vá embora!
- Eu só quero conversar me explicar...
- Explicar? O que fez... O que você fez não tem explicação! - Ela grita a ele.
- Eu sei! Eu sei, perdão!

Marjorie Lovegood

E ele estava ali. Vulnerável, pedindo perdão.
- Eu tive medo de você, me machucou!
- Me escute por favor!
- Eu não quero te escutar, eu não quero as suas desculpas!
- Alguma coisa está acontecendo aqui? - Lucius aparece com o rosto sério e as mãos no bolso.
Me sinto aliviada quando o vejo, tão segura.
Corro para seus braços, escondo minha cabeça em seu peito com medo, ele acaricia minha madeixas.
- Se acalme meu amor - Sua voz é leve.
- Eu não fiz nada, eu só queria conversar! Eu juro! - Malfoy o interrompe.
- Eu não quero saber! Você não deve se aproximar de Marjorie! - Ele diz com a voz grossa.
- Lucius - Ele para de falar e o escuto se afastando.
- Elfo! - Levo um susto quando ele grita - Como pode deixar isso acontecer?
- Dobby, não sabia - O pobrezinho diz com medo.
- Pois deveria! Vá dormir com os ratos sujos da cozinha..
- Não! - Me agacho na altura do elfo - Não o puna, Ele não sabia.
- Elfo imundo! - Ele resmunga.
Lucius entra para meu quarto me deixando a sós com a criatura.
- Dobby não fez de propósito!
- Eu sei! - acaricio suas orelhas - Vá e por favor me traga uma água com açúcar.
Me levanto.
- Pegue algo para comer também!
Ele sorri amarelo.
- A Senhorita Lovegood é muito boa.
Dobby sai saltitando e eu fico incrédula, como podem maltratar um ser de tanta doçura?
Entro no quarto e vejo Lucius sentado na cadeira da minha escrivaninha.
- Aquele garoto me da nos nervos! - Ele diz frustrado.
- Obrigada... Por vir tão rápido me salvar, de novo... - Lucius olhou para mim com pesar, e certa paixão.
Ele caminho até mim e me tomou em seus braços com ardor, beijando-me, de uma forma como já mencionei "ardente". Eu me entreguei naquele momento, ele estava ali e era meu, apesar de eu não ser dele. Continuamos nos beijando até pararmos na beira da minha banheira.
- Caramba - Sussurro surpresa.
- É...
Olho para ele e seu cabelo desalinhado.
- Não posso o deixar assim - Pego em sua mão e o levo para escrivaninha, pego um laço de meu vestido pois sei que não fará falta.
- Me avise se machucar.
Pensei seus cabelos loiros platinados e ele fecha os olhos com a sensação, o prendo em um rabo de cavalo e coloco o laço.
- Eu gostei, te deixou clássico. Achei melhor que com aquele gel - Ele olha no espelho e sorri.
- Vou aderir esse estilo, se minha madame gosta.
Lucius tem sido encantador, e protetor. Mal sabe o que fiz no castelo bruxo.
- Senhorita, Dobby voltou com a água! - Dobby entra animado no quarto com um copo de água e comendo um bolinho de mirtilo.
- Obrigada - Ele me da a água e eu a bebo para me acalmar.
- Dobby vai estar a sua disposição para o que precisar - Lucius me pega pela cintura como o costumeiro.
- Não precisa, eu sei me virar.
- É sempre bom ter uma ajuda extra, de criaturas tão... - Ele olha para o Elfo de forma repugnante, odeio as atitudes dele e esse preconceito irracional
- Então tá bom - Vejo o elfo encolhido perto da porta.
- Eu vejo que está pronta, então devemos ir. O lorde das trevas não gosta de esperar.
"O lorde das trevas não gosta de esperar". Por todos os Merlin's do universo.
Agarro o braço dele e aceno para Dobby antes de ir, seus grandes olhos exibiam pena.
Caminho com ele durante todo o corredor, direto para morte.
Havia uma mesa comprida no salão, vários comensais mais velhos dos quais nunca vi, mas consegui reconhecer, Dolohov, Rodolpho Lestrange, os Carrow, a grande família Black e claro, os comensais mirins. Para o embrulhar do meu estômago, na ponta principal exibia um homem alto de capa preta que escondia o rosto, e dentre as sombras só via dos olhos de pretos e um rosto realmente muito, muito bonito, com uma sensação de morte.
- Malfoy! - A voz do ser ecoou sombria - Está atrasado.
- Culpe a Snape, não a mim - Ele diz assustado e manso.
Lucius me guia para um lugar entre ele e seu pai.
O lorde das trevas se levanta e todos param de respirar, ele passa devagar por nós, cheirando a sangue.
- Ah Lovegood... Seu pai me deu muito trabalho - Ele coloca a mão fria no meu ombro, sua pele era branquela.
Olho para seu rosto... Caramba. O monstro era alto e magro como um esqueleto", com um rosto "mais branco que um crânio, largos e lívidos e um nariz achatado mas belo mas ainda sim ele chegava a ser mais medonho que Cuca, e não tão idiota quanto.
- Diga, criança. Eu ordenei a morte de seus pais, e você por que está aqui - Tam...tam...tam... estou a beira de um ataque cardíaco, pensei que era mais forte que isso.
- Eles gostavam de me misturar com aqueles bruxos de sangue ruim, como se fôssemos todos iguais. Eles traíram o próprio sangue e por isso escolhi o seu lado, o certo - Obrigada pelas aulas Lucius.
O homem da uma risada maléfica esperando que os outros façam o mesmo. E fazem.
- Peguem-na - O que? Bellatrix e Abraxas me seguram pelos ombros me expondo a frente de todos.
- Essa garota, nasceu sangue puro, e foi corrompida por seus genitores traidores de sangue. Devemos purifica-la agora! - Sua voz rouca me arrepia - Minha varinha, Malfoy.
Lucius se levanta e vem até nós. Ele entrega na mão do bruxo uma varinha cumprida feita de osso.
Voldemort... segura meu rosto para ficar rente ao seu, enquanto bellatrix expõe meu braço. Sinto a bile chegar a minha garganta.
Ele pressiona a varinha no meu braço com força, ele sussurra coisas inaudíveis.
Meu braço efervesce e começam a surgir bolhas na minha pele, parece que colocaram brasas na minha pele! Não impeço um grito fino de dor escapar de minha garganta, tento puxar meu braço mas estou imobilizada. Isso é insuportável, e o homem parecia se alegrar de minha dor. Foi quando começa a aparecer uma imagem ali, de uma caveira com uma cobra que se mexiam.
Sou solta por Lestrange e Malfoy, seguro meu braço para ver melhor, eu parecia um deles.
- Ela vai queimar quando o Lorde chamar, e só deve convoca-lo quando algo sair do controle - Lucius explica enquanto eu vejo vários olhos de vidro olhando para mim, eles vão ser a minha morte e eu a deles.

𝕯𝖗𝖆𝖌𝖔𝖓𝖘 - 𝐽𝑎𝑚𝑒𝑠 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora