XXVIII

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Marjorie Lovegood

- Eu acho que acabou - Me diz Remus.
Estávamos escondidos em um dos vinhedos do castelo Bruxo.
- Como fez isso?
- Eu não sei... Só senti que era o certo, meu corpo parecia de bronze e parecia que um furacão estava dentro de mim - Falo com sinceridade - Pode ter sido momentâneo mas não sei se posso curar eternamente sua licantropia.
- Saberemos na próxima lua cheia - Remus encosta as costas na árvore e da uma mordida no seu chocolate - Está passando rápido! Já vai completar uma semana que estamos aqui, o nosso tempo no Brasil está contado.
Isso me deixa feliz e triste ao mesmo tempo, quero voltar para Hogwarts mas algo me diz que passarei por muita coisa ainda.
- E a Maria? - Pergunto e ele murcha.
- Não duraria muito mesmo.
- Sinto muito, você parecia apaixonado - Ele sorri.
- Ela é fascinante, não precisa de semanas para gostar dela, acho que precisa disso para superar Pandora.
- Pandora Lestrange?
- Sim, você não sabe? - Opa, o que tem aí? - Ela foi embora com o seu irmão, acho que estão morando juntos.
Me sinto mal, Xenophilius é meu irmão e eu não sabia.
- Que bom para eles! - Me levanto e o deixo sozinho, preciso pensar.
O que eu vou fazer quando eu voltar? Ver Dumbledore e descobrir um novo desdobramento do plano, ir para outra missão com Régulos, arriscar a minha vida de novo. Sinceramente ainda não sei como não morri com o avada que levei de cuca, não sei mesmo, só tenho uma coisa: O livro que roubei.
Entro no meu quarto e pego o livro caindo aos pedaços debaixo do travesseiro, a Luna sempre dizia que quando mais velho mais sábio, e deve conter muito coisa aqui.
Tem uma página marcada com uma fita e é lá que abro, o título estava bem grande escrito horcrux.
- Horcrux é um objeto criado por meio das Artes das Trevas que guarda um pedaço da alma do bruxo que a criou. Para partir sua alma, o bruxo deve cometer um ato que desafie a natureza, algo que corrompa a ordem natural das coisas, que seja capaz de mutilar a alma de seu ser: assassinar um ser humano. Uma vez que a Horcrux é feita, ela serve de salva-vidas, um seguro de vida para o bruxo, uma vez que, mesmo se seu corpo for destruído, sua alma não pode partir, então ele não morre - Leio baixo para mim mesma, isso é horrível. Quem faria isso? O lorde das trevas, fecho o livro.
Tudo faz sentido, o medalhão, o motivo que Dumbledore se preocupa tanto. Quando o medalhão foi destruído uma parte da vida dele foi também, se todas forem, isso acaba.
- Minha senhora? - Escuto um barulho na janela.
- Malvina! - Abro para a criatura entrar - Entregou com segurança?
- Sim, o mestre já está informado - Ela diz - Isso é para você.
Ela me entrega um papelzinho

"Essa noite, às oito horas, fique preparada
- Alvo Dumbledore"

Fecho o bilhete apreensiva.
- Obrigada Malvina, pode voltar a sua vida na floresta.
Ela sorri agradecida e voou para a floresta. Suspiro cansada, o que ele preparou.

Estou parada feito uma barata tonta em frente ao castelo bruxo.
- Lovegood! - Escuto me sussurrarem.
Procuro o barulho. Régulos.
- Ainda estou me perguntando como você sai do castelo, e aparece onde quer! - Vou até ele.
- Passe livre de Dumbledore.
- Régulos, eu sei o que estamos fazendo... Das Horcrux.
Régulos fica em silêncio apreensivo.
- Você iria saber uma hora ou outra - Mesmo assim ele parecia angustiado - Dumbledore disse que um bom lugar para procurar coisas seria na velha casa dos Gaunt a família de Voldemort.
Me surpreende esse monstro ter algum espírito familiar. Régulos me estende o braço, seguro pronta para a apartação.
Quando o mundo para de girar percebo estarmos em o que parecia ser uma moradia velha.
- Isso aqui está um lixo - Comento.
- Preciso dizer para você ter foco em toda missão? - O olho indignada.
- Desculpe mas analizar o local antes de começar uma tarefa suicida salvou a minha vida em uma floresta sinistra!
- Foco!
Dou um tapa em seu braço e entro primeiro.
- Vou ir procurar alguma coisa nos quartos - Régulos avisa subindo as escadas quase inexistentes.
Como se fosse meu chefe.
Vou direto nos antigos armários, em geral só tinham traças, poeira, insetos e objetos antigos.
- O que nós estamos procurando mesmo? - Grito lá de cima para ele.
- Algo que for importante!
Reviro os olhos. Livros são importantes sempre.
Procuro nas estantes, um livro preto chama a minha atenção.
Está cheio de poeira mas intacto das traças, tiro a poeira da capa. Diário de Tom Ridlle? Abro o meio do diário e uns papéis caem lá de dentro. Me abaixo para pegar, isso sim é interessante. Uma fotografia de um garoto, no centro junto com um grupo de amigos... Espera aí? Aperto meus olhos pois a foto é velha, isso... É o clube do Slughorn, esse é o professor Slughorn, viro a foto, mas não tinha nada escrito.
Escuto um grito de Régulos... Régulos!
Corro as escadas acima, o que houve?
- Reg? - Entro desesperada em um quarto para vê-lo jogado no chão - Vem levanta!
Ajudo ele a se levantar com dificuldade.
- Encontrei algo - Ele diz ofegante enrolando o cachecol na mão.
Com a outra ele ergue um anel de pedra preta.
- Deixa eu ver! - tento pegar o anel e ele puxa.
- Não encosta!
- Qual foi? - Pergunto irritada.
- Vou levar a Dumbledore! - ele coloca no bolso e me segura pelos ombros.
Sinto tudo girar e não estava preparada para aparatar. Quase caio mas Reg me segura.
- Está de volta -Diz meio seco.
Seguro em seu braço.
- Se iria fazer tudo sozinho, não deveria ter perdido meu tempo! - Reclamo.
- Foi um contra ataque de repente, para de reclamar tanto sua carrancuda!
Um barulho vindo de dentro do castelo bruxo chama a nossa atenção. Black nos leva para dentro de uma grande moita.
- Você é um gordo patético! - Ellie grita com alguém vindo atrás dela.
- Não fala assim - João Paulo Teixeira diz. Era ele.
- Idiota! - Sussurro interessada na briga.
Me viro e Régulos já desapareceu. Saio de dentro da moita.
- Ellie TugWood, seu verme! - bato na cara dela com o que tenho em mãos, ela cai no chão - Eu vou te acertar seu diabrete!
Ellie se esquiva no chão.
- Falando no ruim! - Ela se levanta - Eu não tenho medo de você, sua empata chapéu feia inútil!
Algo dentro de mim se move.
- Vai pagar por isso TugWood! - aperto seu pescoço - Cara de lesma!
Ellie é arrastada para trás como se tivesse sendo atingida por um feitiço.
Ela fica enjoada e começa a vomitar lesmas. Com vergonha foge para dentro do castelo. Eu fiz de novo.
- Caramba ocê é boa em feitiço não verbal bixinha! - O garoto me da um tapinha no ombro e corre para o castelo.
Não eu não sou boa...

𝕯𝖗𝖆𝖌𝖔𝖓𝖘 - 𝐽𝑎𝑚𝑒𝑠 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora