𝕯𝖗𝖆𝖌𝖔𝖓𝖘 - 𝐽𝑎𝑚𝑒𝑠 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟

XXIX

Marjorie Lovegood

Estou tranquila andando no corredor quando me puxam pela cintura. Sinto lábios na minha bochecha.
- James!
- Minha ruivinha - Ele acaricia meu cabelo.
Essa é a segunda vez que nos encontramos depois do nosso momento.
- Gosto de você - Tapo minha boca quando percebo o que disse.
- Gosto mais! - James deposita um singelo beijo nos meus lábios.
Arfo surpresa.
- Você deveria ser mais cauteloso! - Me esquivo dele.
Ele me abraça por trás e começamos a andar no corredor. Ele é tão bobo! Acho que é isso que me atrai.
- Olha só! - Mary aparece no corredor.
- MacDonald! - James me soltou.
Ela nos olhou intrigada.
- O que está acontecendo? - Ela pergunta.
- Nada - Digo prontamente.
James da um tapinha no ombro de Mary e sai pulando.
- Licença - Tento ir atrás dele mas Mary segura meu braço.
- Você foi com o Malfoy no clube - Ela me puxa - Tá brincando com o James?
- Somos amigos! - Puxo meu braço - Me deixa ir antes que eu te atropele!
Era isso que eu temia.

- Temos mais seis dias nesse lugar encantado - Amanda comenta com Gideon.
- Até você conhecer a minha irmã - Verdade. Até me esqueci que nós iríamos passar o ação de graças na casa dela.
- Vai ser muito divertido - Debocho baixo e afundo minha cabeça entre os joelhos.
- Você está bem? - Sirius pergunta, reconheço pela voz - Está tomando suas poções.
- Estou - Falo arrastada.
- Não parece! - Ele puxa minha cabeça pelo meu cabelo para ver meu rosto.
Empurro a cara dele com as duas mãos. Sirius ri muito alto.
- Voce tá fedendo, por que você fede tanto? - Me empurro para perto dele - Qual é o problema? Cachorro?
Pergunto debochada.
- Colega! - Frank vem e me joga uma mãozada de lama.
- Ei! - Sirius devolve, Frank se abaixa e acerta a cara de Marlene.
Arregalo os olhos, ele tá frito! Marlene o joga uma mãozada de terra que logo vira uma grande confusão.
- Se proteje! - James me puxa pelo braço. Ele me esconde sobre sua farda do castelo bruxo. Isso me deixa perto demais do rosto dele.
- Seu nariz é tão lindinho - Ele diz tocando a ponta do meu nariz. Sorri sinceramente, é tão bom ficar com ele, seguro, quente, tão maravilhoso.
- Deixa eu ver! - Puxo os óculos de seu rosto - Nossa Potter você é cego!
Comento, ele deve ter uns 8 graus de miopia.
- Ainda consigo ver você! - Antes mesmo que eu pudesse responder, levo uma bolada de lama no rosto tão forte que caio para trás, Mary.
- Caramba Mary, cuidado. Você pode machucar alguém! - James reclama.
- Deixa, estou bem! - Resmungo me esquivando dele e levantando - Vou me lavar.
Me afasto deles. Acho que preciso arrumar uma desculpa muito, mas muito boa para todos, fui tão
burra, é claro que deixaria alguma coisa passar.

- Magia não verbal? - Leio no livro da cuca.
A única explicação que tem para tudo que tem acontecido é essa.
- Isso pode ser muito perigoso, já tenho chamado atenção negativa até demais.
Aperto minhas mãos com força, tanto que minhas unhas fazem buracos nas palmas.
- Se eu pudesse falar algo com alguém eu... - Paro para pensar por um instante. Eu tenho um diário.
Vou no meu malão procurar, estava ali, o diário de Tom Riddle, pego uma pena e começo. Ah, isso é tão infantil!

"Diário de Tom Riddle"

Que começo é esse.

"Olá"

Espera o que? O diário me respondeu? Passo os dedos sobre a escrita para ver se não era sujeira. Por mil bruxas, o diário respondeu! Ele é um artefato mágico?

"Isso é um artefato mágico?"
"Sou uma lembrança"

Lembrança? Fecho o diário com força e coloco um cadeado. Isso não me cheira coisa boa, mas vou estudar isso. Sobre a família Riddle, e principalmente sobre Tom Riddle.
- Marjorie - Escuto a voz de Dorcas no quarto.
- Sim?
Dorcas caminha nervosa até mim, apreensiva.
- Cuidado - Me assusto com o tom de sua voz - Você vai correr muito perigo, é melhor que esteja preparada.
- Dorcas, do que está falando? - Será que ela sabe sobre a missão.
- Você vai enfrentar tempos difíceis, tais quais nem Dumbledore pode prever... Mas, se lembre que você, e só você pode parar com todo o sofrimento.
Que dor? Que sofrimento?
- Eu sinto muito, mas eu não falo charades.
- Nem, eu só posso ler o seu futuro e posso revira-lo também, sua alma vou examinar, e isso eu faço como ninguém.
- O que? - Pisco surpresa - Dorcas... o que o Sirius te deu para beber?
- Um dia você vai entender.
Ela me deixou lá estática e de queixo caído.
- Maluca - Digo como se eu não fosse também.
Encaro o diário em minhas mãos, eu preciso esconder isso. Dorcas e Mary estão desconfiando de mim! E se elas me descobrirem, descobrem Régulos, e nessa não sei se vamos escapar!
- O que eu faço - estou suando muito.
Minhas mãos estão tremendo, eu não quero morrer!
Sinto dor nos meus joelhos quando caio com a mão no peito, cadê o ar nos meus pulmões.
- Que bom que eu chego nessas horas! - Então escuto a voz de Sirius, ah graças a Merlin, Sirius!
Sou puxada, ele me aconchega em seus braços me ninando feito bebê, literalmente me balançando como um neném.
- O que houve dessa vez? - Ele acaricia meu cabelo.
- Não sei as vezes chega do nada.
Me sento nervosa.
- Chega a ser inconveniente, demais! - Ajeito-me.
Sinto a calmaria, a recuperação.
- Eu vou preparar um chá para você, quer dizer... O João deve saber preparar, espere, ouviu? Não saia daí! - Ele ordenou como uma mãe mandona antes de sair para preparar um chá para mim.
- Foi meio calmo dessa vez, Sirius tem me ajudado muito - Estapeio minha boca, tenho falado sozinha ultimamente.
Faço o que Sirius mandou, mas não consigo me manter acordada.

Narradora

- Então Marjorie, aqui está... - Sirius volta para o quarto.
Marjorie dormia meio desajeitada na beira da cama, Black a pegou no colo e a deitou de forma confortável.
- Se ela dormiu, vou levar esse chá para Lene, e ainda vou sair como um namorado carinhoso - Disse convencido, apagando a vela e deixando a garota dormir tranquila.
Desajeitado chutando tudo que estava no chão.