𝕯𝖗𝖆𝖌𝖔𝖓𝖘 - 𝐽𝑎𝑚𝑒𝑠 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟

XXVII

Marjorie Lovegood

Acordo ainda meio grogue, eu estava suando. James estava deitado também, tínhamos dormido nos jardins. Depois do nosso beijo, ele e eu resolvemos deixar o encontro de Maria e Remus, nós afastamos, estávamos tão cansados que pegamos no sono. Como não dormir? Ele acariciou meus cabelos até eu adormecer, dormi em seu peito.
Esfrego minhas têmporas, esse foi o melhor momento da minha vida desde a tragédia. Mas agora o nosso beijo... parece tão errado! Olho para James dormindo, ele parecia um anjo. Seus cabelos curtos, diferentes dos longos de Lucius! De cor castanho, diferente do platinado de Lucius! Sua graça, diferente do humor sério de Lucius! E sua casa... tão diferente da de Lucius!
E agora Marjorie? O que você vai fazer? Seu coração pertence a James e pare de negar isso! Mas você é de Lucius! Parece o seu caso secreto, você está com Voldemort, mas sua lealdade é de Dumbledore.
- James - O cutuco levemente.
Ele se espreguiça despreocupado, sorrio com o ato.
- Bom dia ruivinha! - Ele se senta na grama e beija a minha testa.
- Oi - Digo envergonhada.
Lucius some de minha mente, e só consigo ver James comigo.
- Venha! - Ele se levanta e me ajuda a levantar - Você está meio desnorteada.
Ele me mantém perto de si enquanto voltamos para dentro do castelo. Me sinto muito bem perto dele.
- James?
Ele me olha.
- Sim?
- No momento, isso pode ficar apenas entre nós? - Pergunto meio receosa.
Ele parece desapontado por um momento.
- Por que?
- Sou discreta James, já deveria saber, não é nada pessoal! - Digo a ele, meu Merlin o que estou fazendo?
- Hum! - Diz ele e continuamos andando - Marjorie o que somos?
- Somos amigos, né? - Me arrependi do que disse.
- Amigos?
- Parceiros? Companheiros? Foi só um selinho... - Digo confusa.
- Tem razão - Ele se vira para mim - Isso é um beijo!
Ele segura firme minhas bochechas, e me puxa para si me beijando.
Coloco as mãos em seu cabelo o apertando. James pede passagem com a língua e eu concedo prontamente. Isso é um beijo.
- Somos só amigos? - Pergunta ele ao terminar de me beijar.
- Eu gosto de você James, mas eu não estou psicologicamente pronta para entrar em um relacionamento! - Falo sincera.
Ele pega minha mão e beija.
- Eu espero o tempo que for - Ele acaricia minha bochecha - Você vai ser minha e ninguém vai te machucar de novo, eu prometo.
Derramo algumas lágrimas ao ouvir isso.
- Vem cá! - James me puxa para um abraço.

- Aí, Marjorie muito obrigado, foi tão satisfatório! - Maria me aborda no corredor.
- Espero que tenha saído tudo bem.
Me desvencilho dela, preciso de um tempo para pensar. Chego no quarto e me jogo na rede, que incrível que pareça são confortáveis. Como sinto falta de Luna, será que valeu a pena ter voltado? Acho que não, eu matei alguém, certo que ela tentou me assassinar mas eu não sou assim, eu acho... Talvez eu tenha mais em comum com Voldemort do que penso.
Uns barulhos estranhos lá fora me tiram de meus pensamentos, será que eu não posso ter paz?
Vou olhar pela janela do quarto... Ah não!

Narradora

Marjorie corria nas escadas do castelo bruxo, em desespero.
- Peter! - Ela grita quando encontra - Onde estão os outros?
- Atrás dele! - Diz exasperado.
- O que acontece se o encontrarem?
Peter fica quieto nervoso e chateado.
- Será banido da sociedade - Ele diz sério.
O coração dela palpita no peito, eles não iriam permitir que isso acontecesse.
- Vamos achar o Remus! - Ela diz confiante.
Peter confirma com a cabeça pega no braço da garota e correm.
Era noite de lua cheia, não estavam em hogwarts, ou seja nada da casa dos gritos. Um uivo é ouvido a centenas de quilômetros. Seguiram os barulhos.
- O que está acontecendo? - Maria Eduarda e Marlene aparecem no corredor. Tinha um lobo enorme parado no corredor.
- Se afastem! - Sirius avisa feroz com a varinha em punhos.
- Devemos chamar a Mãe de ouro? - Maria pergunta.
- Não! - Marjorie grita desesperada.
- A gente lida com tudo! - Foi a vez de James.
O lobo corre para cima de Peter que vira um rato desvencilhando. Ele desvia o alvo para Marlene, Sirius pula em cima dela e os dois tombam para o lado, como consequência Maria é atingida com uma unhada na barriga que a lança na parede.
- Remus! Para! - Marjorie grita chamando sua atenção.
Ele rosna para a garota.
- Eu queria que isso acabasse! - Ela grita.
Na mesma hora toda a poeira do chão começa a se acumular em volta do lobo que nos próximos segundos solta berros enquanto os outros olham em espanto. O bolo de poeira explode, e no lugar só tem o velho Remus de sempre.
- Remus? - Marlene corre a seu encontro.
Ele cai no chão tonto.
- Como você se sente aluado? - James se aproxima o ajudando a levantar.
- Confuso, parece que... arracaram uma parte de mim.
- Como fez isso? - Maria pergunta com um sôfrego de dor.
Remus a olha e na hora desmorona.
- Duda... - Ele vai quase arrastado até ela é a abraça - Eu te machuquei não foi? Eu sinto muito, sei que não era o que você esperava e eu acho melhor você me esquecer, eu vou entender...
Maria Eduarda o corta o beijando, Lupin retribuiu atordoado.
- Sem problemas, eu estou bem!
Marjorie sorriu com a cena.
- Odeio ser estraga prazeres mas, pela cueca de Merlin, o que você fez Marjorie? - Peter grita espantado.
Marjorie olha para as próprias mãos desacreditada.
- Eu não sei... A única certeza que eu tenho é que saiu de mim - Ela diz calma por fora e gritante por dentro.
E pela primeira vez na vida a Lovegood se sentiu a bruxa mais poderosa do mundo, sem fazer ideia o mal que estava prestes a enfrentar, aos amigos que iria perder, e as loucuras que ia acontecer.

Mãe de ouro olha a densa floresta amazônica, sentia ela mudando. Infelizmente suas expectativas estavam certas.

Dorcas se senta inconsciente na cama, seus olhos estavam abertos e verdes. Seu lado vidente acordará.

" o mal será bem quando
A pérola chegar
Ao seu corpo a dor fugirá
No seu sangue o lobo morrerá
Nos seu sangue
As almas se juntarão
e por fim ceifaram
E no céu e na terra
De noite e de dia
Todos viveram em perfeita sincronia"