Capítulo 5

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Pedro H: Bandida, eu quero revanche.

Laura: Revanche é o cacete, me dá meu dinheiro que amanhã eu tenho que ir trabalhar.

O velho pai do desaforado me paga pelo pix . O marrentão fica batendo e chutando a porteira e eu fico rindo da situação.

Vinícius: Doutora, a senhora vai causar muita discórdia.

Laura: Cheiro, valeu aí, em!

Pedro Henrique: Amanhã eu dou o cavalo, ele tá com a pata machucada, amanhã você passa e leva ele.

Laura: Tá bom.

Subo no meu cavalo e meus pais entram no carro, os olhares das pessoas eram firmes em cima de mim e eu pouco me lichei para as olhadas.

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Pedro Henrique narrando.

Eu ainda não consigo acreditar que perdi para aquela dotorazinha marrenta, não consigo e nem vou tirar essa cena da minha cabeça e ainda mais perder para uma mulher.

Fontes: Amanhã, eu entro em acordo com ela para não dar o seu cavalo.

Pedro Henrique: Ela sabe que é importante para mim, é claro que ela não vai querer.

Fontes: Essa menina é uma danadinha.

Pedro Henrique: Vontade de pegar ela e cortar ela em pedacinhos.

O resto da noite foi desesperadora pois ficamos com vergonha por ter perdido para aquela maldita doutora.

....

Laura narrando.

A noite passou voando e eu acordei bem cansada mas com o barulho da obra e reforma da fazenda, eu não consegui dormir mais. Levantei e me arrumei para o meu plantão, tomei um café bem reforçado e peguei a caminhonete do meu pai e dirigi até o hospital, meu plantão hoje é até às 17:00 da tarde, assim que eu saí vou direto para a fazenda dos Fontes buscar meu cavalo.

O plantão foi bem tranquilo e eu tive poucos atendimentos, o dia passou voando e logo deu meu horário. Arrumei minhas coisas e sai, entrei na caminhonete e antes de ir para a fazenda comprei comida e fui para a fazenda comendo enquanto dirigia, demorou uns minutos mas logo cheguei e estacionei o carro.

Falei com o rapaz que me atendeu no outro dia e ele não me deixou entrar, então eu fiquei terminando de comer encostada no meu carro enquanto eu não era atendida.

Pedro Henrique: O que você quer?

Laura: Vim buscar meu cavalo.

Pedro H: Seu cavalo?

Laura: É

Pedro H: Abusada, escuta aqui, você quer quanto em troca de deixar o cavalo?

Laura: Humm, o cavalo vale muito assim para vocês é?

Pedro H: Não interessa, quer quanto?

Laura: 50 mil

Pedro H: Tá doida?

Laura: Deve valer né, já que você quer ficar com ele.

Pedro H: Você pensa que é quem em?

Ele se aproxima de mim tentando me amedrontar e eu bebi o último gole da minha bebida jogando a latinha no chão.

Laura: E aí, 50 mil?

Pedro Henrique: Tá achando que é quem? A filha da Xuxa?

Luara: Humm, não. Da dona Rosa e do seu Fausto.

Ele pega em meu braço e eu olho para sua mão onde está apertando meu braço, ele está bem furioso mas eu não mostrei medo.

Laura: Solta meu braço.

Eu empurro ele e o mesmo me olha com o mesmo olhar de fúria, eu pego meu chicote no carro e bato o mesmo no chão.

Pedro Henrique: Atrevida, vou pegar esse chicote e vou te dar umas palmadas pra aprender a ser mulher.

Eu levanto a mão para acertar o chicote nele e ele me puxa pela cintura com uma mão e me cola em seus braços enquanto tira o chicote da minha outra mão, ele me encosta na caminhonete com força e eu tento afasta-lo mas ele é bem mais forte que eu.

Fontes: Pedro Henrique, solte a menina.

Pedro H: Ela ia me bater com esse chicote de novo, pai.

Fontes: Se acalma filho, eu não te ensinei a bater em mulher não.

Pedro Henrique: Eu não ia bater pai.

Fontes: Vai buscar o cavalo, filho.

Eu escuto meu pai e saio de perto da marrenta, devolvo o chicote dela jogando o mesmo no chão e ela bufa.

Fontes: Lindos, ainda vou ver os dois casados. Você é a nora perfeita. Bonita, tem postura.

Laura: Nem amarrada eu caso com esse ignorante.

Fontes: Oh, língua paga.

O ignorante voltou com meu cavalo e me ajudou a colocar na caminhonete, ele parecia gostar muito do cavalo e eu quase fiquei comovida mas eu não me comovo com pouco.

Entrei na caminhonete e fui dirigindo devagarinho para não deixar o cavalo cair ou se machucar.

Assim que eu cheguei na fazenda o pessoal da obra ainda estavam e me ajudaram a descer com o cavalo.

Fausto: Esse cavalo vale uma fortuna filha

Laura: Eu sei

Meu pai está morto de orgulho e eu fico toda boba com o jeitinho dele. Eu deixo ele com o cavalo e vou para dentro de casa, subo para o meu quarto e tomo um banho bem quentinho, depois visto uma roupa e como alguma coisa.

O filho do fazendeiro e a moça do campo.Onde histórias criam vida. Descubra agora