Capítulo 13

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Pedro narrando.

Eu cheguei em casa, troquei minha roupa e deixei a do senhor Fausto no cantinho para devolver depois. Desci meio desnorteado ainda da sujeira que a Laura fez. Sentei na mesa e tomei um café da tarde com minha mãe, com uns biscoitos que ela fez.

Contei para ela o banho de tinta que eu levei da Laura e ela riu bastante.

Daniela: Essa menina, tem um pouco de mim quando eu era jovem. Gosto da postura dela.

Pedro H: É mesmo?! Pois eu não gosto.

Daniela: Pois o seu pai quem me amanssou, eu era extremamente rebelde igualzinha a Laura e o seu pai era um mulherengo que vivia de cara emburrada. Nós nos encontramos e o destino nos uniu.

Pedro H: A história não vai se repetir, não viu mãe, relaxa. Tô fora de mulher, tô fora de formar família. Por agora eu quero só curtir minha vida.

Daniela: No coração a gente não manda viu, seu olho brilha só de falar o nome dela e você nunca falou de nenhuma mulher com tanta empolgação como você fala da Laura.

Pedro H: Porque ela me tira do sério mãe, ela me irrita de um jeito que me deixa louco.

Daniela: É, o amor pode começar assim no ódio.

Pedro H: Mãe, a senhora está falando muita bobeira, eu vou pro campo treinar os bois.

Daniela: Fecha a porteira então.

Pedro H: A senhora está cheia de graça.

Eu dou um beijo no topo da cabeça da minha mãe e vou ver a situação das vacas e dos bois. Pego meu cavalo e entro na área de treinamento, peço para soltar um boi e uma vaca por vez. Passei a tarde toda fazendo isso e o sol já estava querendo se pôr e os capatazes foram para outros afazeres enquanto eu fiquei treinando nos cavalos e a potência dos bois.

O suor está descendo sobre o meu corpo mas o cansaço ainda não chegou e eu continuei.
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Laura narrando.

Meu pai está me levando até a fazenda do Pedro para pedir desculpas a ele e também para ir buscar a caminhonete, eu estou com tanta raiva que não sei explicar.

Assim que a gente chegou, meu pai entrou para conversar com o senhor Fontes e mandou eu ir atrás do Pedro para pedir desculpas, eu fui pois realmente estava disposta a pedir desculpas, pois de certa forma foi minha culpa.

Assim que eu encontrei ele, eu vi o mesmo deixando o coitado de um boi tonto enquanto puxava o rabo do pobre animal. Ver essa situação me subiu uma raiva sem explicação e eu só consegui pensar em tirar o boi dali.

Laura: Ei, solta o coitado desse boi, Pedro deixa de ser mal.

Ele solta um sorriso sarcástico e continua maltratando o pobre animal. Eu peguei meu chicote novamente e pulei o cercado  e ele me olhou assustado.

Pedro: Laura, se afaste o boi pode te machucar

Ele leva o boi até o outro lado e guarda ele nos estabulos do lado e volta furioso depois de descer do cavalo

Pedro: Olha aqui, olha bem aqui nos meus olhos.

Eu me afasto, assustada pela primeira vez, eu vi uma raiva nos seus olhos.

Laura: Calma

Pedro: Eu tô cansado de você me maltratar direto. Quem você pensa que é?

Laura: Baixe esse tom de voz.

Ele ri debochado e eu aponto o dedo na cara dele e ele pega minhas mãos e coloca para trás e cola os nossos corpos segurando meus braços para trás me deixando totalmente presa.

Laura: Me solta.

Pedro: Só vou te soltar quando você me pedir desculpas. Você vem lá da sua casa pra me fazer raiva aqui?! Eu não sou de ferro.

Laura: Você está muito perto.

Eu falo e meus olhos me traem quando ficam de olho na boca carnuda do brutamonte e ele morde os lábios.

Laura: Esse seu jeito machão me irrita, precisa me prender dessa forma?

Pedro: Me pede desculpas!

Ele solta os meus braços mas me encosta na grade ainda com nossos corpos colocados e nossas respirações nos traindo.

Laura: Você acha que é quem?

Pedro: Você gosta né?! Admite, gosta de chamar minha atenção.

Laura: Não, eu não suporto ver você machucando o coitado do boi. Você gostaria que alguém puxasse o seu c**
Se afasta de mim por favor..

Pedro: Tá com medo de mim?

Minhas mãos já estavam firmes nos braços fortes dele e eu fechei os olhos tentando buscar forças.

Pedro: Olha pra mim.

Laura: Pedro..

Eu falo com a voz rouca e falha e ele apertou minha cintura e selou nossos lábios em um beijo avassalador, nossas línguas brincavam em uma sintonia perfeita e as mãos do Pedro passeavam sobre cada curva do meu corpo, sua mão firme agarrou meu cabelo me arrancando um gemidinho baixo e eu pude sentir o volume em sua calça se formando com o calor do beijo. Já estamos totalmente sem fôlego e para quebrar o clima escutamos alguém gritar nossos nomes. Eu empurrei o Pedro e ele se afastou rapidamente e ficou tentando se conter, eu me afastei com vergonha e fui para mais longe tentar recuperar minhas forças.

Daniela: Vocês estão aí?! Se acertaram?! Pediram desculpas?

A dona Daniela ficou puxando assunto e eu dei um sorrisinho sem jeito e o Pedro de costas para ela, talvez escondendo o volume na calça, falou.

Pedro H: Ela já pediu desculpas, mãe!

Daniela: Que bom, vem cá Laura. Estou fazendo o jantar, você quer me ajudar?

Laura: Sim claro

Daniela: Você está tão descabelada, deve ser esse vento. Parece que vai chover.

Laura: É, parece!

Saímos e deixamos o Pedro sozinho e eu fui controlando a minha respiração, pois eu ainda estou tentando assimilar tudo.

O filho do fazendeiro e a moça do campo.Onde histórias criam vida. Descubra agora