Capítulo 32

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Laura narrando.

Acordei com o barulho da porta batendo e vi o ogro se despindo de frente pro guarda roupa. Olhei a hora no celular e são exatamente  17:00 horas da tarde, dormi muito e nem vi o tempo passar. O Pedro estava de cara fechada e parecia não querer conversar e eu não vou ficar adulando para ele falar comigo, não. Levantei, vesti uma outra roupa e ajeitei os cabelos, ele estava no banheiro e eu aproveitei para sair. Desci e fui comer alguma coisa, depois fui para o sofá assistir alguma coisa e o Luís sentou pertinho de mim com um balde de pipoca.

Luís: Como está meu irmão?

Laura: Louco.

Luís: Ele só não está sabendo compreender a regra do ciúmes, fica tranquila tá?

Laura: Não sou clínica de reabilitação pra ficar educando um macho dessa idade não.

Luís: Kkkk boa cunhada.

Pedro: Agora você está se engraçando com meu irmão também, Laura?

Tomamos um susto com a voz do Pedro ecoando pela sala e eu me levantei bem furiosa.

Laura: Luís, eu vou pra casa dos meus pais. Você me empresta seu carro?

Pedro: Vai no carro dele coisa nenhuma não e sua casa é aqui.

Laura: Luís?

O Pedro nota que eu não estou dando atenção a ele e ele sai mais furioso ainda.

Luís: Cunhada, vocês tem que conversar.

Laura: Não vou conversar com esse monstro.

Luís: Vou te deixar em casa, um tempo é preciso para organizar as ideias.

Fomos para o carro do Luís e ele me levou para minha casa, eu não contei nada para os meus pais, pois sei que meu pai acabaria com a cara do Pedro sem pensar duas vezes, apenas falei que queria dormir lá para relembrar os velhos tempos. Jantei a comida da minha mãe e depois fui dormir no meu quarto e mesmo sendo totalmente errado, eu senti muita saudade do Pedro, do calor dele, do beijo e de tudo que envolve ele.

....

Algumas semanas depois.

Laura narrando.

Já passou um mês que eu e o Pedro estamos brigados e a mãe dele disse que ele dorme pra beber e bebe pra dormir, não come nada de futuro e fica trancado dia e noite dentro do quarto se embebedando. Eu não vou me humilhar a ele de forma nenhuma e ele tem que abrir a mente pra ver o que ele fez comigo de me tratar como me tratou. Meus pais ficaram sabendo e meu pai por incrível que pareça pediu para que eu tivesse paciência, pois o primeiro ano de casamento é realmente difícil e decisivo na vida do casal.

Daniela: Oi nora vim te ver

Laura: Oi sogra.

Daniela: Tudo bem?

Laura: Tenho um plantão daqui a 2 horas, estou bem e a senhora?

Daniela: Mais ou menos

Laura: Vai ficar tudo bem, tá?

Daniela: sim, eu acredito.

Eu sinto meu estômago embrulhar com o cheiro forte do bolo que minha mãe estava fazendo e eu corri para o banheiro da cozinha e vomitei que nem uma cachorra. A dona Daniela veio atrás e me ajudou segurando em meus cabelos.

Daniela: Menina, você está pálida.

Laura: Eu tô passando mal.

Assim que eu me levanto sinto meu corpo entrar em colapso e eu desmaio.

Fausto: Filha?

Daniela: Ela desmaiou, vamos levar ela pro hospital, rápido.

Pegamos a Laura no chão e colocamos no carro, levamos ela para o hospital e no caminho eu liguei para o irresponsável do meu filho. Chegamos no hospital e ela foi levada desacordada para uma ala.

Daniel: Pressão caiu.

Daniela: O que ela tem?

Daniel: Vamos fazer um exame de sangue e outros procedimentos para sabermos.

Os médicos e enfermeiros deram bastante atenção a ela e enquanto ela estava sendo atendida eu fiquei esperando os meninos chegarem lá fora.

Fausto: Minha filha trabalha muito e não se cuida.

Daniela: Preocupação também.

O Luís e o Pedro chegaram e por sorte o Pedro não estava bêbado e parecia que estava trabalhando.

Fausto: Seu moleque, sua culpa que minha filha está aqui.

Pedro: O que aconteceu?

Fausto: Não sabemos, pressão caiu e tudo pode ser por sua culpa.

Daniela: Vamos aguardar senhor Fausto.

Daniel: Com licença, dona Rosa e senhor Fausto são os pais

Rosa: Sim, somos. Como está minha filha?

Daniel: Está tudo bem, é normal no estado que ela está sentir esses enjôo e tonturas.

Rosa: Mas ela estava bem, essa foi a primeira vez que ela sentiu esse enjôo.

Daniela: como assim estado?

Daniel: Ela está grávida senhora.

Vejo meu filho lacrimejar os olhos e eu grito de alegria abraçando a dona Rosa e o senhor Fausto.

Daniel: Ela já acordou, está mais razoável. Vocês querem ver ela?

Nós concordamos em sincronia e fomos correndo para o quarto dela.

Rosa: Filha que felicidade!!

Laura: Mãe, eu ainda estou em choque. Ontem eu senti uma tontura, mas nada demais.

Daniela: É assim mesmo meu amor.

Laura: Eu não quero ele aqui, tira ele daqui.

Eu falo quando vejo o Pedro entrando e o mesmo me fuzila com os olhos, mas obedece e sai.

Daniela: Laura, vocês precisam se acertar e pensar na criança.

Laura: Quero que essa criança nasça em um ambiente saudável.

Fausto: Vou ser vovô que alegria minha filha, obrigada.

Laura: Vocês podem me deixar sozinha um pouco enquanto tomo o soro?!

Eles concordam e eu fico quietinha com a mão na barriga esperando o soro acabar. O soro demorou um pouco mais de uma hora e quando acabou o Daniel me passou as recomendações e as medicações, pois eu aproveitei e já comecei o pré natal logo, fiz algumas consultas com o Daniel e ele me auxiliou bastante.

Daniel: Boa sorte, estou torcendo por você.

Laura: Obrigada.

Sai e com ajuda da dona Daniela eu fui colocada no carro e ela me levou até minha casa, me ajudou a descer e com ajuda dos meus pais eu fui para o meu quarto.

O filho do fazendeiro e a moça do campo.Onde histórias criam vida. Descubra agora