Laura narrando.
Acordei com o barulho da porta batendo e vi o ogro se despindo de frente pro guarda roupa. Olhei a hora no celular e são exatamente 17:00 horas da tarde, dormi muito e nem vi o tempo passar. O Pedro estava de cara fechada e parecia não querer conversar e eu não vou ficar adulando para ele falar comigo, não. Levantei, vesti uma outra roupa e ajeitei os cabelos, ele estava no banheiro e eu aproveitei para sair. Desci e fui comer alguma coisa, depois fui para o sofá assistir alguma coisa e o Luís sentou pertinho de mim com um balde de pipoca.
Luís: Como está meu irmão?
Laura: Louco.
Luís: Ele só não está sabendo compreender a regra do ciúmes, fica tranquila tá?
Laura: Não sou clínica de reabilitação pra ficar educando um macho dessa idade não.
Luís: Kkkk boa cunhada.
Pedro: Agora você está se engraçando com meu irmão também, Laura?
Tomamos um susto com a voz do Pedro ecoando pela sala e eu me levantei bem furiosa.
Laura: Luís, eu vou pra casa dos meus pais. Você me empresta seu carro?
Pedro: Vai no carro dele coisa nenhuma não e sua casa é aqui.
Laura: Luís?
O Pedro nota que eu não estou dando atenção a ele e ele sai mais furioso ainda.
Luís: Cunhada, vocês tem que conversar.
Laura: Não vou conversar com esse monstro.
Luís: Vou te deixar em casa, um tempo é preciso para organizar as ideias.
Fomos para o carro do Luís e ele me levou para minha casa, eu não contei nada para os meus pais, pois sei que meu pai acabaria com a cara do Pedro sem pensar duas vezes, apenas falei que queria dormir lá para relembrar os velhos tempos. Jantei a comida da minha mãe e depois fui dormir no meu quarto e mesmo sendo totalmente errado, eu senti muita saudade do Pedro, do calor dele, do beijo e de tudo que envolve ele.
....
Algumas semanas depois.
Laura narrando.
Já passou um mês que eu e o Pedro estamos brigados e a mãe dele disse que ele dorme pra beber e bebe pra dormir, não come nada de futuro e fica trancado dia e noite dentro do quarto se embebedando. Eu não vou me humilhar a ele de forma nenhuma e ele tem que abrir a mente pra ver o que ele fez comigo de me tratar como me tratou. Meus pais ficaram sabendo e meu pai por incrível que pareça pediu para que eu tivesse paciência, pois o primeiro ano de casamento é realmente difícil e decisivo na vida do casal.
Daniela: Oi nora vim te ver
Laura: Oi sogra.
Daniela: Tudo bem?
Laura: Tenho um plantão daqui a 2 horas, estou bem e a senhora?
Daniela: Mais ou menos
Laura: Vai ficar tudo bem, tá?
Daniela: sim, eu acredito.
Eu sinto meu estômago embrulhar com o cheiro forte do bolo que minha mãe estava fazendo e eu corri para o banheiro da cozinha e vomitei que nem uma cachorra. A dona Daniela veio atrás e me ajudou segurando em meus cabelos.
Daniela: Menina, você está pálida.
Laura: Eu tô passando mal.
Assim que eu me levanto sinto meu corpo entrar em colapso e eu desmaio.
Fausto: Filha?
Daniela: Ela desmaiou, vamos levar ela pro hospital, rápido.
Pegamos a Laura no chão e colocamos no carro, levamos ela para o hospital e no caminho eu liguei para o irresponsável do meu filho. Chegamos no hospital e ela foi levada desacordada para uma ala.
Daniel: Pressão caiu.
Daniela: O que ela tem?
Daniel: Vamos fazer um exame de sangue e outros procedimentos para sabermos.
Os médicos e enfermeiros deram bastante atenção a ela e enquanto ela estava sendo atendida eu fiquei esperando os meninos chegarem lá fora.
Fausto: Minha filha trabalha muito e não se cuida.
Daniela: Preocupação também.
O Luís e o Pedro chegaram e por sorte o Pedro não estava bêbado e parecia que estava trabalhando.
Fausto: Seu moleque, sua culpa que minha filha está aqui.
Pedro: O que aconteceu?
Fausto: Não sabemos, pressão caiu e tudo pode ser por sua culpa.
Daniela: Vamos aguardar senhor Fausto.
Daniel: Com licença, dona Rosa e senhor Fausto são os pais
Rosa: Sim, somos. Como está minha filha?
Daniel: Está tudo bem, é normal no estado que ela está sentir esses enjôo e tonturas.
Rosa: Mas ela estava bem, essa foi a primeira vez que ela sentiu esse enjôo.
Daniela: como assim estado?
Daniel: Ela está grávida senhora.
Vejo meu filho lacrimejar os olhos e eu grito de alegria abraçando a dona Rosa e o senhor Fausto.
Daniel: Ela já acordou, está mais razoável. Vocês querem ver ela?
Nós concordamos em sincronia e fomos correndo para o quarto dela.
Rosa: Filha que felicidade!!
Laura: Mãe, eu ainda estou em choque. Ontem eu senti uma tontura, mas nada demais.
Daniela: É assim mesmo meu amor.
Laura: Eu não quero ele aqui, tira ele daqui.
Eu falo quando vejo o Pedro entrando e o mesmo me fuzila com os olhos, mas obedece e sai.
Daniela: Laura, vocês precisam se acertar e pensar na criança.
Laura: Quero que essa criança nasça em um ambiente saudável.
Fausto: Vou ser vovô que alegria minha filha, obrigada.
Laura: Vocês podem me deixar sozinha um pouco enquanto tomo o soro?!
Eles concordam e eu fico quietinha com a mão na barriga esperando o soro acabar. O soro demorou um pouco mais de uma hora e quando acabou o Daniel me passou as recomendações e as medicações, pois eu aproveitei e já comecei o pré natal logo, fiz algumas consultas com o Daniel e ele me auxiliou bastante.
Daniel: Boa sorte, estou torcendo por você.
Laura: Obrigada.
Sai e com ajuda da dona Daniela eu fui colocada no carro e ela me levou até minha casa, me ajudou a descer e com ajuda dos meus pais eu fui para o meu quarto.
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O filho do fazendeiro e a moça do campo.
FanfictionLaura é uma menina que foi criada no campo e ama os animais, pois foi criada em volta de muitos. No entanto estudou bastante para assumir as fazendas do seu pai, é formada em medicina, mas nunca negou suas origens da roça, ela precisa voltar a morar...