Capítulo 6

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Fontes: Vai a onde essa hora da noite, Pedro Henrique?

Pedro H: Vou esfriar a mente, vou sair com a Estéfane.

Fontes: Essa menina, é muito fraca para você.

Pedro H: Vou saber se ela é fraca mesmo.

Fontes: Ela não é quem eu quero para você.

Pedro H: Eu não quero ninguém pai.

Fontes: Eu quero você com a Laura. Ela é a mulher pra você.

Pedro H: Tá doido, pai?

Fontes: Ela é desenrolada, linda até demais.

Pedro H: Quero não, ajeita pro meu irmão. Essa aí eu tô fora. Toda noite eu ia levar uma surra de chicote.

Eu saio deixando meu pai falando sozinho e vou para o lugar que marquei com a Estéfane, marcamos de ficar em um motel pois não levo ninguém para minha casa, acho isso muito íntimo e eu não quero confundir a cabeça dela.

A noite foi uma loucura e ela é um verdadeiro furacão, mas assim que levantou já veio perguntando se podia ir comer na minha casa e eu alertei que não.

Tomei um banho e vesti minha roupa da noite anterior, paguei o motel e sai deixando a moça lá, mas claro deixei dinheiro para ela comer alguma coisa.

Fui para o centro e assim que cheguei, as pessoas ainda estavam me olhando com o olhar de perdedor e eu fico totalmente encabulado e me sobe um fogo uma ira sem explicação.

Entro numa cafeteria depois de estacionar meu carro e vejo o Vinícius sentado tomando café.

Pedro H: Oi cara

Vinícius: E aí?

Pedro H: Vai fazer o que hoje?

Vinícius: Não sei, tava pensando em ir no hospital me consultar.

Pedro H: Você está doente, sentindo alguma coisa?

Vinícius: Que nada, mas vou ficar.

Pedro H: Não tô entendendo nada

Vinícius: A Laura, a gata que ganhou de você na corrida. Ela é o assunto do momento, muito gata véi.

Pedro H: Ela pode até ser bonita, mas a marra dela é grande demais.

Vinícius: Ih, você já derrubou bois muito mais brabos que ela.

Pedro H: Da pra mim não, dois bruto junto.

Vinícius: Ainda bem que eu sou da paz. Falando na dama, olha quem chegou aí.

O vento bate e os cabelos dela dá uma leve balançada chamando mais atenção ainda dos cara em volta, ela estava toda jeitosinha e quando notou minha presença já amarrou a cara e foi para o outro lado do balcão pedir alguma coisa.

Vinícius: Bom dia, Laura.

Luara: Oi, Vinícius! Tudo bem?

Vinícius: Tudo sim, já está indo trabalhar?

Laura: Eu tô! Vim só tomar um café.

Vinícius: Eu vou dá uma passadinha lá, andei sentindo umas pontadas nos meus rins.

Laura: Nos rins?

Vinícius: É, bem aqui.

Laura: kkkkk os rins não ficam aí não Vinícius kkkkkkkk.

Vinícius: não?! Tá vendo, eu preciso saber o que é isso.

A maldita pode até ser danada de bruta, mas é bonita pra cacete e essa marra dela, deixa qualquer pião caído no chão.

Laura: Vamos comigo, eu te examino lá.

Vinícius: Vou sim doutora.

Ela pega um café e sai rindo com o Vinícius, hoje ela parece está de bom humor, será que foi o safanão que eu dei nela, deve ter sido. Ela tá mansinha, mansinha.

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Laura: Onde é sua dor mesmo?

Eu falo já com o jaleco e com minha roupa pronta para atendimento no consultório.

Vinícius: Bem aqui.

Laura: Tira a camisa e se senta na cama.

Ele tira a camisa e eu vejo que ele não tem nada, apenas fez toda essa cena para me fazer rir, então eu resolvi assustar ele.

Laura: Eu acho que é mais sério do que pensávamos.

Vinícius; O quê?

Laura: O seu problema.

Faço uma cara triste e peço para ele vestir a camisa.

Vinícius: Você tá me assustando, o que eu tenho?

Laura: Mentinite.

Vinícius: O que é isso?

Laura: Mania feia de mentir só pra vim no hospital fazer hora com a nossa cara.

Vinícius: Oh Doutora, você me assustou.

Laura: Veste essa camisa, e vai trabalhar. Eu preciso atender outros pacientes.

O Vinícius sai rindo e eu fico rindo da situação também, porém assim que ele abre a porta a enfermeira me chama para a sala de emergência, chegou um homem seriamente machucado após cair do cavalo. Eu corro para a sala de emergência junto com a enfermeira que abre a porta para mim e assim que eu entro e vejo o senhor Fontes na cama bastante machucado com seus filhos em volta.

Laura: Por favor se afastem, preciso atendê-lo.

Pedro H: Só pode ser brincadeira isso.

Eu começo a atender o senhor Fontes que reclama de dor e ele parece ter fraturado algumas costelas.

Laura: Denise, chama os meninos e vamos levar o senhor Fontes até a sala de raio-x urgente.

Falo com Denise a enfermeira que assim acata minha ordem.

Fontes: Quem diria, você me atendendo?

Laura: O senhor não faça esforço, para o seu bem.

O mesmo obedece e logo o maqueiro leva ele para o raio-x, logo o raio-x foi feito e a conclusão foi tirada horas depois, ele fraturou a costela e precisa fazer a cirurgia o mais rápido possível.

Levamos ele para a sala de cirurgia e com outros especialista foi feita a cirurgia, logo levamos ele para o quarto para repousar, felizmente o caso dele não foi tão grave mas precisa de cuidados.

Ele ainda está sobre efeitos da anestesia, então o melhor agora é não receber nenhuma visita, saio passando a orientação para a enfermeira que com muita doçura acata.

Laura: Obrigada, Denise.

Eu saio e o mais novo junto com o ogro veio em minha direção.

Laura:Olá.

Pedro H: Quero ver meu pai.

Laura: Sinto muito, mas ele está sobre efeito da anestesia e não pode receber visitas agora. No entanto posso assegurar que ele já saiu da zona de perigo.

Luís: Laura, obrigada!

Laura: Por nada, Luis! Não se preocupe seu pai vai ficar bem viu?

Eu faço menção de sair mas o brutamontes segura em meu braço firme  e me encara sério.

Pedro H: espero que meu pai realmente esteja bem, do contrário você vai pagar caro.

Laura: Solte meu braço.

Luís: Solta ela, Pedro.

Xxx: Tudo bem aqui doutora?

O Pedro Henrique me solta e eu acompanho o maqueiro que me leva até a sala de descanso.

O filho do fazendeiro e a moça do campo.Onde histórias criam vida. Descubra agora