Lara Maia
Duas horas e meia de viagem, pra finalmente pisar em solo brasileiro. Estava morando há 2 anos em Montevidéu no Uruguai, completando minha pós
-graduação em fisioterapia. E sendo sincera, me arrependo amargamente.Não fiz nenhuma amizade, pelo ao contrário, acho que metade daquela faculdade de Montevidéu me odeia. Por que? Simples, pelo meu quase "relacionamento" com um jogador que todo mundo aqui endeusava e metade da faculdade pegou ou queria pegar. E eu nunca entendi o porque. Até pegar ele.
Joaquín Piquerez é o nome do jogador.
Conheci ele em uma padaria do meu bairro. Você deve estar pensando, quem pega alguém que conhece na padaria? Bom, eu não peguei ele especificamente na padaria, mas foi aonde tudo começou.
Fui comprar um leite e um donuts nessa padaria, só que eu não tinha dinheiro o suficiente pra pagar. Não foi proposital, eu realmente estava sem dinheiro na época. Tinha acabado de ser dispensada do meu estágio e ainda não tinha conseguido outro emprego, que é extremamente complicado aqui, eles são meio xenófobocos com brasileiros e isso dificulta muito nossa adaptação.
E com a merreca que me pagavam no estágio, eu só conseguia pagar o meu aluguel, por isso as vezes eu era obrigada há fazer alguns bicos por aí.
Enfim, voltando a história da padaria. Piquerez estava nela, na fila, pra piorar ainda mais minha humilhação. Ele se ofereceu pra pagar e eu aceitei com muito custo. Sou muito orgulhosa e odeio que as pessoas paguem coisas pra mim. A não ser que seja meu irmão.
Em "troca" ele me pediu meu número de telefone, e eu passei. O que poderia acontecer de errado em dar meu telefone pra um estranho não é mesmo!?
Pois aconteceu.
Infelizmente ele acabou machucando no meio da temporada dele pelo Penarol, e me contratou pra ser sua fisioterapeuta particular. Fiz de bom gosto e por que estava precisando muito do dinheiro.
Mas essa fisioterapia foi longe demais, acabei ajudando ele em coisas além, se é que vocês me entendem.
E se oque estava ruim não podia piorar, piorou. Vazaram esse nosso "lance" em todos os sites de fofoca do Uruguai. E eu nunca rezei tanto pra que isso não chegasse no Brasil até meu irmão, ou até o Raphael, que me zoaria pelo resto da vida.
Foi a partir desse vazamento que o inferno na faculdade começou. As meninas ficaram malucas, me ameaçavam e faziam várias pegadinhas comigo na escola, coisas que eu achei que só acontecia nos filmes.
Eu já não estava suportando. Pedi ajuda pra direção da faculdade, que riu da minha cara e disse que eram só brincadeirinhas.
Essas "brincadeirinhas" custaram o resto da minha saúde mental.Elas pegavam muito pesado, falavam das minhas inseguranças, falavam dos meus pais que faleceram quando eu tinha 10 anos, tudo de horrível elas me falavam pra me atingir.
Fora que as pegadinhas ridículas me deram várias marcas e machucados pelo corpo. Mas eram só brincadeirinhas né!?
Nessas horas eu sentia ainda mais falta do Brasil e principalmente da Maddy, minha melhor amiga, que se estivesse aqui, já tinha batido em todas elas.
Mas infelizmente meu único refúgio em Montevidéu era o Piquerez, e foi nesse momento que eu conheci o pior lado dele. O lado frio. Que simplesmente me ignorou, não respondeu minhas mensagens, não atendia minhas ligações, simplesmente sumiu.
Foi quando eu descobri que ele tinha sido vendido pra um time do Brasil, o Palmeiras, time do coração do meu irmão.
E no Brasil também que ele começou a namorar, uma tal de Key Alves, jogadora de vôlei, que participou do BBB se não me engano.
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𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.
Fanfiction𝐇𝐎𝐓'𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐀𝐃𝐎𝐒, 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐈𝐍𝐔𝐄 𝐏𝐎𝐑 𝐒𝐔𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐑𝐈𝐒𝐂𝐎!!! "Ao invés de brigar, vamos nos divertir" Richard Ríos e Joaquín Piquerez terão maturidade pra sustentar um triângulo amoroso com a jovem fisioterapeuta Lara Maia? ...