44. Última vez.

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Lara Maia

A água morna do chuveiro escorre suavemente sobre o meu corpo, envolvendo-me em seu abraço reconfortante. Sinto cada gota que desce como pequenas carícias, enquanto fecho os olhos e permito-me relaxar.

[Flashback...]

Envolvi meus braços ao redor do pescoço de Raphael e o beijei. Seus lábios adormeceram assim que sentiu os meus. Ele abraçou minha cintura e puxou meu corpo pra mais perto.

– Me diz o que você quer. — sussurrou sobre meus lábios com a voz rouca.

– Eu quero você. — ele riu abafado.

Me virou contra o box e me deu um tapa na bunda.

– Eu implorei por você desde o dia que você chegou. — distribuiu beijos molhados no meu pescoço. – Agora eu quero que você implore por mim.

Bateu com mais força na minha bunda depois apertando minha cintura. Senti minha respiração falhar e um frio na barriga acompanhado de um arrepio pelo meu corpo.

– Implore por mim Lara. — puxou meu cabelo fazendo minha cabeça encostar no seu ombro. – Anda porra, eu tô mandando.

[Fim do flashback...]

Acho que relaxei demais e acabei tendo outra lembrança. Mas dessa vez foi diferente, era como se eu estivesse em segunda pessoa, assistindo o que Veiga fazia comigo.

– Eu-eu transei com ele? — me perguntei ainda sentindo uma leve tensão em meu corpo.

Isso explica o porque de ver ele daquela forma me causou tantas sensações.

Saí do chuveiro e me olhei no espelho enquanto penteava o cabelo.

– Porra, eu transei com meu amigo de infância? — conversei comigo mesma ainda me olhando no espelho. – Pior que eu não me lembro se foi bom ou ruim. E se eu... se eu... — bufei. – Mas e o Richard? Ele não ia ficar chateado se soubesse que eu e o Veiga... — mordi o lábio inferior. – Ah, foda se o Richard, ele tava com aquela vagabunda lá.

Saí do banheiro com a toalha amarrada e com o corpo um pouco molhado, Veiga está deitado na minha cama, sem camisa e com um short branco do Palmeiras. Pelo volume que se encontra ali, tenho a leve sensação que ele está sem cueca.

Ele ainda não me viu, está distraído com o telefone.

– Você vai dormir assim? — perguntei.

Ele me olhou lentamente da cabeça aos pés e abriu um sorrisinho.

– Vou. E você? Vai dormir assim?

– Não sei, ainda estou pensando.

– Eu não me importaria. — mordeu o lábio inferior.

– Se você se importasse também não faria diferença, até porque o quarto é meu.

Ele riu pelo nariz.

– Você gosta de me provocar né!? — perguntei.

– Mas eu nem fiz nada ainda... — andei lentamente em sua direção. – Mas se você quiser eu posso fazer.

– Essa frase é minha.

– Eu posso ser sua também. — falei em sussurro e vi Veiga mordendo um lábio inferior.

Deixei minha toalha cair de propósito e agora estou completamente nua na sua frente, mas ele apenas me observa sem dizer uma palavra e sem nem sequer levantar da cama.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora