𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.

30. Nova namorada.

Lara Maia

Acordei com uma dor por todo meu corpo. Me espreguicei na cama procurando por eles ao meu redor e rezando pra que eles ainda estivessem dormindo.

Mas eu estava sozinha na cama do meu irmão. Me colocaram pra dormir aqui já que a minha cama, bom, melhor deixar baixo.

Levantei na pura preguiça e gemendo de dor.

– Porra, parece que eu tomei uma surra. — minha voz saiu completamente rouca.

Senti minha garganta arranhar e queimar, indicando que nem ela está bem.

Saí do quarto andando devagar com as minhas mãos apoiadas nas costas. A casa está limpa e a mesa de café posta, olhei ao redor pra vê se eles ainda estão por aqui, mas nada.

Em cima da mesa tinha um buquê de rosas vermelhas com um bilhetinho em cima. Franzi o cenho e peguei o bilhete.

“ Bom dia preta.

Eu, Raphael e Joaquín decidimos arrumar sua casa em forma de agradecimento pela noite de ontem...
Raphael ficou mais por conta do café, então se tiver alguma coisa ruim, manda mensagem pra ele...

Dei uma risada frouxa já que minha garganta nem me permitiu gargalhar.

Na bancada tem remédio pra dores no corpo,  cólica e bala de gengibre pra garganta, já que  provavelmente você deve estar cheia de dores.

Mais tarde um conhecido meu vai aí arrumar sua cama e caso ele diga que a cama não tem conserto, depositamos dinheiro na sua conta pelo pix.

Um abraço e um beijo aonde preferir.

Ass: Seu trio."

A cada palavra que eu li dessa carta eu negava com a cabeça dando risada.

"Seu trio", quem vê até pensa que são meus.

Peguei o buquê e coloquei em um vaso de vidro na mesinha de centro da sala. Voltei pra cozinha indo até a bancada e pegando a bala de gengibre pra chupar, já que minha garganta é oque mais me incomoda até agora.

Sentei na mesa de café pegando um pedaço de bolo e um copo de suco enquanto pensava em conferir o saldo da minha conta pra vê se eles realmente depositaram dinheiro pra mim, esquecendo que meu telefone está confiscado.

– Merda. Como eu vou contar pra Maddy o que aconteceu ontem sem telefone?

Eu poderia ir lá na casa de Raphael pedir seu telefone emprestado por 10 minutinhos, mas não quero ver nenhum dos três tão cedo, principalmente o Veiga.

Coçei a cabeça enquanto pensava como vou voltara a conviver normalmente com esses três.

{....}

– VOCÊ DEU PROS TRÊS AO MESMO TEMPO? — Maddy gritou enquanto eu contava pra ela sobre ontem.

Achei um telefone velho na gaveta do meu irmão e consegui ligar pra ela.

– Grita mais, pro condomínio inteiro saber. — minha voz ainda está bem rouca, então as palavras quase sumiam enquanto eu falava.

– Desculpa. — tampou a própria boca. – Por isso que você tá com essa voz de pato Donald... — franzi o cenho. – Ontem tava com três pirocas na boca.

Gargalhei.

– Foi bom? — ela perguntou, super interessada no assunto.

– Bom é uma palavra muito forte... — franziu o cenho. – Foi ótimo.