02. Implicante.

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Lara Maia

– Então quer dizer que você conheceu o Richard antes de mim.— abriu a porta da nossa casa e carregou as malas.

Antony veio o resto do caminho no carro me fazendo perguntas sobre o Richard.

– A gente se esbarrou sem querer. — me joguei no sofá. – Para de ser chato.

– Ele tá preocupado de você cair no encanto do jogador. — Maddy fala se jogando ao meu lado e dando risada.

– Minha irmã não seria tão burra assim de se envolver com jogador. — eu e Maddy nos entreolhamos. – SERIA?

– Nem te conto. — Maddy deu risada.

– Só apoio se for o Raphael Veiga. — passou por nós indo em direção a cozinha.

– Ele terminou com a bruninha mesmo? — andei atrás e me escorei no balcão.

– Teminou. Ele ficou malzão. Mas agora ele tá igual tubarão...— ele me respondeu rindo.

– Comendo piranha? — perguntei rindo.

– Olha como você fala do meu amigo. — me jogou um pedaço de pão.

– A gente bem que podia dar um rolê hoje né!? — Maddy se pronunciou me abraçando por trás.

– Concordo muito. Preciso beber.— tomei o pão da mão do meu irmão e mordi.

– Raphael ia fazer uma resenha hoje. — pegou seu pão de volta e me deu um tapa na testa. – Só não sei se ainda está de pé.

Antes que eu pudesse me pronunciar, a porta da nossa casa se abriu. E era o assunto entrando por ela.

– Falando de mim? — Veiga perguntou dando um sorriso e se aproximando da bancada.

Meu irmão e ele são vizinhos de condomínio. E se isso já não bastasse, a casa é uma de frente pra outra.

Não tenho nada contra o Raphael, somos até amigos. Porém ele é mais amigo do meu irmão, ou seja, ele me trata como se eu fosse criança e tá sempre me dedurando pro Antony. Na cabeça dele, ele manda em mim porque convivemos juntos desde criança.

– Lala voltou. Finalmente. — revirei os olhos.

– Eu odeio esse apelido Raphael. — me abraçou.

– Cresceu hein!? Nem parece que até ontem eu te carregava no colo. — me olhou dos pés a cabeça.

– Típica frase de velho tarado.— Maddy deu uma gargalhada do meu comentário.

– Velho é teu passado Lala. — me abraçou de novo. – Se precisar de mim é só chamar tá!?— Veiga sussurou no meu ouvido.

Ok. Isso foi estranho.

– E ai irmão? A resenha tá de pé? — Antony perguntou.

Os dois fizeram aquele toque ridículo de sempre.

– Claro que tá mano. Vim confirmar com você. — meu irmão esfregou as mãos. — Vocês também estão convidadas.

– A gente não precisa de convite. Vamos de qualquer jeito. — Maddy respondeu ele dando uma piscadinha.

– Vou desfazer minhas malas. Foi um desprazer te ver novamente Raphael Veiga. — ele deu risada.

– Que isso gata, as ordens. — tomou um tapa do meu irmão na cabeça.

– Que gata o que porra. Ela é minha irmã.

Eu e Maddy gargalhamos e subimos pro meu quarto com as malas.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora