17. Apegado.

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2 semanas depois...

Joaquín Piquerez

– Vamos irmãozinho, por favor. — implorava pra Raphael ir com a fantasia combinando com a minha.

Amanhã é halloween e o irmão de Lara sempre dá festa nessa época.
Geralmente é um festão, vem pessoas até de outra cidade. E no CT só se falava disso.

– Desencana Piquerez, coisa esquisita ir com a fantasia igual. — revirei os olhos.

– Não é não Veiga, olha. — mostrei pra ele a minha ideia de fantasia.

– Parece dois cafetão. — revirei os olhos.  – Da onde você tirou isso?

– É de um jogo, call of duty.

– Conheço. — olhei pra ele na expectativa de sua opinião mudar. – Você é um saco viu, tá me devendo uma.

– Você é tão exagerado. — andamos até a rodinha onde está o resto dos malucos.

– E você Richard? Vai como? — Endrick perguntou.

– Vou de ghostface. — respondeu esfregando as mãos.

– Oxi, que porra é essa pae? — Murilo perguntou.

– É aquele carinha do filme pânico, que sai matando todo mundo. — Zé Rafael explicou.

– E porque ele não fala isso, tem que falar chique. Gostiface, minha pomba porra. — Murilo reclamou.

– Mas o nome do cara não é pânico burro. — Veiga meteu o peteleco na orelha de Murilo. –  Se fala Ghostface mesmo. Vocês são sem cultura.

– E você Dudu? Vai de que? — perguntei.

– Ele vai de Peter Pan, o tamanho ele já tem. — Zé Rafael me respondeu rindo.

– Ha ha ha, muito engraçado Zé ruela. Mas eu vou de coringa. —  Dudu respondeu fazendo dedo pro Zé Rafael.

– Imagina esse desprovido de altura vestido de coringa. — Gomez disse dando risada.

– Vai mirar no coringa e vai ficar parecendo o Chucky. — Endrick completou o bullying contra Dudu.

Ficaram a manhã toda zuando a fantasia um do outro até Abel chegar e colocar ordem na casa.

{....}

Avistei Lara de longe conversando com o Veiga e eu decidi ir até eles.

– Animada pra amanhã Lara? — perguntei Lara.

Pensei que ela fosse me responder de maneira seca como sempre é, mas fui surpreendido.

– Muito. Minha fantasia chegou hoje de manhã. — respondeu batendo as mãos e dando pulinhos. – Tô ansiosa pra chegar em casa e experimentar.

– E eu vou lá ver. — Veiga falou abraçando seus ombros.

– Não vai não, não te chamei.

Gargalhei.
Eu e Raphael ficamos conversando com ela e tentando convence–lá a nós contar sobre sua fantasia, mas ela não contou e ainda foi embora com o Richard.

– E se .... —  eu o olhei sem entender. – Será que ela aguenta dois?

Me engasguei com minha própria saliva.

– Que porra é essa Raphael?? Você tá maluco?? — saí andando e ele gargalhou.

– A mula não sabe viver. — revirei os olhos.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora