10. Probleminha gostoso.

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Uma semana depois....

Lara Maia

Essa semana no CT foi bem tranquila. O Palmeiras não teve nenhum jogo fora de casa, facilitando meu trabalho e evitando viagens que desgastem os jogadores.

Tirando Gabriel Menino e o Veiga que sempre que me vêem enchem meu saco, os outros jogadores são até legais, bem malucos, mas eu também sou e tá tudo certo.

Veiga como um bom fofoqueiro me contou esses dias que Piquerez e a Key terminaram, quis saber mais detalhes, mas ele não soube me dizer muito coisa.

Richard tem evitado ficar perto de mim no CT, acho que ele tomou um xingo da comissão depois que nos viram abraçados, agora ele só passa por mim e me dá uma olhada, às vezes eu até ignoro de propósito.

Hoje é domingo e eles treinaram apenas na academia.

– Vou almoçar na sua casa tá!? — Veiga entrou na minha sala falando. – Seu irmão que me convidou.

– Que novidade hein Raphael. — me levantei da cadeira e guardei alguns documentos. – Nem parece que só fica enfiado lá em casa.

– É que mais tarde tem um rolê que eu quero te levar também. — ele pegou alguns documentos e me ajudou a guardar. – Estando na sua casa vai ser mais fácil apressar você de se arrumar.

– E quem disse que eu vou? — ele deu risada.

– Não aceito um não como resposta. — dei de ombros. – Vamos pô, é um karaokê, sei que você gosta.

– Karaokê? — me animei. – Posso levar Maddy?

– Ela já vai, o Menino chamou.

– Maldito. — Veiga deu risada.

– Então você vai? — ele me abraçou pela cintura e colocou a cabeça no meu ombro.

– Claro. Você tocou na minha memória afetiva.

E realmente tocou, lembro de quando eu e ele catamos pro meu irmão na intenção de irrita-ló.

{....}

Que saudades de comer um sorvetinho caseiro, sério, meu irmão arrasa demais, a mulher dele vai ter sorte.

– Ficou muito bom esse sorvete Antony, sério. — dei uma colherada e coloquei na minha boca. – Já pode casar.

– Deus me livre casar. — fez o nome do pai. –  Mas obrigado pelo elogio.

Eu, ele e o Veiga estamos sentados ao redor da piscina, conversando e comendo sorvete. Do nada abriu um sol do caramba, tá queimando até minhas costas.

– Vou na cozinha ali, já volto. — meu irmão se levantou da borda. – Vocês vão querer alguma coisa?

Eu e Veiga negamos com a cabeça e ele saiu.

– Sua boca tá suja. — passou a mão pela própria boca me mostrando aonde está sujo.

– Quer limpar? — Veiga deu uma risada irônica.

- Lara, Lara.

– Só fiz uma pergunta. — pegou no rosto devagar e passou a língua pelo canto da minhas boca. Fechei os olhos involuntariamente, achando que ele ia me beijar.

– Agora tá limpo. — deu risada e pulou na piscina, respingando água em mim.

Revirei os olhos e dei risada.

Ele é gato pra caralho e fica ainda mais lindo no sol sem camisa. Acho que vai ser ótimo continuar nessa brincadeirinha.

Meu irmão voltou da cozinha e deitou na cadeira, acabou cochilando. Era um ótimo momento pra devolver Raphael das provocações daquele dia.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora