67. Dia do Richard.

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No dia seguinte.

Lara Maia

Estou igual uma criança, completamente perdida nesse parque de diversões, sem saber por qual brinquedo eu começo.

Um passaporte na mão e várias possibilidades. Circulo meus olhos por todos os brinquedos grandes e brilhantes desse parque. Quando eu era menor sempre começava pelos mais radicais e acho que vou manter essa minha mania.

– Vamos começar pela montanha russa. — falo pro Richard empolgada.

– O que? Mas já?

– Por que? Tem medo? — franzi o cenho.

Ele riu e pegou na minha mão me arrastando até a fila da montanha russa.

Minhas mãos estão inquietas, meu coração acelerado, e eu tenho certeza que estou falando várias coisas idiotas pro Richard porque ele não para de rir.

Entramos na montanha russa, travo o cinto e seguro firme na barra de ferro ao redor da minha cintura.

– Vocês estão com algum objeto eletrônico? Alguma coisa que corre risco de cair de vocês? — a moça que cuida do brinquedo pergunta de maneira educada.

– Eu tô com telefone aqui, mas não vai cair não. — Richard responde conferindo os bolsos e eu dou risada.

– Certo. Vou confiar em você. — a moça responde rindo também.

A montanha russa começa devagar, e a tensão vai aumentando conforme a gente sobe, mas aí a queda livre nos pega de surpresa, e a gente solta gritos de empolgação.

Cada loop e curva nos sacode, e eu tento levantar uma das mãos de Richard pra cima, mas ele segura tão forte no ferro que eu não consigo levanta-lá, solto uma gargalhada alta que é interrompida por gritos estericos quando a montanha russa gira de cabeça pra baixo.

A sensação de velocidade, o vento no rosto e a adrenalina são demais. Nós estamos curtindo a montanha russa como se fosse a melhor coisa do mundo. E quando finalmente freia saímos do carrinho rindo, meio tontos, mas com um sentimento de que essa montanha russa só aumentou nossa adrenalina.

– Vamos de novo? — ele pergunta empolgado.

– Ah, agora quer ir de novo? — falo rindo. – Vamos. — ele abraça minha cintura e me arrasta até a fila de novo.

{....}

Depois de ir em quase todos os brinquedos e nossa adrenalina estar perto do fim, decidimos tomar um sorvete e andar por aí de mãos dadas.

– Está se divertindo? — Richard pergunta.

– Muito, fazia tempo que eu não dava tanta risada. Sua cara no estilingue foi hilária. — dou risada de novo.

– Eu morrendo de medo e você rindo de mim. Quase desmaiei.

– Quase? Você desmaiou Richard. — gargalhamos juntos.

– EI MARMANJO, QUE TAL DAR UM PRESENTINHO PRA SUA PRINCESA HEIN!? ACERTE O ALVO E LEVE O QUE QUISER PELO VALOR QUE ACERTAR. — um palhaço grita pro Richard que se assusta um pouco.

– Ui, tiro ao alvo. — falo empolgada batendo palmas. – Eu quero moço, me dá cinco fichas. — puxo Richard pela mão e entrego ele meu sorvete.

– Você sabe que esses negócios é pura safadeza né!? — ele sussurra no meu ouvido enquanto eu me posiciono na barraca e pego o dardo.

– Eu amo uma safadeza. — respondo e ele dá risada.

– Quanto que é esse ursão aí? — pergunto pro palhaço apontado pra um urso bege enorme.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora