16. Melhor que sua voz.

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Joaquín Piquerez

Saí do CT um pouco mais tarde do que o resto do pessoal. Key me mandou mensagem falando que me esperava no portão e eu vou evitar ela o máximo que eu puder.

Inútil, acabei de chegar em casa e ela está aqui, estacionada com carro na minha porta.

– Ah não Key, o que você quer? — passei por ela fingindo nem conhecer e destranquei a porta.

– Oi amor. — ela se aproximou pra me abraçar e eu recuei. –Temos muita coisa pra conversar.

– Não, a gente não tem. Acabou e é isso. — entrei em casa.

Tentei fechar a porta, mas ela travou com o pé.

– Então vai ser assim? — dei de ombros. – Você está com aquela vagabunda né!?

– Que? Que vagabunda?

– Aquela ridícula que trabalha no CT. — franzi o cenho. – Você comeu ela Joaquín?

– Quem me derá... — sussurei, mas ela ouviu.

Me deu um tapa na cara e eu arregalei os olhos surpreso.

– Você tá louca?

– Você não viu nada Piquerez. Você não vai ficar com essa garota. — colocou o dedo na minha cara.

Eu tentava fechar a porta, mas Key empurrava com certa força. Fiquei com medo de machuca-lá e ela dar outro surto daquele.

– Eu fico com quem eu quiser. E eu acho melhor você deixar a Lara em paz, você não sabe aonde está se metendo. — ela riu debochando.

– Ela que não sabe com quem está mexendo.

– Então vai lá, tenta a sorte. — dei risada.

– O que essa garota tem que eu não tenho?

Eu poderia ficar aqui uma semana citando várias qualidades de Lara pra Key. Mas não vou cair nesse joguinho, sei oque ela está tentando fazer.

– Terapia em dia.

– A minha também está em dia.

– Ah, com certeza está. Vou fingir que você não gastava todo o dinheiro que eu te dava pra fazer terapia, com seus "amigos" em um bar. — ela abriu a boca, surpresa com oque eu falei. – Os boletos chegam no meu e-mail Key.

– Você está se sentindo enganado né!? Por isso esse ódio todo. Me perdoa Piquerez, por favor. — ela se agachou nos meus pés.

– Eu te perdôo, mas não vou voltar com você. — ela começou a chorar.

– Eu não consigo viver sem você.

– Aprende.

– Eu vou me matar e a culpa vai ser sua.

– De novo essa história de se matar? — tirei ela dos meus pés e ela caiu sentada no chão. – Vai lá e se mata então. Bom que me deixa em paz. — fechei a porta e tranquei.

Estou cansado dessa garota, cansado de ficar preso em um relacionamento. Eu preciso voltar a viver.

Lara Maia

Estou deitada na cama do quarto de hóspedes, Veiga está deitado no meio das minhas pernas fazendo carinho na parte interna da minha coxa.

– Raphael, para com isso. — sacudi a perna.

– Por que? Não gosta de carinho?

– Desse jeito não. — ele gargalhou.

– Tá ficando excitada?

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora