24. Bipolar.

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Joaquín Piquerez

Raphael me colocou no único quarto que a Alexa não funciona. Aqui tá um frio do caralho e com o ar condicionado ligado, já pedi pra vaca da Alexa desligar e ela nem me respondeu.

– Puta que pariu, eu odeio a tecnologia.

Desliguei a tv que estava ligada pra paredes, porque nem prestar a atenção eu estou.

Olhei pro teto e comecei a pensar na vida, mas meus pensamentos sempre paravam no mesmo lugar.

No halloween, naquele quarto, naquela cama, em Lara, foi uma completa loucura. A única coisa que eu queria esquecer é do Raphael pelado, de resto, foi quase perfeito.

Inclusive, acho que nenhum de nós dois perguntou pra ela se foi bom. Porque o irmão de Lara estragou oque era pra ser uma noite inesquecível.

Mas enfim, queria ter a oportunidade de transar com a Lara de novo, dessa vez sozinho, só pra ver se nossa conexão ainda existe.

Queria saber também se ela gosta mesmo do Richard. Não consigo entender essa relação deles. Porque se eu estivesse no lugar dele, não deixaria Lara pagar de solteira por aí e dormir com outros caras.

Aliás, quem sou eu pra dizer o que o Ríos deveria fazer. Olha as coisas que eu já fiz com ela, principalmente lá no Uruguai.

Não vou ficar me depreciando com isso também, porque não teve só coisas ruins.

Porra eu vou ficar maluco, minha cabeça está rodando.

E o que um homem faz quando está sozinho e não consegue dormir? Isso mesmo, punheta.

Fechei os olhos me imaginando sozinho com Lara e comecei com movimentos lentos, subindo e descendo, pressionando e vendo minhas veias pulsar. Aumentei os movimentos sentindo meu pau inchar na minha mão, curvei as costas no colchão e suspirei.

Olhei pra porta do quarto e percebi que ela estava entreaberta, logo uma sombra surgiu também. Eu podia ter parado ali, mas eu estava tão perto de gozar, que ignorei tudo ao meu redor.

Se for o Raphael ele vai me zoar pro resto da vida, se for a Lara, bom, que ela considera como uma homenagem.

Lara maia

Eu que não quero ver e nem saber o que Piquerez está fazendo, passei direto e desci até a cozinha.

– Que bonito Raphael. — ele se assustou. – Assaltando a geladeira?

– Assaltando nada, a geladeira é minha. — dei risada. – Quer?

Me ofereceu o sorvete e eu neguei com a cabeça.

– Vim só beber uma água.

– Toma um leite pô, da mais sustância. — franzi o cenho. – Não é esse leite Lara. Que mente poluída.

– Eu nem falei nada. — respondi rindo.

– Qual o assunto? — Piquerez perguntou.

Ele chegou na cozinha sem camisa e só com um short daqueles levinho de dormir, completamente suado. Dei uma leve secada.

– Quer um babador morena? — perguntou.

– Não valeu, prefiro babar em você. — os dois gargalharam. – Não falei nesse sentido.

– Mas foi nesse sentido que a gente entendeu.

– Ai Raphael, cala a boca. — peguei a garrafa de água e virei copo.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora