59. Trisal.

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Lara Maia

Estou nervosa, sinto que a qualquer momento vou desmaiar. Minhas mãos suam e um calafrio percorre pelo meu corpo quando Richard me liga falando que chegou.

Sou obrigada a trocar de roupa pra buscar os dois lá em baixo. De acordo com Richard o porteiro não liberou Piquerez porque Veiga barrou a entrada dele desde o dia que eu perdi a memória, e eu nem tava sabendo disso.

Coloco um vestido preto que mais parece uma camisola por causa da seda, o vestido deixa minhas costas amostra e talvez ele fosse um pouco curto.

Assim que saio pelo elevador sinto um vento forte bater em mim fazendo meu cabelo voar um pouco e meus braços se arrepiarem de frio.

– Pode libera eles seu Jorge. — falo pro porteiro assim que o vejo conversando com os dois.

Piquerez me olha dos pés a cabeça e pousa um pouco os olhos na região dos meus seios, Richard acompanha os olhos de Piquerez e morde o lábio inferior enquanto balança o corpo com os pés.

Olho pra mim mesma por impulso procurando oque eles tanto olham, estou sem sutiã meus seios estão arrebitados. Cruzo os braços por cima e os dois dão risada, o porteiro olha pra eles sem entender.

– E o por favor dona Lara? — o porteiro pergunta rindo.

– Dona Lara? Já falei pra você parar com essa formalidade toda comigo. — sorrio sem mostrar os dentes.

Ele libera e pede pra que eu assine na portaria um termo de responsabilidade sobre os dois.

Eles passam por mim sem falar um "a", apenas me observam como se quisessem arrancar esse resto de roupa que está sobre meu corpo. Eu evito olhar por muito tempo pros dois e entro atrás deles no elevador.

Estamos em silêncio e o elevador parece demorar mais do que o esperado. Estou suando frio, minha boca está seca, meus pés estão inquietos batendo contra o chão do elevador, a presença deles atrás de mim me transmite um calor que atinge o meio das minhas pernas.

Sinto um deles se aproximar perto do meu corpo ficando a centímetros atrás de mim.

– Você está bem? — o sotaque espanhol invade meu ouvido esquerdo. Piquerez está tão perto que eu senti o sopro da sua boca enquanto ele falava.

– Estou ótima. — viro meu rosto pra olhar em seus olhos e ter certeza que ele realmente está muito perto, nossas bocas ficam a centímetros.

De novo um calafrio sobe no meu corpo, mas agora com motivos, os dedos de Richard deslizam pelas minhas costas amostras chegando até a minha tatuagem no coquis.

– Você parece nervosa. — sua voz saí um pouco mais longe que a do Piquerez, mas trás a mesma sensação. – Não parece Piquerez?

– Sim, parece tensa. Não sei porque. — agora são os dedos de Piquerez que deslizam sobre a parte de trás do meu braço. – Você podia falar pra gente...

– Eu concordo. — Richard aperta minha cintura com as duas mãos me desequilibrando um pouco. – Conta pra gente o que te deixa assim... — sussurou no meu ouvido.

Estou piscando. Meu corpo vibra tanto por dentro que eu sinto meu estômago revirar, minha respiração começa a falhar e eu prendo ela quando o elevador para e um casal entra junto com uma senhorinha chata que tem aqui no prédio, meus olhos reviram só em vê-lá.

Agora o elevador está cheio e eu sou obrigada a recuar pra trás ficando ainda mais perto dos dois, Ríos passa o braço pelo meu pescoço e sussurra no meu ouvido.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora