𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.

12. Ressaca.

Lara Maia

Acordei com a cabeça girando de dor e meu corpo completamente molengo. Me espreguiçei na cama e abri os olhos com certa dificuldade, olhando ao meu redor eu percebi que não estava em minha casa. Escutei um barulho de água caindo do chuveiro e franzi o cenho, levantei da cama com certa dificuldade.

– Ai que dor de cabeça. — o lençol que estava no meu corpo caiu, eu estou completamente nua. – Será que eu tô na casa do Richard? — me perguntei dando uma geral no quarto, eu não conheço esse lugar.

Escutei o chuveiro sendo desligado e passos vindo de dentro do banheiro.

– Bem? — Piquerez me perguntou saindo do banheiro só com a toalha na cintura e o corpo molhado. – Ei, tô falando com você. — estalou os dedos perto do meu rosto, pois eu viajei olhando pro seu corpo.

– O que você tá fazendo aqui? — me cobri com o lençol e ele deu risada.

– A casa é minha, esse quarto é meu. — se aproximou de mim enxugando o cabelo. – A única coisa que tá aqui e não é minha ainda é você. — passou seu nariz no meu, fingindo me beijar, e eu recuei. – Bom dia.

– A gente... A gente... — ele deu risada.

– Não, a gente não transou. — respirei aliviada. – Mas você queria muito, foi difícil resistir.

– Me poupe. Cadê minhas roupas? — me levantei ainda com o lençol cobrindo meu corpo.

– Até rebolar em cima de mim implorando pra gente transar, você rebolou. — pegou minhas roupas dentro do seu armário e jogou em mim.

– Você está mentindo. Eu jamais faria isso. — ele gargalhou.

– Então tá. Se você não acredita, eu não posso fazer nada. — ele tirou a toalha na minha frente sem nenhuma vergonha na cara, e começou a se enxugar como se eu não estivesse ali.

Respirei fundo e entrei no banheiro.

– Merda, por que eu não lembro de nada? — me encarei no espelho esfregando o rosto.

Madrugada pós rolê.

Joaquín Piquerez

Veiga está bêbado, mas não é pouco bêbado, é muito, de não conseguir ficar em pé. Ele me pediu pra levar Lara e Maddy pra casa, mas eu não vou deixar ele dirigir nesse estado.

– Não vou deixar você dirigir nesse estado. Vamos para minha casa. — apoiei ele nos meus ombros.

– Eu tô bem. Leva a Lala. — me respondeu tentando sair dos meus ombros, mas se desequilibrou, eu o peguei de volta. – Tudo bem, eu não tô legal não.

– Cadê a Lara? — perguntei Maddy que cochilava escorada na parede. – Maddy, cadê a Lara. — sacudi ela que tomou um susto.

– Tá no carro com o Richard. — me abraçou pelo pescoço. – Tô com sono, me leva embora.

Agora pronto, tenho dois bêbados pendurados em mim.
Levei Maddy e Raphael até o meu carro colocando os dois no banco de trás e fechando a porta.
Vi Lara saindo do carro de Richard e andando em minha direção batendo os pés.

– Você está bêbada também? — perguntei e ela deu de ombros. – Entra no carro. — ela entrou sem pestenejar, achei até estranho.

Lara foi reclamando o caminho inteiro que o Ríos não quis transar com ela no carro. Não dei muito papo, afinal não é do meu interesse saber oque ela e o Richard fazem ou deixam de fazer.