66. Dia do Piquerez.

13.6K 660 394
                                    

Um mês depois.

Lara Maia

– Fala sério Maddy, você vai pro Allianz Parque com a blusa do Flamengo? — perguntei com a testa franzida quando entrei no carro dela.

– O jogo é Palmeiras e quem? — fez careta. – E Flamengo, então cala a boca.

– Mas a gente vai tá no camarote do Piquerez, vai dar merda isso.

– Quem disse que eu vou pro camarote do Piquerez? — jogou o cabelo pra trás. – Eu tô no camarote do Flamengo.

– Visitante tem direito a camarote?

– Só os dirigentes e eu vou ficar no meio deles. — piscou um olho.

– Cuidado com a virilha hein!? O cachorro Marcos Braz tá solto. — gargalhamos juntas.

Como Maddy já disse, hoje é dia de Palmeiras e Flamengo que é sempre um jogão considerando a rivalidade que os dois times criaram durante esses anos.

Até eu que não sou muito fã de futebol acostumava parar pra ver eles jogando um contra o outro, o último que eu assisti o Palmeiras saiu campeão da libertadores. Mas hoje não envolve taça, é só mais uma rodada do campeonato brasileiro, e considerando a distância dos dois pro time em primeiro lugar, vão só cumprir tabela.

Hoje é o "dia do Piquerez" que depois de um sorteio feito pelos dois e uma longa discussão porque Richard disse que ele roubou, fiz eles entrarem em consenso.

Então ficou combinado que depois do jogo eu e Piquerez vamos sair juntos. Estou ansiosa pra ver oque ele preparou, trouxe até mochila pra trocar de roupar no estádio.

– Por que você não tá usando uma camisa com nome de algum dos dois? — Maddy me perguntou assim que eu saí do carro e andei na sua frente.

– É regra. — respondi ainda andando e escutando os passos dela logo atrás.

– Ah Meu Deus, fala sério.

– É pra não chamar atenção da mídia.

– Mas você já vai chamar atenção só de estar no camarote do Piquerez.

– Verdade né!? — parei de andar pra olhar pra ela. – Não faz sentido.

– Ai pelo amor de Deus, três cérebros dentro de casa e três burros. — ela falou passando por mim enquanto guarda algo na sua mini bolsa.

Observo as costas de Maddy um "GABI" escrito de todo tamanho acima do número dez da camisa.

– Xiii, tá ficando sério o negócio hein.

– Depois do Gabriel Menino eu fiquei esperta, agora eu ameaço eles. — dei risada. – Ou fica com elas ou só comigo.

– Tá certíssima.

– Não tive a mesma sorte que você. Você se enjoar de um, vai lá e dá pro outro. Só alegria.

– Ai amiga, antes se fosse dá pra um de cada vez. — rio de nervoso.

– An? — ela parou de andar e olhou ao redor do corredor. – Você tá transando com os dois ao mesmo tempo toda vez?

– Na verdade depois da última vez que eles me penetram de uma vez só, eu pedi um tempo pra descansar.

– O QUE??? COMO??? QUE BUCETA É ESSA LARA???

– Para de gritar. — dei um tapa em seu braço.

Ela me olhava em choque enquanto esfregava o braço aonde eu bati. Um silêncio ficou no ar por uns 12 segundos.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora