51. Relembrar é viver.

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No dia seguinte...

Lara Maia

[Flashback...]

– Olha pra ele. — levantei a cabeça avistando Piquerez se tocando na minha frente.

Arrastei um pouco meu corpo trazendo alguém dentro de mim. Aproximei minha boca do pau de Piquerez e o chupei, subindo e descendo, sugando sua cabeça e vendo ele se contorcer contra o colchão, enquanto não paravam de me estocar com força.

No quarto os únicos barulhos que se ouviam era da cama se chocando na parede, o meu corpo e o de alguém se chocando, e o gemido de Piquerez, que gozou na minha boca em minutos.

[Fim do Flashback...]

Levantei no susto, sentindo uma dor na garganta como se eu tivesse acabado de fazer oque vi no sonho.

E que sonho foi esse? Aliás, isso foi realmente um sonho ou só mais um lápice de memória?

Meu corpo esquenta, limpo o suor frio da minha testa e olho ao meu redor vendo Richard dormir do meu lado abraçado com um ursinho de pelúcia.
Dei uma risadinha pelo nariz observando a cena.

Levanto devagar na cama e vou andando até a cozinha pra preparar o café da manhã, aproveito e olho as horas no relógio de parede que tenho na sala.

– 8:30. — viro a água quente na cafeteira. – Ele vai se atrasar pro treino, vou ter acordar.

Preparei uma bandeja de café da manhã pra ele meio desatenta deixando até algumas coisas caírem.

A verdade é que minha cabeça está longe, ainda no sonho, flashback, chame como quiser, mas só de pensar nisso de novo meu corpo esquenta, ver Piquerez daquele jeito, sem roupa, movimentando as mãos de cima pra baixo, com o corpo suado a mandíbula marcada, os lábios presos, porra...

Eu sei que isso é errado, eu tô com Richard agora e estou feliz, mas eu não controlo meus pensamentos, quem derá se controlasse.

Entro no quarto com a bandeja nas mãos e me sento devagar na beira da cama.

– Ei... — sussurei no ouvido de Richard. – Hora de acordar... — ele se mexeu um pouco mas não abriu os olhos. – Vamos colombiano, você tem treino às 9:30.

– Quantas horas? — perguntou com a voz rouca e os olhos ainda fechados.

– 8:36.

Movimentou o corpo virando de barriga pra cima e finalmente abrindo os olhos.

– Bom dia. — ofereci um sorriso e ele retribuiu.

– Bom dia preta. — beijou minha testa. – Que isso?

– Ah, é só um cafezinho na cama. — ele foi se levantando aos poucos. – Mas não acostuma não, foi só pra você não se atrasar.

– Achei que era um pedido de desculpas por ontem. — riu pelo nariz.

– Ontem foi incrível né, me diverti muito. — dei risada.

– É né. — pegou a bandeja ajeitando no seu colo. – Uma vez um amigo meu me disse... — bebeu um pouco do café. – Que tudo que vai, volta.

– Dependendo de como for voltar, vale até a pena. — pisquei um olho e ele riu.

Tomamos café juntos jogando conversa fora e ainda comentando sobre ontem, ele está bem recentido, me fez várias jurias prometendo se vingar.

E se ele falou todas essas coisas na intenção de me assustar, falhou miseravelmente. A única coisa que eu senti foi vontade de fazer mais vezes pra ele me punir da maneira que achar melhor.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora