49. Amigos.

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Richard Ríos

Lara tá puta comigo por causa de ontem, mal me deu bom dia. E o pior de tudo, tá andando pela casa com uma calcinha box vermelha e um cropped sem sutiã, mas não deixa nem eu encostar nela.

Estou igual aqueles cachorrinhos olhando frango assado, babando e resmungando pelos cantos.

– Esse castigo vai acabar quando eu voltar do treino? — perguntei tentando me aproximar.

– Eu quero ir pra casa, combinei de encontrar com a Maddy lá. — ela empurrou meu peitoral quando percebeu que eu estava perto demais.

– Já vai embora? — fiz beiço.

– Vou. — cagou pro meu drama.

Dei uma gargalhada.

– Então vai lá vestir uma roupa que eu vou te levar. — ela acentiu com a cabeça e virou de costas pra entrar pro quarto, aproveitei pra dar um tapa em sua bunda.

Lara se vestiu rápido, na verdade se vestir é uma palavra muito forte, ela só colocou um moletom por cima da roupa.

– Cadê meu beijo? — perguntei quando vi Lara abrindo a porta do carro pra sair.

Ela me ofereceu um sorriso sem os dentes e se aproximou do meu rosto, cheguei até fazer o biquinho pra receber o beijo, mas ela recuou.

– Pede pras garotas boazinhas. — me deu dois tapinhas na cara.

Eu tô fudido, puta que pariu.

{....}

– Aeeee, ele chegou. — Veiga gritou assim que me viu entrando na cantina do CT.

Os outros jogadores e até alguns funcionários começaram a bater palmas enquanto eu olhava sem entender.

– Que isso? É meu aniversário e eu não tô sabendo? — perguntei enquanto sentava na mesma mesa que Veiga e Piquerez.

– Palmas por você tá namorando. — Endrick gritou do outro lado. – Vamos de novo galera, aeeeeeee.

Bateram palmas de novo. Só tem retardado nesse time.

– Obrigado gente, obrigado. — me levantei agradecendo e entrando na brincadeira.

– Vai querer ser transferido ainda? — Veiga perguntou com tom de deboche.

– Não Raphael Veiga.

– Aeeee, palmas de novo. — dessa vez quem puxou a palhaçada foi o Gabriel Menino.

– Vamos parar de constrangir o colombiano por favor? — Gomez falou botando moral nesses imbecis.

E não é que todo mundo calou a boca mesmo, agora cada um conversava com seu grupinho na mesa. Endrick e Gabriel Menino saíram da deles pra sentar comigo, um de cada lado.

– E o chá de ontem? Tomou? — dei risada da pergunta de Endrick.

– E você sabe o que é chá pirralho? — Veiga repreendeu ele com os olhos.

– Como é amigo? — gargalhei. – Eu tenho 17 anos Veiga, não 13.

– Meu Deus, essas crianças de hoje em dia. —  Piquerez abriu a boca pela primeira vez.

– E o povo ainda fala que as crianças são o futuro do Brasil, imagina o Brasil dependendo do Endrick pra alguma coisa. — Gabriel Menino falou dando risada.

– Nossa Gabriel, eu vou lembrar disso quando ganhar uma copa do mundo com a seleção. — Endrick disse semi cerrando os olhos pra ele.

– Isso aí moleque, trás o hepta. Porque o hexa quem vai trazer sou eu e o Ney em 2026. — os dois riram e tocaram as mãos.

𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.Onde histórias criam vida. Descubra agora