𝙏𝙀𝙈𝙋𝙀𝙎𝙏𝘼𝘿𝙀 𝙑𝙀𝙍𝘿𝙀 • 𝙋𝘼𝙇𝙈𝙀𝙄𝙍𝘼𝙎.

13. Flashback.

Lara Maia

Saí do banheiro e o Piquerez já não estava mais no quarto, ainda bem. Vesti minha roupa e desci até a cozinha, onde está Veiga e Piquerez sentando na mesa rindo.
Quando me viram, pararam de rir e olharam pra mim.

– O que foi? Perderam alguma coisa? — perguntei me sentando do outro lado da mesa.

– Como passou a noite Lala? — Veiga perguntou segurando a risada.

– Por que a gente dormiu aqui? Por que você me deixou dormir no quarto dele? — perguntei esfregando a testa e fechando os olhos, minha cabeça está me matando.

– Ontem você não parecia preocupada com isso Lara. — Piquerez me respondeu se levantando da mesa e andando até o armário.

– Ontem eu estava bêbada, e tudo que aconteceu foi influência do álcool. — ele me entregou uma cartela de remédio e uma garrafa de água, agradeci com um sorriso falso.

– Tem certeza? Porque dizem as más línguas que a gente fala bêbado, oque tem vontade de falar são. — Veiga me respondeu dando um sorrisinho de lado. Que vontade de matar esse garoto.

– Ai sério, cala a boca. — ele levantou as mãos em rendição. – Termina de tomar esse café logo e vamos embora.

– E quem disse que a gente vai embora agora? — franzi as sombrancelhas. – Não faz sentido, temos treino agora há tarde e você vai trabalhar, daqui é bem mais perto pra nós três.

– Ah, e eu vou trabalhar assim? — me levantei mostrando minha roupa. Eles se entreolharam e deram risada.

– Tem roupa da minha ex aqui em casa ainda, se você quiser. — dei uma risada irônica.

– Você jura que eu vou usar as roupas daquela ridícula? Nunca. — ele deu de ombros.

– Então vai trabalhar assim. Pra sua casa você não vai. — Veiga me respondeu dando uma risada irônica.

– Que merda Raphael, você é um babaca. — me levantei da mesa e saí da cozinha.

– Não foi isso que você me falou na piscina. — escutei os dois dando risada.

Me sentei na área de fora da casa e tentei ligar pra Maddy, mas ela não me atendeu.

– Essa vaca me deixou aqui sozinha com esses delinquentes. — prendi meu cabelo em um coque frouxo. – Mas eu posso ir embora de uber né!? Ou melhor, e se eu pedisse pro Richard me buscar, será que ele vem? — conversei comigo mesma roendo as unhas.

Logo abri meu telefone e estranhei não ter nenhuma mensagem do Richard, geralmente ele me manda pelo menos um bom dia. Ás vezes ele não acordou, ou será que está com raiva de mim?
Que merda eu não me lembro de nada que aconteceu ontem.

– Tentando falar com seu amado? — Piquerez apareceu atrás de mim com uma latinha de energético na mão.

– Ele não é meu amado. A gente só tá... — cocei a cabeça. – Sei lá.

– Você não se lembra de nada do que aconteceu ontem? — neguei com a cabeça e ele se sentou ao meu lado. – Nada mesmo?

– Nada Piquerez, nada. Bem que eu queria. — ele deu um sorrisinho de lado.

– Se você quiser, eu posso te contar. — cruzei os braços e fiquei pensativa, não sei se quero saber. – Você só queria transar comigo, nada demais.

– Nada demais? — ele deu risada. – O que eu fiz? Porque eu me conheço bem o suficiente pra saber que sou insistente quando quero algo.

– Me pediu pra dar banho em você, rebolou em cima de mim pelada, disse que queria pegar o Yuri Alberto... — a cada coisa que ele falava, minha boca se abria mais. – Assumiu que tá pegando o Veiga, me chamou de frouxo, deixa eu ver o que mais...