Capítulo 29

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POV Stiles
Em quatro mil quinhentos e setenta e três anos eu nunca tive curiosidade para descobrir de onde eu vim, as únicas informações que eu tinha era que
tinha nascido no lago que ficava no subterrâneo do castelo agora quem eram meus pais ou quem me criou sempre foi um mistério.
Hoje eu finalmente comecei a questionar quais eram minha origens, eu estava grávido e curioso para saber de onde eu vim ou para saber quem eram meus pais e o porque eu fiquei sozinho tanto tempo.
Respiro fundo e vou para a biblioteca no terceiro andar e abro uma das estantes que continham alguns grimório antigos, retiro um pergaminho com desenhos dourados e antigos.
- Está na hora de descobrir a verdade - pego o grimório e desço para o andar do antiquário e pego várias velas brancas e outro objetos, coloco todos dentro da bolsa.
Saio do antiquário entro no Jeep e dirijo em direção ao castelo, a primeira vista era uma ilusão da montanha mas se você cumprisse os requerimentos você poderia ver sobre a ilusão e entrar. Caminho até a entrada do castelo e antes mesmo de tocar na porta elas se abrem, sorrio e caminho para o subterrâneo em direção ao logo.
O sol brilhava sobre o lago, essa paisagem era um feitiço, uma mera ilusão que imitava a boca de um vulcão reviro meus olhos ao lembrar que eu era jovem e ingênuo quando lancei o feitiço. Estralo meus dedos e a paisagem sobre minha cabeça muda para a aparência verdadeira, o teto era cheio de cristais naturais que emitiam um leve brilho branco.
- Maldita viajem que fiz a Mako - resmungo tirando as coisas da bolsa.
Coloco as velas ao redor do lago e começo a traçar as runas cantando um cântico bem baixinho, termino toda essa parte é faço uma pedra de gelo aparecer na superfície do lago bem no meio. Flutuo até o meio e me sento em perna de índio e fecho meus olhos.
- Mihi revela praeterita et praesentia non absconde, mihi abscondita et quae sentis indica. Quod creatum natumque est, nunc origo reperta et nihil incertus patefecit - entoo o feitiço de forma clara e constante e sinto lentamente o espaço se distorcer e meu corpo ficar mais leve.
Abro meus olhos e eu já não estava mais na caverna mas sim numa enorme sala repleta de pilares onde tinha doze tronos feitos de puro ou mas somente duas pessoas na sala.
- O que você tem? - pergunta um homem para o outro homem.
O homem era alto e musculosos porém nada exagerado tinha cabelos loiros curto e olhos que eram castanhos mas se você olhasse com atenção parecia ouro reluzindo a luz do sol sua pele era bronzeada como se fosse beijada pelo sol.
- Eu estou bem, só algumas coisas que mudaram - fala o outro homem.
O outro homem não era tão alto quanto o loiro mas tinha longos cabelos castanhos e incríveis olhos azuis e pele pálida como a neve e lábios vermelhos como cereja.
- Me fale o que mudou e eu irei concertar - fala o homem loiro.
- Eu estou bem só esperando um filho seu - fala o moreno sorrindo ainda sem olhar o homem - eu sei sobre a profecia e as ameaças de seu pai, mas não foi proposital só aconteceu - ele fala suspirando.
- Eu vou ser pai - fala o loiro sussurrando ainda estático - nós vamos ser pais, Inari vamos ter um filho.
- Sim Apólo vamos ter um filho - fala Inari se virando e o encarando com um sorriso doce.
- Se tivermos um filho nós nunca poderemos ficar com ele e nem ninguém poderá saber da existência dele - fala Apólo suspirando.
- Eu sei, mas me satisfaço ao saber que um fruto do nosso amor está vivo - Inari fala colocando suas mãos sobre o peito de Apólo de forma carinhosa.
- Seria mais fácil se fôssemos mortais - fala Apólo abraçando a cintura de Inari.
- Seria mas não seríamos nós, pode parecer meio louco um Deus japonês se apaixonar por um Deus grego mas isso aconteceu e ninguém e nem nada pode nos separar - fala Inari de forma segura.
Apólo sorri e da um selinho em Inari.
- Você é tão sinistro que até meu pai ficou com medo de você - ele fala brincando.
- Que nada - fala Inari de forma calma e fofa - eu sou um doce.
A cena ao meu redor muda novamente e não estou mais num salão cheio de cadeiras mas no lago onde eu estava sentado. Inari e Apólo estava parados na margem do lago e a o moreno segurava um pequeno bebê em seus braços.
- Tem certeza que ele vai ficar bem aqui? - pergunta Inari incerta.
- Ele pode ser pequeno agora mas ele é um Deus e não existe nada no mundo humano que possa o fazer temer - fala Apólo abraçando Inari pela cintura.
- Está certo ele é Deus e em pouco tempo ele irá crescer e se tornar divino e poderoso - fala Inari sorrindo triste.
Os dois caminham sobre a água e param no centro do lago e um enorme lótus feito de gelo brota do fundo do lago e Inari coloca o bebê deitado no meio da flor, os dois observavam a criança sorrir para eles, Apólo se ajoelha e beija a testa do bebê.
- Você deve crescer para um dia nós encontrar - fala o loiro acariciando os cabelos castanhos do bebê.
- Temos que ir - fala Inari com lágrimas nos olhos.
- Vamos - fala Apólo secando uma única lágrima que insistiu em cair.
Os dois viram borrões brancos e somem deixando o bebê no meio do lago, a imagem na minha frente gira e aos poucos tudo se torna escuridão.
Abro meus olhos e lágrimas caiem, coloco minha mão na testa e sorrio para o nada.
- Então eu tenho pais - fala para mim mesmo em um sussurro.
Caio desmaiado em cima da pedra de gelo deixando a escuridão me levar para lugares inimagináveis.

The meeting of the wolf and the foxOnde histórias criam vida. Descubra agora