21 │ 𝔭𝔯𝔞𝔷𝔢𝔯 𝔡𝔦𝔞𝔟𝔬́𝔩𝔦𝔠𝔬

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"Have to touch myself to pretend you're there

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"Have to touch myself to pretend you're there. Your hands are on my hips, your name is on my lips, over, over again like my only prayer."

BURNING DESIRE

Dahlia soltou um longo suspiro ruidoso enquanto se enrolava numa toalha ao terminar a ducha breve e extremamente gelada que tomara com o único intuito de evitar pensar.

Estava nua de frente ao espelho do banheiro, encarando seu reflexo com demasiada frustração.

Fazia dias que ele não aparecia mais em seus sonhos. Fisicamente, muito menos. Mas era embaraçoso o fato de que o maldito não estava presente e mesmo assim conseguia excitá-la – seja com flashes de um maldito dia em que ele, no fim, a negara prazer, ou ao recordar da sensação inebriante da língua quente chupando seus dedos molhados, com tanto gosto, como se jamais tivesse provado iguaria melhor.

Os poucos contatos físicos que tiveram eclipsavam a miríade de vislumbres dos sonhos onde ele era o protagonista por uma única razão: a intensidade. Nos sonhos, Dahlia sentia-se como uma presa, subjugada e submissa, completamente à mercê e de bom grado nas mãos exigentes que a possuíam.

No mundo real, no entanto... ela sentia o mesmo desejo ardente e quase incontrolável de agarrá-lo de volta.

Ela esperava que a água glacial fustigasse de alguma forma as sensações ardentes que as meras lembranças exerciam sobre ela, mas até a forma como massageava sua própria pele com a loção pós banho a fazia sentir como se as mãos dele estivessem sobre seu corpo.

Sentiu os dedos tremerem, hesitando em continuar massageando-se e se esforçando para se livrar das lembranças, mas elas se agarravam em seu cérebro de um jeito insuportável.

Suas próprias mãos em sua pele eram um estímulo suficiente para trazer o pensamento proibido de Kayta às suas costas, a encarando pelo reflexo do espelho. As mãos dele no lugar das suas, acariciando e pressionando cada ponto que a fazia estremecer, alternando entre carícias suaves e uma pegada agressiva nos momentos certos.

Aqueles malditos olhos de um azul fascinante a observando, daquele mesmo jeito em que a observava enquanto a fazia gemer. A forma como ele a fitava tirava seu fôlego. Dahlia mordeu os lábios, apertando as coxas uma contra a outra – o que não foi suficiente para aplacar o desejo que a tomava por inteira.

Pensar na forma como ele a tocava, a olhava... imaginar seus olhos a encarando daquele jeito cretino, o azul cintilando em pecado, as mãos envolvendo seu pescoço, massageando seus seios...

Ela não conseguiu se conter. Desceu uma das mãos, serpenteando-a gentilmente entre suas coxas até alcançar onde pulsava de tanta vontade.

Talvez, ela só precisasse disso. De um pouco de alívio, uma válvula de escape para liberar a tensão e o desejo irracional por ele... Seria rápido, uma solução lógica, que ela se dispôs a fazer desesperadamente.

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora