Deixar Seattle foi difícil mas necessário, depois de pesquisar muito, escolhi a cidade que faria minha nova casa, meu pai me ajudou a escolher meu apartamento, e priorizei um que ficasse próximo de onde faria minha reciclagem, retomar um sonho de abrir minha própria agencia foi uma das coisas que me ajudaram a dá um basta naquele sofrimento todo, claro que ter que deixar meu pai doeu muito ,pois sempre fomos muito amigos, ele me entende como ninguém, sinto falta da minha mãe apesar que nosso convívio no momento estava bem estremecido,so desejava que ela tentasse ao menos compreender o meu lado, mas tento não pensar nisso, voltar a mexer na ferida não é algo que desejo, de lá só mantenho contato até agora com meu pai e Diana que me liga ou manda mensagens para ver como estou. Já faz um pouco mais de 1 mês que me mudei e tem tudo uma boa experiência, apesar de ainda não ter conhecido nada por aqui.
Na semana que cheguei, tive que ficar num hotel já que não tinha móvel algum, fui as compras e somente quatro dias após consegui me mudar, no prédio pedi indicação de alguém para que fizesse limpeza e me indicaram a Sue, que nos demos bem logo de cara, combinei com ela e ela iria a princípio uma vez na semana, passando para duas assim que a casa estivesse toda montada.
Eu já tinha conseguido comprar a maior parte estava só aguardando chegar, de lá só trouxe algumas peças de roupa, meus documentos, pedi que todo o resto fosse doado, não queria nada que me lembra-se lá, se era para começar uma nova história, começaria do zero.
Acordo cedo e me arrumo para ir na faculdade me matricular. Depois do banho e café, antes de sair mando uma mensagem para meu pai dizendo que estou com saudades e peço para me visitar quando puder.
Pego endereço e vou em direção ao meu carro. Gosto da localização da faculdade tem um fácil acesso e é perto da minha casa, 10 minutos de carro.
Enquanto estou esperando minha vez observo a menina que está sentada de frente para mim e parece estar aguardando ser chamada. Ela é muito bonita, tem uma pele da cor de chocolate quente, seus olhos são cor de jabuticaba muito bonitos e expressivos, cabelo liso na altura do ombro escuro em cima e claro em baixo. Ela me olha e vê que está sendo observada e me dá um sorriso simpático.
— Oi, eu sou Jenny! Você é nova por aqui?
— Prazer me chamo Samantha, sou nova sim, vim para o curso de reciclagem.
— Ah que legal. Você é daqui mesmo? — de cara Já gosto do seu jeito, ela é bem comunicativa, bem parecida com a Diana,Sorrio com o pensamento.
— Estou sim, apesar de ter somente um pouco mais de um mês. — Ela assentiu como se tivesse concordando com algum pensamento.
— Você era de onde ?
— Morava em Seattle.
— E porque saiu do quintal da casa branca para San Diego? — Na mesma hora fico rígida com sua pergunta. Jenny parecia alguém confiável, mas não estava preparada para compartilhar algo tão particular e doloroso, nem sei se um dia vou está.
— Me desculpe pela pergunta, não quis ser intrujona. — Ela fala um pouco envergonhada.
— Sem problemas, precisava de mudança de ares. Disse sem dar maiores detalhes
— Me passa seu contato, vou te mostrar os melhores lugares dessa cidade. — Ela diz e sorri com entusiasmos, me sinto como no primeiro dia no colégio fazendo novas amizades. Sorrio e agradeço a Deus em pensamentos pois uma nova etapa irá se iniciar
Passo meu contato para ela e meu nome é chamado logo em seguida. Faço minha inscrição e sou informada que minhas aulas começarão na próxima semana, estou bastante empolgada. Pego todas as informações necessárias e saio da sala sem falar com Jenny que está sendo atendida numa outra mesa mais distante.
Passeio pela rua, olhando um pouco a paisagem. Me distraio com o vento e o canto dos pássaros. Foi a melhor decisão vir para cá, aqui nada se parece com minha antiga cidade e isso já me deixa feliz. Quando estou pensando em voltar para o carro meu telefone começa a tocar e vejo que é meu pai.
— Oi papai. — Falo me sentindo uma menininha de 5 anos, ouvir sua voz faz a saudade aumentar.
— Como vai cerejinha?
— Estou bem, acabei de fazer minha matrícula para o curso e as aulas já começam semana que vem.
— Que bom minha filha. Liguei para avisar que estou indo te visitar . Devo chegar sexta a noite. — Meu coração pula de alegria.
— Ah pai, que ótimo, estou com saudades do senhor.
— Eu também minha filha.
Falamos mais algumas coisas e assim que terminamos de falar e começo a guardar o telefone ele toca novamente, agora com um número desconhecido. A principio penso em não atender, mas me lembro que esse número é novo e depois do que aconteceu precisei mudar, pois eles não paravam de me ligar. Para dar um fim nisso zuni o telefone com o chip dentro de um rio, não quero mais um alfinete que me faça recordar. Atendo e uma voz doce porém firme fala:
— Alô? Samantha?
— Sim, sou eu.
— Sou eu, Jenny. Liguei para que gravasse meu número e para saber se gostaria de sair amanhã?
— Amanhã? Hum, não sei. Aonde iremos?
— Quero te mostrar uns lugares legais, pontos turísticos, restaurantes. O que acha?
— Parece uma ótima idéia. Quero mesmo conhecer essa cidade.
— Tá bom, te passo por mensagens tudo mais tarde. Beijos.
— Beijos Jenny. — Desligo e dou um sorriso para o telefone, já estou gostando dela. Esse jeitinho doidinho e simpático me faz achar que já tenho uma nova companhia.
Fico feliz em pensar que vou finalmente recomeçar e longe daqueles que me destruíram e a pior parte nisso é que nunca saberei como seria seu rostinho.
Volto para meu carro e ligo o som não vou deixar a tristeza me pegar, não agora, não hoje, dou partida e coloco Beyoncé, escolho a canção que será para mim como hino agora. Vou viver minha vida e canto isso a plenos pulmões. So since I'm not your everything How about I'll be your nothing? Nothing at all to you.*
Meninas olha quem está por aqui de novo antes de quarta😱😁
Não garanto,mas tentarei postar as quartas e sextas, espero que gostem e indiquem bastante 🙃🙃😏🤞
Então não esqueçam de votarem e comentarem, estamos torcendo para que vocês estejam gostando. ❤
Beijos em todas
E ótimo final de semana 😘*TRADUÇÃO:
Então, já que eu não sou o seu tudo que tal eu ser o seu nada? Nadinha de nada pra você.
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O Recomeço
Romance"Quando recomeçar é a sua única saída, esquecer as dores e as magoas do passado e começar do zero torna-se uma missão quase impossível. Ela ainda se culpa por ter sido tão burra, a raiva ainda está na superfície, mas um lugar novo e pessoas novas sã...