O6.

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Verifique o guarda-roupa.

Yeseul sentiu seu coração cair de pavor.

Hyunjin estava sentado na escada do sótão. Ele se sentiu angustiado com a última mensagem que sua web amiga lhe enviou. Não importa quantas mensagens ele enviasse, não havia respostas. A hesitação o pegou, mas afastando-a, ele ligou para o número pela primeira vez.

A porta do guarda-roupa se abriu, e antes que o rosto ferido de Jihoon aparecesse diante dela, Yeseul empurrou seu corpo contra a porta, fazendo Jihoon cair sobre Sungho. Yeseul tropeçou, seu tornozelo preso em uma dor lancinante. A tensão a fez gritar, mas os olhos de Jihoon a perseguiram com tanta diversão, que ela não teve outra opção senão correr. Correndo pelo palco, Yeseul correu para a porta, seu coração à beira de explodir.

— Essa luta é tão diferente de você, Yeseul.

Yeseul girou a maçaneta, mas a fraca esperança se desfez quando ela percebeu que a porta estava trancada, prendendo-a na sala com os dois caras que estavam com malícia em seus olhares.

— Ah, o que é isso? — Jihoon ergueu as sobrancelhas em um ato de preocupação.

— Parece que estamos presos.

Sungho riu, Jihoon olhou para ele.

— Sim, Sungho. Por que você faria isso, hein? Você não vê que nossa Yeseul nos evita?

Yeseul estava furiosa. Ela engoliu o medo. Ela nunca deixaria os outros verem o quão fraca ela realmente era por dentro. Suas mãos continuavam lutando com a maçaneta. Ela chutou a porta com força, sem parar.

— Alguém, por favor, abra esta porta! Alguém pode me ouvir? Por favor!

Jihoon não conseguiu conter o sorriso. Ele caminhou à frente, sua mão alcançando a de Yeseul, mas antes que ele pudesse tocá-la, ela se afastou. Recuando contra a parede.

— Não se atreva a me tocar.

O que Jihoon desprezava era quando suas vítimas retaliavam. Ele sempre teve o desejo de controlar a maneira como os outros agiam. Retaliação significava raiva. E ele odiava isso. Ele gostou dos suspiros de medo, das desculpas ofegantes, dos pedidos e das lágrimas. Ele queria isso de Yeseul, mas quando os olhos dela ardiam nos dele com aquela ousadia persistente, ele perdia a sensação de calma.

— Ei! — Ele empurrou a garota contra a parede. — Com quem você pensa que está brincando? Ainda não aprendeu a lição, hein? — Ele desviou o olhar, uma risada escapando de sua boca. — Isso está realmente me irritando, Yeseul-ah. — Sua mão desceu para agarrar seu pulso. Ele empurrou os dedos em sua pele, a dor fazendo-a estremecer.

— Pare.

Ele se aproximou dela, seus olhos procurando os dela. Ele empurrou para trás o gorro em sua cabeça.

— Oh Yeseul. Quem te machucou. Isso é terrível. — Seu dedo se moveu para tocar a ferida em sua boca. Ele empurrou o dedo contra a pele ferida intencionalmente. Yeseul afastou seu rosto dele. — Sinto muito. Isso te machucou?

— Jihoon. — Yeseul respirou fundo. — Você sabe o que eu penso de você? Que você não tem respeito. Na verdade, você é um covarde que obtém sua felicidade fazendo os outros sofrerem. E tenho certeza que você teve sua própria infância ruim. — Ela sorriu afetadamente, seus olhos viajando para o rosto dele de uma forma zombeteira. — O que vem depois? Quer me dar um soco de novo?

Sungho riu por trás. Jihoon empurrou Yeseul para longe, correndo em direção ao amigo.

— Do que você está rindo, seu bastardo?

Yeseul voltou para a porta, pedindo ajuda. Mas antes que ela visse, Jihoon agarrou seu colarinho, jogando-a com força no chão. Yeseul escapou por pouco do punho que Jihoon jogou nela. Ela grunhiu sob o aperto dele, chutando seu abdômen com o salto do sapato. Ele se encolheu de dor, mas não desistiu. Antes que Yeseul pudesse se levantar, ele a puxou para baixo pelos cabelos, a borracha quebrando, cegando seu rosto. Com o queixo raspado pela queda, Jihoon riu, tropeçando. Yeseul se afastou do chão, mas Jihoon chutou seu estômago. Yeseul não conseguia respirar.

— Eu seriamente não me importaria de ter minhas mãos vermelhas com seu sangue.

Antes que ele pudesse fazer mais do que queria, a porta se abriu. Hyunjin ficou lá, com o rosto ilegível. Seus olhos permaneceram em Jihoon, antes de se mover para Yeseul.

— Hyunjin. — Jihoon sorriu, seus olhos falhando em suas emoções.

— Deixe a garota.

A dor que Yeseul sentiu quase a paralisou. Lágrimas quentes turvaram seus olhos. Ela se levantou, correndo para fora da porta, seu corpo roçando o de Hyunjin. Ele a observou sair, com o coração pesado.

— Está tudo bem. Estou feliz que você veio nos interromper. Quem sabe o que poderia ter acontecido com ela. — Jihoon riu. — A propósito, onde está Jeongin? Não o vi por aí. O que posso dizer? Sinto muita falta dele, sabe.

Hyunjin não disse nada. A raiva girava dentro dele com tamanha teimosia, mas ele tinha que contê-la. Em vez disso, ele saiu correndo, procurando a garota que saiu sem nenhuma palavra.

 Em vez disso, ele saiu correndo, procurando a garota que saiu sem nenhuma palavra

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𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora