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— Você está invadindo. Isso não é legal. — Yohan exclamou, seguindo Hyunjin.

— Eu estou- — Ele lutou com sua carteira de identidade, — Não vou invadir. Fui aceito aqui. — Ele moveu as mãos. — Por enquanto, pelo menos.

Yohan suspirou, jogando a cabeça para trás.

— Por que você está tão cheio de mistérios? É como se você fosse um espião disfarçado com muitos lugares para estar.

Hyunjin riu, seus pés não parando para entreter seu primo reclamante.

— Surpresa. Fui aceito para uma entrevista na Cornell. Não é legal?

Yohan chutou uma pedra perdida.

— É injusto. Você tem a mesma idade que nós, por que não está na aula? Como o resto de nós.

Hyunjin sorriu para Yohan.

— Isso me lisonjeia. Continue.

Eles se aproximaram do prédio administrativo. Hyunjin virou-se para Yohan.

— Vou descobrir se estarei na aula ou não. Por enquanto, você- — Ele endireitou o boné de golfe de Yohan — concentre-se nos estudos. Não ajude as pessoas a trapacear.

— Tenho uma mente empresarial. Chama-se criatividade.

— E pareço bem? — Hyunjin suspirou, passando a mão pelos cabelos.

Hyunjin estava com o terno preto de Yohan. Servia nele como se fosse feito sob medida para ele. A cascata de seus cabelos caía ao sabor do vento. Suas bochechas estavam levemente rosadas por causa da caminhada até aqui. Yohan deu dois polegares para cima.

Hyunjin deu um soco nele de brincadeira.

— Eu vou indo então.

— Sim! Boa sorte! — Yohan se virou, correndo na direção oposta. Ele tinha que estar na aula em quinze minutos.

Yeseul estava digitando as anotações em seu laptop com determinação fixa. Quando Yohan deslizou ao lado dela, empurrando um café em sua direção, ela finalmente desviou o olhar da tela.

— Quanto eu perdi? — Yohan sussurrou, pegando seu iPad.

— O suficiente para interpretar mal os sentimentos de alguém com tendências psicopáticas.

O rosto de Yohan caiu.

— Posso pegar suas anotações emprestadas? Eu estava com meu primo. Ele tem uma entrevista aqui.

— Claro. — Yeseul tomou um gole de café. — Obrigada pelo café.

Yohan sorriu.

— Estamos quites agora.

— Você vai ir para o escritório? — Yeseul ocupou as mãos novamente digitando.

— Sim. Vamos juntos.

Yeseul queria recusar, mas algo na felicidade inocente no rosto desse cara a fez distorcer suas palavras. Durante o resto da aula ela ignorou seus sussurros até que ele se sentou com uma pequena carranca, antes de adormecer em seu dispositivo.

Os dois chegaram ao escritório do professor. A senhora do corredor disse-lhes que esperassem alguns minutos antes de entrar. Yeseul ficou encostado na parede, em frente à porta. Yohan estava andando de um lado para o outro.

A porta foi aberta. Yeseul se endireitou quando o senhor James saiu. Ele empurrou a porta completamente, e o que Yeseul viu saiu direto de um sonho.

Hyunjin estava a um metro e meio de distância dele. Seus olhos ainda não haviam encontrado os dela. Ele sorriu, apertando a mão do senhor James. A conversa que eles estavam tendo se transformou em estática. Tudo o que Yeseul ouviu foi seu próprio coração.

— Vocês dois podem entrar agora. — O senhor James desapareceu na sala, deixando Yohan e ela com ele. Yohan deu um tapinha em seu braço com clara familiaridade. Ele também entrou, deixando para trás os dois.

Os olhos de Hyunjin finalmente encontraram os dela.

E aquele sorriso em seu rosto foi abandonado. Yeseul ficou congelada no local. As paredes ao redor se transformaram em nada.

— Yeseul. — Ele deu um passo à frente. — Yeseul.

 — Yeseul

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𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora