𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjin

13.

O período de almoço trouxe toda a escola para o refeitório. Yeseul mal conseguia respirar naquela fenda apertada, então assim que o prato dela foi preparado com um sanduíche e suco de maçã, ela saiu correndo do corredor, em direção ao jardim onde Hyunjin e Jeongin haviam guardado um assento para ela.

O céu estava ricamente azul. As nuvens mal caíam, deixando o campus bem iluminado pelo calor de agosto. Yeseul caminhou distraidamente pelo cascalho, seus olhos admirando os canteiros de flores florescendo em seus tons mais profundos de crescimento. Ao se aproximar das trepadeiras que cresciam contra as paredes, seus olhos encontraram Jeongin e Hyunjin, que estavam ocupados rindo no lugar sombreado, sentados na saliência de cimento. Yeseul encontrou um sorriso crescendo em seus lábios. Ela acelerou o passo.

— Boa tarde. — A saudação interrompeu a conversa. Ambos ergueram os olhos, felizes com a presença da amiga.

— Yeseul! Quase pensamos que você iria nos deixar. — Jeongin brincou, tomando um gole de seu shake.

— Pena que quase não havia lugares vazios. Caso contrário, eu poderia ter pensado em fazer isso. — Yeseul suspirou, sentando-se ao lado de Hyunjin.

— Estávamos falando sobre você." Hyunjin avançou tentando provocar a garota.. — Yeseul zombou.

— O que foi isso?

— Hyung, você acha que devemos contar a ela sobre isso?

Yeseul sentiu suas orelhas esquentarem quando Hyunjin se mexeu em seu assento para olhar para ela, parando para pensar.

— Você não acha que ela vai ficar brava, como sempre?

— Hwang Hyunjin. — Yeseul balançou a cabeça, o cabelo caindo sobre as bochechas que estavam espalhadas com um rubor. — Você prova que não é um bom amigo. Falando sobre os outros pelas costas. Isso é um ato de perdedor. — Ela perfurou sua caixa de suco com o canudo, tomando um gole profundo, o frio azedo satisfazendo seu paladar.

— Mas Yeseul. — Ele empurrou a mecha de cabelo que ofuscava o rosto de Yeseul, atrás da orelha. A garota não sabia explicar por que seu coração acelerava sob o toque de seus dedos. Ela recuou ligeiramente.

— O que?

— Você me incomodou pegando meus óculos. — Hyunjin riu da confusão em seu rosto.

— Eu nunca peguei seus óculos. — Seus olhos moveram-se lentamente para baixo de

O rosto de Hyunjin, em direção aos óculos pendurados em sua camisa.

— Você tem certeza sobre isso? — Hyunjin puxou os óculos, segurando-os na frente dela.

— Yeseul, pense melhor. Hyunjin quase foi espancado pelas garotas que ele encostava, parecia uma tora bêbada.

— Jeongin, tora bêbada é uma metáfora ruim. — Hyunjin olhou para o menino. Ele, em troca, tomou um gole agressivo do leite de banana quase vazio.

— Espere. Foi você quem pegou meus óculos! — Yeseul empurrou a palma da mão em sua boca. — Hyunjin, você sabe quantos problemas eu enfrentei por causa dos seus óculos embaçados?

Hyunjin piscou.

— O que?

Jeongin bufou.

— O que foi aquele bilhete que você me deixou? — Yeseul estreitou os olhos para o menino.

— Por que está me acusando? — Hyunjin murmurou baixinho.

— Você me deixou um bilhete, chamando meus óculos de feios, embora tenhamos a mesma armação.

— Não, eu não fiz? — Yeseul estava confusa, assim como o garoto acusado. Um momento de silêncio passou sobre eles. Hyunjin olhou lentamente para Jeongin, que de repente ficou muito quieto.

— Jeongin. Você tem algo a dizer?

Jeongin balançou a cabeça.

— Não.

— Jeongin. Por que você escreveu esse bilhete?

Yeseul tirou o papel amassado do bolso, abrindo-o. Ela entregou a Hyunjin. Seus olhos examinaram o papel.

— Você reconhece a caligrafia?

Hyunjin colocou o braço em volta do pescoço de Jeongin.

— Você se atreve a mentir para mim?

Yeseul balançou a cabeça, ocupando-se em comer o intocado sanduíche. Ela recostou-se na parede fria, os olhos observando o chão.

— Hyung, seus óculos redondos, de aros grossos e transparentes são feios. — Jeongin bateu no garoto, imitando sua descrição.

Hyunjin não ficou impressionado. Ele o segurou ainda mais forte.

—Você me fez parecer um idiota. Morra, seu camponês desleal.

— Ei. — Yeseul deu uma cotovelada em Hyunjin. Ele recuou para longe de Jeongin, de rosto vermelho, que caiu, ofegante. — Fácil, garoto durão. Você vai matá-lo de verdade.

— Isso é o que eu pretendo fazer.

Yeseul parecia descontente. Ela cutucou o braço ferido de Hyunjin.

— Pare de perturbar o Jeongin.

— Ai! ‘Tá chapando, Yeseul? — Hyunjin segurou seu braço perto. A garota tentou se levantar da cadeira, mas o garoto foi rápido em colocar seu braço na frente dela. Yeseul piscou, seu coração batendo freneticamente em seu peito, mas o menino não sabia disso. Seu rosto estava muito perto. — Não muito rápido.

— O que você está fazendo?

— Peça desculpas a mim. Caso contrário, não vou deixar você. — Ele olhou para ela presunçosamente. Yeseul podia sentir a proximidade esquentando suas orelhas.

— Você machucou Jeongin. Não estou me desculpando. Você pede desculpas a ele. — Hyunjin olhou para o cara radiante.

— Desculpe, Jeongin. Eu deveria ter te tratado melhor."

— Tudo bem, Hyung. Mas posso comer sua comida?

Hyunjin o ignorou.

— Ok. Agora você pede desculpas por intencionalmente cutucar minha ferida.

Yeseul não tinha outras maneiras de sair do lugar. Cedendo, ela suspirou, olhando nos olhos de Hyunjin.

— Desculpe.

— Por que você está corando tanto? — Ele brincou, sua voz quase um sussurro.

— Eu não estou

— Você está sim. — Hyunjin sorriu, a brisa soprando entre as trepadeiras. Yeseul sentiu o olhar dela derretê-la. Ela cedeu, inclinando-se mais perto, seus narizes quase roçando um no outro. Hyunjin sentiu um salto no peito. Ele engoliu em seco, tentando não recuar. Yeseul parou, os olhos não quebrando o contato.

— Dois amigos atrás dos arbustos. Eles podem se beijar. — Jeongin cantou, rindo.

Yeseul sorriu para o menino quando ele se afastou.

— Você é estranho.

— Claro, Sherlock. — Ela se afastou, com a mão apoiada no peito, o sorriso que ela não sabia que estava abrindo.

— Hyung. Você está corando?