𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjin

58.

— Cuidado onde pisa. — Hyunjin segurou Yeseul com firmeza, os braços circulando sua cintura. Ele tinha um sorriso que cansava suas bochechas. Ele não conseguiu se conter. Yeseul encontrou seu olhar através do cabelo despenteado, seu sorriso embriagado contagiante.

— Você está me levando para o seu quarto sem permissão? — Ela o provocou. O sangue correu para as bochechas de Hyunjin. Ele se atrapalhou com as chaves e ela o cutucou nas costelas, fazendo-o responder. — Você precisa ficar sóbrio.

Hyunjin abriu a porta, uma lâmpada laranja iluminando seu caminho. Ele se espalhava com um brilho suave e luminoso, lançando um brilho quente e tranquilo por toda a sala. Ele tirou os sapatos, deixando Yeseul encostada na parede, olhos fechados e lábios murmurando frases inteligíveis. Ele riu, sentando-se de joelhos para ajudar a garota bêbada a se levantar. Ela estremeceu, segurando o cabelo dele em busca de apoio. — Não puxe. Não quero ficar careca até o final disso.

— Você será um homem careca fofo. — Yeseul sentou-se, segurando o rosto. — Não consigo sentir minhas pernas. — Um olhar tímido tomou conta de seus olhos.

Hyunjin suspirou, seu coração disparou ao contemplar a visão encantadora diante dele. Gentilmente, ele deslizou os braços sob ela, levantando-a em seu abraço. Seus olhos se encontraram por um momento a mais e Hyunjin piscou para afastar a tensão. Limpando a garganta, ele decidiu quebrar o silêncio:

— Vou colocar você no chão agora. — Com Yeseul nos braços, ele caminhou em direção ao sofá.

Yeseul, com evidente relutância, soltou o pescoço dele, afundando no assento com as pernas cruzadas embaixo do corpo. Enquanto ela se acomodava, Hyunjin coçou a nuca, seu olhar se lançando em outro lugar, tentando desesperadamente parecer indiferente, embora fosse um esforço inútil.

— Vou me refrescar e preparar o jantar, — murmurou, e com isso apressou-se em direção ao refúgio de seu quarto. Yeseul foi pega de surpresa, uma mistura de surpresa e perplexidade tomou conta dela quando os efeitos do álcool começaram a diminuir. Suas bochechas se inflamaram quando ela percebeu: ela estava no apartamento dele.

Isso seria interessante.

Hyunjin deslizou para o conforto de uma camiseta e calça pretas largas, o tecido macio o envolvendo. Ao molhar o rosto com água gelada, ele esperava que o frio eliminasse os sinais reveladores de seu rubor. A quietude silenciosa da sala parecia sufocante, enchendo-o de uma antecipação nervosa. Ele estava perfeitamente consciente da presença de Yeseul, imaginando-a ali, uma visão para ser contemplada.

No reflexo do espelho, Hyunjin fez uma pausa, seus olhos avistando a colônia próxima. Ele borrifou uma pitada na pele. Seu reflexo tornou-se uma tela para acalmar a respiração e praticar a arte da indiferença, momentos que se prolongavam enquanto ele se preparava para o que estava além da porta.

— OK. — Com um suspiro determinado, ele saiu.

— Ele está aqui. — Yeseul estava sorrindo para seu telefone. Ela se virou para pegar Hyunjin na câmera. Ele se aproximou quando viu Jeongin e Soji estavam em uma videochamada com Yeseul. Ele levantou uma mão desajeitada para eles.

— Ei pessoal.

O casal acenou de volta com entusiasmo.

— Hyunjin, seu vagabun- — Soji foi rápida em abafar a boca alta de Jeongin. Ela se aproximou da câmera. — Divirtam-se. Falo com vocês mais tarde.

Yeseul tentou segurá-los, mas eles desligaram no meio do protesto.

— Rude. — Ela murmurou.

Hyunjin foi até a cozinha. Ele não conseguia escapar da consciência intensificada da presença dela, uma sensação semelhante à de um adolescente. Com um puxão suave, ele abriu a porta da geladeira, as mãos vasculhando a variedade de mantimentos. Por fim, ele recuperou tomates rechonchudos, ovos frescos, um recipiente com creme e dentes de alho perfumados. Ele arrumou esses ingredientes na bancada da cozinha, sentindo o olhar de Yeseul sobre ele.