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Yeseul estava inquieta. Apesar de não ter visto ou ouvido falar de Hwang Hyunjin por sete dias inteiros e seis horas, ela não conseguiu escapar das marés crescentes de seu coração. Ela ansiava por estar ao lado dele. Ela queria ficar longe dele. Se ela pudesse ser uma personagem, seus leitores talvez não tivessem gostado de sua natureza indecisa no momento.

Seu telefone quase detonou com a quantidade de mensagens que ela recebia. Cada sino significa outra pontada de borboletas explodindo dentro dela. Ela mal conseguia lidar com a vergonha. Ela estava batendo a cabeça e roendo as unhas toda vez que se lembrava das coisas terrivelmente sentimentais que Sam tinha testemunhado. Ele já devia saber a quem ela se referia quando escrevia contos e poemas para aquele e único em horas ímpias.

Hyunjin era Sam. Este era seu café da manhã e sua pílula para dormir.

Hyunjin, por outro lado... Ele não pôde deixar de achar toda a situação hilária. Foi engraçado, até que Yeseul não respondeu mesmo depois da compreensível distância de três dias. Seu pensamento excessivo tomou conta quando Yeseul desistiu de ser voluntária na floricultura por e-mail. Ela estava doente? Ela o odiava? Hyunjin fez algo terrível?

Jeongin foi o mediador. Ele teria sua sessão diária de duas horas com seu amigo. Ele ouviu tudo. Ele forneceu soluções. Eles foram recusados abruptamente. Jeongin ouviu sobre a amizade online, o acampamento de Jinho e ela, o encontro com a avó de Hyunjin e, finalmente, a confissão absurda. Jeongin sabia demais, mas não tinha certeza se era a pessoa certa para explicar a história para ela.

Yeseul também não tinha coragem de enfrentar Hyunjin no momento. Então ela só ficou com uma opção; Soji. Irmã de Hyunjin.

Sexta-feira chegou. Hyunjin estava mais ocupado que o normal. Yeseul estava sob uma missão da qual ela não poderia desistir. Ela se arrumou e foi até o hospital. Se ela pensava que era uma tola até então, seu coração caiu ainda mais e sua coroa de tolice ficou mais brilhante quando ela entrou na enfermaria.

Soji parecia familiar. Yeseul nem precisou de mais um segundo para reconhecê-la. O tempo todo Yeseul pensava que ela era amiga de Hyunjin (mais que uma amiga). Ela acabou por ser sua meia-irmã. Humilhação tinha um limite, mas o universo parecia aproveitar esse momento de desenrolar um pouco demais. Yeseul gritou um oi.

Soji era inegavelmente adorável. Ela parecia tão pura quanto uma pérola. O sorriso emanava dela como uma natureza que fluía por toda a sua existência. Jeongin sorriu abertamente, levantando-se para recebê-la.

— Eu pensei que você nunca viria.

Yeseul estava vermelha. Ela se ocupou em tirar o blazer e colocá-lo em uma cadeira que Jeongin colocou para ela. Ela se sentou, a estática da sala comendo seus ouvidos. Soji largou um livro que estava lendo. Ela olhou para Jeongin e depois para ela.

— Ouvi muito sobre você. Como você está?

— Estou indo muito bem. Como você está? Ouvi muito sobre você também. — Ela estava se amaldiçoando internamente. Eu gostaria de ter morrido.

— Oh? Isso é muito legal. Espero que tenham sido apenas coisas legais. — Soji riu. Como diabos alguém poderia rir tão lindamente? Yeseul se perguntou. Ela olhou para Jeongin que tinha olhos de coração à vista.

— Sim, claro! — Yeseul sorriu brilhantemente. Ela sentiu sua rigidez desaparecer. — Sinto muito por incomodar você hoje.

— Não. — Soji sentou-se mais ereta. — Você não imagina como é chato estar aqui.

O tempo passou, a conversa acabou. Os biscoitos de chocolate que foram distribuídos desapareceram e de repente um clima solene tomou conta. Soji suspirou.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora