27.

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Hyunjin estava embaixo do chuveiro, lavando o sabonete de seu corpo quando as luzes se apagaram de repente, uma onda de profunda desolação tomou conta. Ele desligou a água e passou por cima do tapete. Suas mãos conseguiram agarrar a toalha que Yeseul lhe dera antes.

— Yeseul? — O garoto chamou, sua voz ecoando nas paredes nuas. Ele se enxugou, esperando uma resposta.

— Sim? Espere um segundo. Estou tentando encontrar a vela. O raio está me assustando. — Yeseul parecia sem fôlego. Assim que a frase terminou, uma luz brilhante inundou o interior. Hyunjin pegou a maldição da garota, com a respiração trêmula.

— Estou saindo, não se preocupe.

— Você pode se apressar? Eu realmente não acho que vou encontrar tudo sozinha. — Yeseul sentiu o coração bater forte nas costelas. Ela estava com muito medo de permanecer firme. Suas mãos estavam ficando úmidas agora.

Hyunjin se vestiu rapidamente e caminhou em direção à porta. Mas quando ele abriu, Yeseul não estava em lugar nenhum.

— Huh.

Yeseul ouviu seu telefone tocar no meio de uma conversa na sala. Ela correu antes que outro raio pudesse se espalhar. Quando ela chegou ao quarto, seus olhos encontraram a tela piscando no sofá. Seus nervos ficaram aliviados. Ela o pegou, a tela mostrando o número de sua mãe. Ela não ligou de volta, em vez disso ligou a lanterna e se virou para correr em direção a Hyunjin.

Na pressa momentânea, ela não conseguiu ver para onde estava indo. Seu corpo de repente colidiu com o de Hyunjin. A corrida o pegou desprevenido, fazendo-o tropeçar para trás, as mãos ainda segurando o braço dela. Seu corpo desabou, abraçando Yeseul.

O silêncio caiu, as mãos de Yeseul inconscientemente no peito de Hyunjin, que estava batendo rápido demais para ser chamado de normal do ponto de vista médico. Sua cabeça estava confusa, os braços ainda em volta da garota. Ele mal conseguia sentir a realidade. Hyunjin não conseguia se mover. Yeseul se recuperou da queda, levantando o rosto para vê-lo, mas seus lábios roçaram suas bochechas. A escuridão solidificou-se rapidamente ao redor.

— Você está bem? — Yeseul falou, seu peito se transformando em uma flor derretida.

Hyunjin não estava se sentindo bem. Ele se sentiu mal. Yeseul estava muito perto, e o nervosismo o fez sentir um desejo desesperado pela presença dela.

Ele quase se sentiu como uma pessoa louca.

— Estou bem. — Ele conseguiu sussurrar de volta.

Yeseul tentou se levantar, mas o aperto de Hyunjin não permitiu. Ela precisava fugir, ou poderia acontecer algo que ela não tinha certeza se seria bom.

— Hyunjin?

— Desculpe. — Ele afrouxou o aperto, deixando a garota escapar, sentando-se perto dele, a perna ainda contra ele. Ela hesitantemente levou a mão ao rosto dele.

— Você está queimando. — Uma preocupação profunda atava sua voz. Hyunjin mal a ouviu. — Vamos levar você para o quarto. — Ela rastejou em direção ao telefone virado, permitindo que a luz preenchesse o espaço. Hyunjin sentou-se lentamente, com a mão sobre o peito. Merda.

Ficou muito silencioso ao redor. Ninguém estava falando muito. Hyunjin foi levado para o quarto dos hóspedes. Sua cabeça latejava. Ele sentou-se debaixo do edredom. Yeseul trouxe para ele uma caneca cheia de chá e um antipirético. Ele sentiu um nó na garganta ao vê-la.

Ele não conseguia tirar os olhos dela. Ela era linda demais. Bonita demais.

Yeseul sentou-se perto dele, os olhos evitando-o.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora