𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjin

46.

A multidão começou a desaparecer assim que o jantar foi servido e as últimas taças de champanhe foram servidas. As nuvens lá fora derreteram, deixando abrir o colo de uma noite cheia de estrelas. As pessoas que ficaram para trás estavam agora sentadas em volta do fosso da orquestra, com os corações inchados pela juventude dos seus sonhos. O riso dançava com a música vibrante que flutuava nos instrumentos. Hyunjin não conseguia tirar os olhos de Yeseul. Ele estava fascinado pelo amor. Seu sorriso alcançou seus olhos.

— Sinceramente, não aguento mais muito tempo. — Soji riu, olhando para o grupo. Jeongin, percebendo a situação, saiu correndo, a multidão o engolindo. Hyunjin a segurou pela mão, sua preocupação fraternal flutuando em suas sobrancelhas. Soji sorriu largamente. — Parece que estou prestes a desmaiar.

— Ei. — Hyunjin cutucou-a suavemente. — Eu poderia deixar você ficar sozinha se isso melhorar as coisas? — A travessura estava de volta e Soji gostou muito disso. Ela se sentiu mais perto. Como se todas as paredes tivessem finalmente desmoronado e ela voltasse a ser sua irmã.

— Estou aqui. — Jeongin estava de volta com uma cadeira de rodas. — Você deveria ter usado isso desde o começo. Mas é claro que você é teimosa demais para aceitar ajuda. — Ele colocou os braços em volta dela, ajudando-a a se sentar. Yeseul não percebeu que estava sorrindo enquanto olhava para o par. Muito adorável.

— Vocês precisam aceitar que estão namorando. — Yeseul exclamou. Os olhos de Jeongin eram duas vezes maiores. Soji ficou corada.

Jeongin ergueu um dedo, gaguejando.

— Oh, bem, hum, você e Hyunjin. Vocês também não estão sendo muito sorrateiros. Por que vocês dois não são oficiais?

Yeseul sentiu o carma deixar seu rosto vermelho como uma beterraba. Ela roubou um olhar de Hyunjin, que estava profundamente se divertindo. Ele ergueu uma sobrancelha para ela, com os braços cruzados. Seus lábios se curvaram em um sorriso tímido, mas ele não desviou o olhar.

— Entendo. É assim que você está tentando mudar de assunto? — Yeseul respondeu. Soji e Hyunjin estavam claramente gostando de vê-los discutir dessa maneira.

— Todos os casais, por favor, pisem no chão. — A voz de um homem ecoou pelo corredor. Cabeças se viraram, olhares se encontraram, mãos hesitantes se estenderam e, em no meio disso, Hyunjin e Yeseul estavam de pé, com os corações batendo forte.

— Mostre um pouco de coragem, covarde. — Jeongin provocou Yeseul e empurrou Soji em direção ao chão, apesar de suas reclamações.

Uma onda celestial de notas deixou a sala em silêncio. Jeongin puxou Soji para cima, seus olhos buscando os pensamentos dela. Ela sorriu, balançando a cabeça, e os dois foram para o centro, as mãos delicadas em volta da cintura, tremendo ao ver a visão que tinham, e como agora eles estavam costurando uma noite de profunda adoração.

Os lábios de Yeseul estavam separados, os olhos brilhando com a aparência celestial dos dois. Como ondulações na água, seus corpos se fundiram de maneiras que formaram a arte.

Hyunjin engoliu o nó na garganta. Ele deslizou a mão na dela, puxando-a para o centro das atenções. Yeseul sentiu uma vibração se instalar entre as omoplatas. Hyunjin se virou para encará-la, olhos contendo poças de desejo profundo. Ela não conseguia desviar o olhar. Ele pressionou a palma da mão na parte inferior de suas costas, causando um milhão de arrepios através dela. Seus peitos se tocavam, e seus pés trabalhavam pela sala, em círculos, e nesse momento Hyunjin sentiu seu coração inchar pela garota em seus olhos. Yeseul ficou pasma. Ela olhou para ele como se ele fosse impossível.

O latejar em seu coração, tudo vindo de um garoto com quem ela se curou. Se Yeseul pudesse fechar os olhos, ela poderia imaginar uma flor brilhante e derramada rastejando ao redor de seus corpos, fazendo-os completar um ano neste momento da noite onde as preocupações não tinham significado.

— Você roubou meu coração. — Hyunjin sussurrou, seus lábios tão próximos dos dela.

Yeseul podia olhar para ele apenas com encantamento. Ela era uma escrava de tudo que ele dizia, de tudo que ele a fazia sentir. Ele a puxou, trazendo-a para mais perto.

Um sorriso suave se abriu no rosto de Yeseul.

— Achado não é roubado.

— Você é bastante ousada para alguém que é uma criminosa. Vou prestar queixa contra você.

— Prestar queixa agora? Diga-me então, o que você quer, gentil senhor?

— Você.

Yeseul sentiu-se tonta. Ela riu baixinho, os olhos se esquivando para olhar toda a alegria ao seu redor. Hyunjin também não conseguiu conter o sorriso.

— Eu não estou brincando. — Ele tentou parecer sério.

— Qual você quer que minha resposta seja? — Yeseul olhou nos olhos dele, arrependendo-se imediatamente porque, Deus, ele era lindo.

— “Sou sua.” — Um brilho suave brilhou em seu olhar. Yeseul sentiu seus pés quase perdendo a coordenação com a música. — Isso é o que eu preciso ouvir. Não é tão difícil.

— Sou sua. — Yeseul sentiu sua respiração ficar presa nos pulmões. Hyunjin diminuiu a velocidade, o sorriso sutil em seu rosto falava muito.

— Perdão? Não consegui ouvir você por causa da música.

— Eu sou sua... Toda sua.

O coração de Hyunjin estava alto o suficiente para transmitir o nervosismo absoluto em seus ouvidos. O mundo ao seu redor desmoronou pedaço por pedaço. Ela foi o primeiro amor de um artista, a melodia de uma alma triste, o alívio sobre o corpo de um homem doente. E ela estava lá, dizendo essas palavras. Para ele. Ele ficou parado, segurando a mão dela, e junto com a música acompanhando os dois, eles saíram correndo da pista de dança.

— Onde eles estão indo? — Soji murmurou para Jeongin.

— Essa parte não é da nossa conta. — Suas expressões faciais diziam tudo o que Soji precisava saber. — É classificado como R. Posso imaginar isso.

Esta resposta ganhou um golpe suave.

— Por que diabos você imaginaria isso agora?