O3.

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O sol estava pondo o céu em rosa profundo. Yeseul suspirou, caminhando com um empurrão preguiçoso. Ela queria olhar para o céu e ficar bêbada nas nuvens. Mas ao ver os óculos pendurados em sua camisa, ela zombou.

“Eu não posso nem apreciar o pôr do sol por sua causa.”

Enquanto esses pensamentos passavam por sua cabeça, ela ouviu um clamor em um dos becos. Seus passos ficaram lentos e sua curiosidade ficou forte. Ela caminhou em direção ao som de risadas, seus olhos arregalados quando viu alunos de sua escola amontoados, intimidando um garoto de sua idade.

Ela engasgou, as mãos segurando a parede de tijolos que a mantinha longe da vista dos valentões. Yeseul olhou em volta freneticamente, procurando por um carro patrulha ou um adulto, mas o lugar estava deserto. Os agressores provavelmente escolheram a área isolada de propósito.

O menino foi colocado de joelhos e uma menina continuou agarrando seu cabelo, chutando-o repetidamente em seu estômago.

— Sim, Jeongin. Você realmente pensou que sair com o Senhor Popular te protegeria, hein?

“Jeongin? Isso soa familiar.” Yeseul pensou, seus olhos tentando olhar para a cabeça baixa do menino. Seus olhos rapidamente dispararam para os valentões. Ela viu três meninos e duas meninas. Um dos meninos estava fumando, e uma garota estava gravando Jeongin.

Ela viu um menino andando com um taco de beisebol na mão. Seus olhos brilharam de medo completo na frente dela. Sem pensar duas vezes, ela se afastou da parede, correndo em direção ao menino. Antes que ele pudesse mover o bastão, ela puxou a mochila, balançando-a e arremessando-a com força total na cabeça do menino.

Os garotos se levantaram. Xingando pela interrupção.

— Quem diabos é você!? — Um menino muito mais alto que Yeseul se aproximou dela. Ela podia sentir a vida deixando suas pernas. Mas seus olhos caíram sobre Jeongin, que estava sentado olhando para o salvador dele.

— Merda! — O garoto que Yeseul havia atingido se virou, com os olhos vermelhos de raiva. — Eu vou matar vocês dois hoje.

— Levante-se agora! — Ela correu em direção a Jeongin, colocando-o de pé, suas pernas a empurrando em uma corrida. Os dois escaparam por pouco de um dos garotos que se lançou contra Yeseul. A garota tropeçou em seus pés, mas ela gritou para Jeongin sair. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

— Não... — Ele sussurrou.

— Corra! O que você está pensando!? Apenas corra!

Jeongin correu, as lágrimas e o medo não deixando seus olhos. Ele correu em direção ao apartamento de Hyunjin.

Os agressores arrastaram Yeseul pelos pés. Ela foi empurrada no chão, com o rosto voltado para o céu, até que sua visão foi tapada pelo rosto do menino que foi atingido pela mochila. Ela sorriu, seus olhos revirando de dor.

— Sua cadela. Você realmente pensou que iria se safar, hein?

Yeseul estava apavorada com a situação em que se encontrava. Mas ela não tinha outra saída, então desistiu, pronta para ser atingida por um golpe. O menino xingou em frustração, seu punho socando sua mandíbula. Ela provou o sangue em sua boca.

— É tão bom bater em uma garota. O que você acha disso, Sungho?

Sungho deu uma longa tragada em seu cigarro, sorrindo para o amigo.

— Ela é toda sua. Nós somos apenas o público.

Os meninos riram, xingando Yeseul. Ela nem se deu ao trabalho de pensar neles quando sua cabeça já estava girando de dor.

— Você o ouviu? Ele diz que você é toda minha. — O inquilino se inclinou, sua respiração fazendo cócegas no pescoço de Yeseul com medo. — Então você é da nossa escola, Yeseul. — Ele estalou o dedo em seu crachá.

— Eu sou Jihoon. Prazer em conhecê-la. Vou garantir que você pague pelo que fez hoje. Você é muito bonita, então me sinto mal por arruinar seu rosto.

[...]

— Onde ela está!? — Hyunjin gritou, sua raiva pressionando contra sua tolerância. Jeongin não conseguia parar de engasgar com as lágrimas.

— No beco atrás do novo canteiro de obras perto da escola. Todos eles a pegaram. Ela está em perigo. — Jeongin sentou no chão, tremendo. Hyunjin o segurou perto, tentando acalmá-lo.

— Fique aqui. Voltarei logo.

Hyung. — Jeongin olhou para cima, chorando. — Eles vão te machucar também.

— Confie em mim. Eu vou ficar bem.

Yeseul ficou no chão por um longo tempo. Os valentões não fizeram nada além de xingá-la, até que se cansaram dela e foram embora. Ela observou o céu se transformar em cem tons diferentes, até que uma estrela se iluminou na escuridão. Suspirando, ela se sentou, a dor perfurando seu corpo. Ela puxou a mochila e tentou andar, seus passos vacilantes ao sair da fenda escura.

Ela riu de seu estado.

— Yeseul, sua idiota. Você vai se matar um dia.

Seus olhos caíram em seu peito, os óculos ainda pendurados em sua camisa. Tomando-o em sua mão, ela suspirou.

— Quebrou.

O tempo não conseguiu alinhar o encontro dos dois. Quando Hyunjin chegou ao beco, seus pulmões entorpecidos pela respiração, Yeseul já havia saído.

 Quando Hyunjin chegou ao beco, seus pulmões entorpecidos pela respiração, Yeseul já havia saído

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𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora