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Yeseul se odiava até os menores átomos que contribuíam para sua existência. Ela ficou do lado de fora do pub, com o coração como um animal frenético por Hyunjin. Isso não iria acabar bem. Ela sacudiu as imagens de seu rosto. Quão sem vida ele parecia de exaustão. Respirando fundo, ela colocou o pé na área de perigo.

Yeseul subiu uma escada graciosamente sinuosa que parecia pendurada no teto como um caminho etéreo, guiando-a por um pub de propriedade de proprietários japoneses, conhecido por seu ambiente único. O interior mal iluminado era uma fusão artística de elementos tradicionais e modernos, com lanternas lançando um brilho quente e convidativo em meio ao suave murmúrio dos clientes. De vez em quando, a escuridão era divertidamente interrompida por luzes piscantes, criando uma atmosfera enigmática que sugeria a energia viva interior.

Ao subir, ela não pôde deixar de notar a impressionante peça central do estabelecimento: um piso de vidro transparente que separava os dançarinos abaixo. Isso permitiu que ela observasse os movimentos rítmicos dos foliões enquanto eles acompanhavam as batidas da música, ao mesmo tempo em que saboreava a emoção de se sentir suspenso acima dessa exibição hipnotizante.

Acompanhado por um garçom, Yeseul subiu graciosamente uma escada que levava a um refúgio mais tranquilo dentro do estabelecimento. À medida que ela subia, a música diminuía suavemente, permitindo que o ritmo sutil de seus próprios passos ressoasse no ambiente silencioso. Hyunjin aparentemente havia garantido um canto isolado, que ela logo localizou, diante de cortinas parcialmente fechadas. Ela abriu as cortinas, revelando um cubículo aconchegante e íntimo. A reconfortante constatação de que ele ainda não havia chegado proporcionou-lhe um momento de solidão.

Havia uma garrafa de champanhe no centro. Yeseul sabia o quão fraca ela era quando se tratava de se cuidar depois de beber. Em vez disso, ela se serviu de um pouco de água, hidratando a garganta seca. Como uma idiota, ela pegou o telefone para mandar uma mensagem sobre seu paradeiro, mas desligou quando lembrou que ele ainda estava bloqueado.

— Idiota.

Não demorou o suficiente para Hyunjin chegar. Ele parecia tudo, menos abatido. Havia um encanto antigo no ar que ele trouxe consigo. Seu cabelo estava penteado para trás com pomada e ele tinha um cheiro maravilhoso. Os óculos que ele usava eram uma lembrança dos tempos de escola. Yeseul se viu momentaneamente cativada, seu olhar atraído irresistivelmente para sua presença magnética, apenas para desviar rapidamente os olhos enquanto lutava contra a distração.

— Você está atrasado.

— Desculpe. — Ele deu a ela um sorriso que continha mais. Ela não sabia o quê.

— Achei que você nunca viria.

— Eu sou um tolo, o que posso dizer? — Yeseul apertou os dedos, tentando entender aonde isso poderia levar. Ela observou Hyunjin segurar o champanhe e servir o líquido em duas taças finas. Um segurando uma quantidade menor. Ele segurou-o na direção dela. Ela cedeu e aceitou.

— Você lembra.

Uma risada suave e baixa.

— Você fala como se uma década tivesse passado.

“Parece que sim.” Em vez disso, ela tomou um gole, lavando o amargor de suas papilas gustativas. — Como você tem estado? — Yeseul decidiu tomar a iniciativa esta noite.

Hyunjin ficou solene por um segundo. Então um pequeno sorriso escapou.

— Mais ou menos. — Ele se serviu de outro copo. _ É bom. Estou onde queria estar. Foi para isso que estudei tanto, — ele olhou para ela, descobrindo uma nova compreensão nos olhos de Yeseul — e estou feliz. Espero que alguém esteja orgulhosa de mim. Eu fiz isso apenas por um motivo especial.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora