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Todo o resto pareceu derreter quando Hyunjin e Yeseul desceram as escadas, a mãe de Hyunjin parou de repente, aproveitando todo o momento para observar o que estava acontecendo. Ela não conseguia entender isso, porque como Hyunjin havia dito, Yeseul era realmente apenas uma amiga. Mas a expressão em seu rosto parecia dizer o contrário.

Eles não estavam cientes dos acontecimentos do mundo exterior. Quando saíram, as estrelas pareciam diamantes espalhados sobre a seda preta. Yeseul não poderia se sentir mais contrariado do que naquele momento. Calma absoluta e um caos se agitou em seu peito. Ela ficou quieta, a mão ainda na do menino.

Hyunjin a conduziu pelo cascalho até o portão que tinha rosas enroladas por todo lado. Abrindo-o, eles caminharam sob as luzes da rua. Yeseul não conseguia ver nada além de como suas mãos estavam perfeitamente em concha. Seria infantil, mas ela não conseguia evitar que seu sorriso quase pingasse naquele estado sombrio. Como se suas mãos, o toque que formavam fosse algo destinado apenas a eles.

Hyunjin tinha um zumbido fervilhando em seu peito. Ele não podia fazer mais do que caminhar silenciosamente naquela hora tardia. Ele rezou para que a brisa que soprava contra eles fizesse a garota em seu domínio encontrar algum porto seguro. O mar brilhava sob o luar. As marés batiam em um ritmo eufônico. Eles haviam chegado ao fim das casas uniformes. Não havia cerca torta naquele canto. Apenas um pequeno quintal aberto a qualquer transeunte. Ficou escondido atrás de uma enorme roseira. A grama permaneceu macia, como um abraço acolhedor vindo do chão. Hyunjin caminhou até a grama e sentou-se. Yeseul também se sentou, confiando no cara ao lado dela e suas ações.

Hyunjin observou o anel brilhante da cidade circulando do outro lado do mar.

— Como você está se sentindo agora?

Yeseul puxou a grama, repetindo a pergunta para si mesma novamente.

— O mar é bom.

— Ajuda a aliviar os nervos, certo?

— Sim. Eu me pergunto se o fundo disso dá a mesma sensação de calma. — Yeseul riu, Hyunjin soltou um sorriso também.

— É aqui que você confessa que realmente é uma sereia?

— Ei. Achei que tínhamos decidido que eu seria a pessoa mais cruel. — Yeseul brincou junto. Hyunjin olhou para ela, seus olhos brilhantes com um contentamento assegurador.

— Sim, claro. Você ter fugido de mim mais cedo realmente provou sua maldade. — Ele apertou os lábios, tentando abafar o riso, mas Yeseul chegou antes dele. Ambos tiveram uma alegre liberação de seus sentimentos.

Momentos se passaram sem que nenhuma palavra fosse compartilhada. O fundo tocando o som do farfalhar dos galhos e da água enchendo o ar ao redor.

— Jeongin deve estar roncando no seu quarto. — Yeseul sorriu para o céu. Ela observou uma nuvem escura surgir e cobrir um dos cantos dela.

— Espero que ele não babe na minha fronha. — Hyunjin suspirou, empurrando-se de volta na grama.

Yeseul sorriu para ele.

— Oh, como eu rezo para que ele faça.

Hyunjin olhou para ela, surpreso. Ele ergueu uma sobrancelha, mas logo desviou o olhar, suspirando.

— Você é malvada.

— Ei... Por que você me trouxe aqui? — Yeseul lentamente soltou um sorriso. Hyunjin fez uma pausa, olhando para as estrelas.

— Você parecia triste. O que aconteceu?

Yeseul também se deitou no chão, com os braços abertos.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora