32.

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A floresta estava em meio a uma desolação que até as lanternas pareciam falhar em perfurar.

Jinho e Yeseul juntos percorreram o caminho trilhado. Cada pio da coruja ou uma folha caindo fazia barulho de paranóia suficiente para tirar o sangue dos rostos dos dois. Yeseul avançou, cutucando Jinho pelo cotovelo.

— Onde fica esse lugar misterioso que você encontrou? Sinto que você está tentando me levar para ser uma presa da natureza.

Jinho engoliu em seco. Ele parou, olhando para os troncos grossos das árvores.

— A cabana ficava perto de uma árvore pintada de vermelho. — Yeseul suspirou profundamente. Difícil o suficiente para mostrar seu aborrecimento.

— Você está realmente me levando para uma cabana? E se ela pertencer a um esquisito?

O cara retomou a caminhada sem palavras.

— Estava isolado. — Ele caminhou mais rápido. — Ei, acho que entendi.

Yeseul semicerrou os olhos no extremo da escuridão densa. Ela divisou o contorno de uma casa torta.

— Oh, inferno, não... — ela sussurrou, correndo para acompanhar seu irmão. — Eu vou te matar tão rápido se alguém aparecer naquela casa. — Jinho riu dessa ameaça.

— Fantasmas? Skinwalkers? Trolls? Comece a fazer suas suposições. — Jinho olhou para o relógio. Dígitos de néon brilhantes acenderam. 1h24

— Ou pior. Assassinos em série e ursos famintos.

— Vamos apenas dar uma olhada. Sempre quis visitar esses lugares deixados para trás.

— Você é um psicopata por isso.

Os dois se aproximaram da cabana. As árvores foram derrubadas no entorno da casa. Eles não tinham muito onde se esconder se alguém de repente decidisse espiar por trás de uma cortina.

Uma caixa de correio de aparência estranha ficava perto do caminho descendente. Estava enferrujado. A tinta vermelha havia descascado ao longo dos anos. Yeseul se inclinou, com a lanterna voltada para dentro. Ela não esperava ver nada, mas havia um maço de envelopes fechados. Ela puxou, mas um movimento em seu cabelo a fez parar.

— O que? — Ela olhou para Jinho.

— Não estamos aqui para desrespeitar a privacidade.

— Muito hipócrita? — Ela puxou o pacote, pegando um para olhar as informações rabiscadas.

11 de fevereiro de 2023

Isso foi no ano passado.

Ela pegou outro.

11 de fevereiro de 2022

Isso foi assustador o suficiente. Yeseul empurrou os envelopes e saiu em busca do irmão, que havia desaparecido repentinamente.

— Jinho? — Ela acendeu as luzes ao redor da casa. A temperatura pareceu cair de repente. Yeseul poderia jurar que se sentiu mal de medo.

— Venha aqui! — Uma voz chamou. Yeseul o seguiu rapidamente. Ela correu pelo lado estreito da casa, chegando logo ao quintal. Havia uma confusão de coisas aleatórias no chão. Ela viu Jinho examinando um balanço infantil. — Isso parece tão antigo.

— Não brinca.

— E se olharmos para dentro? — Jinho tinha uma expressão travessa no rosto. Yeseul não gostou nem um pouco.

— Não.

— Oh vamos lá! — Ele se levantou, com as mãos nos bolsos. Ele passou por ela. — Você pode me seguir. — Yeseul obedeceu, mas parou no final da escada.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora