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Hyunjin sentiu um arrepio percorrendo sua espinha quando viu Yeseul. Ela parecia tão perto que era sufocante. Ela parecia tão distante que ele ansiava por ela. Hyunjin não conseguia respirar.

— Ei. — A garota piscou para ele, sorrindo hesitante.

— Ei. — Ele soltou o nó do peito. Isso não estava indo tão bem quanto ele pensava. — Onde você estava? —

— Em lugar nenhum. — A resposta foi muito repentina. Como se estivesse preparada. Hyunjin não conseguiu registrar, já que Yeseul parecia muito bonita. O que diabos está errado comigo? Esta pergunta não foi respondida.

— Por que você não entrou? — Yeseul perguntou, os olhos evitando-o a todo custo. Ela se aproximou da porta para inserir os dígitos, mas Hyunjin a impediu.

— Não.

Yeseul ergueu os olhos. Ela podia respirar sua doçura. Ele parecia tão etéreo. Yeseul quase se sentiu tonto.

— Por que?

— Vamos dar uma volta. — O aperto de Hyunjin se afastou de sua mão. Ele descansou a mão no pescoço, olhando para os sapatos. — Não consigo respirar aqui. — Não na sua presença.

Yeseul podia sentir o que ele sentia. Pois ela também. Ela sorriu para o constrangimento e enfiou as mãos no bolso para tirar duas latas de refrigerante.

— Que tal a praia?

As ondas batiam umas nas outras, formando as canções da vida marinha profunda

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As ondas batiam umas nas outras, formando as canções da vida marinha profunda. Yeseul e Hyunjin não sentiram necessidade de encher o ar com palavras neste momento. O ambiente foi suficiente para acalmar seus corações. As marés crescentes e o luar juntos faziam uma serenata para o mundo, e tudo o que precisavam fazer era ser uma testemunha disso.

Yeseul abraçou as pernas com mais força, os calcanhares cravados na areia fofa. Ela observou Hyunjin formar círculos na areia enquanto girava sua bebida aberta.

— Como vai você? — Yeseul perguntou suavemente.

Hyunjin olhou para cima assustado, mas seus olhos encontraram a suavidade do rosto dela. Ele se sentiu à vontade. Ele assentiu.

— Bem. — Ele pensou mais sobre isso. — Estou feliz por termos conversado.

— Nós mal fizemos. — Yeseul riu, bebendo seu refrigerante.

— Você sabe o que eu quero dizer. — Hyunjin sorriu. — Parecia tanto tempo. Esperando por você. — O final de sua frase foi um sussurro.

— Eu senti que você ficaria bravo comigo. — Yeseul desviou os olhos de Hyunjin. O menino fez o oposto. Ele sentiu uma dor familiar por dentro.

— E eu pensei que você iria me odiar. — Yeseul ficou surpresa com o peso da voz de Hyunjin quando disse isso. Ela estava preocupada que ele pudesse chorar. Ela olhou para ele, seu rosto falando alto.

— Eu nunca vou. Não consigo nem imaginar isso. Hyunjin, você já passou por bastante, e a última coisa que eu gostaria que você passasse é a culpa que não pertence a você. Nada disso foi culpa sua... Eu prometo que nunca vou te deixar.

Os olhos de Hyunjin queimaram nos dela. Ele se sentiu muito grato por viver este momento, ao lado do mar, ao lado dela, ouvindo palavras que só se as tivesse ouvido antes poderiam ter evitado que tanta dor florescesse dentro dele.

— Yeseul.

A maneira como ele falou o nome dela parecia uma queda nas nuvens.

— Sim?

— Eu sou um tolo. — Hyunjin soltou uma risada quebrada. Ele desviou o olhar, para o mar e para a lua minguante.

— Por que você diz isso?

— Eu não queria que você descobrisse. Eu queria que você tivesse uma imagem pura minha. Quando te vi pela primeira vez, você estava tão vulnerável no momento. Meu peito doeu o dia inteiro por você. Quando nossos óculos foram trocados, ou quando você me mostrou aquela fonte secreta em seu labirinto muito legal. Nossa, você no show, — os olhos de Hyunjin se transformaram em luas crescentes brilhantes pelo sorriso que floresceu em seu rosto.
   — Em todos aqueles momentos eu fui um tolo por você. Coloquei tanto de você em meu coração, que comecei a esquecer todo o mal que enfrentei na vida. Mas então, quando percebi que meu segredo havia sido revelado, me senti traído. E machucado. Eu só conseguia ver você fugindo de mim. De repente, eu tinha dezesseis anos de novo, mergulhando em alguma escuridão desconhecida. Mas, — Hyunjin engoliu em seco antes de olhar para Yeseul, — mas agora você diz todas essas palavras gentis, e eu estou apenas me sentindo um idiota maior. Porque desta vez, fui eu quem expulsou todos da minha vida, em vez do contrário.

Yeseul sentiu uma gota de lágrima cobrir seus olhos. Ela olhou para baixo, o cabelo cobrindo seu rosto. Ela respirou fundo, incapaz de encontrar a realidade depois de ouvir tudo isso.

— Eu não culpo você. Você era jovem e estava assustado. Você precisava de alguém para lhe garantir que não era você quem merecia as repercussões. Naquele momento, você precisava que sua irmã segurasse sua mão e tirasse você de dentro de você. aquele choque, mas as pessoas foram muito cruéis para separar vocês dois. Eu só culpo o mundo. Ela olhou para Hyunjin. — Inferno, eu amaldiçoaria o mundo por você. Porque estou tão zangada com eles quanto você precisa de mim. Você não é um tolo. Você é simplesmente estúpido. — Yeseul enxugou as lágrimas.

Hyunjin riu de sua tristeza.

— É a mesma coisa, sua idiota.

— Calado.

— Ei.

Yeseul mal podia imaginar o que aconteceria, porque Hyunjin a abraçou com força, tão apertado que os dois caíram para trás, ele por cima dela. Foi a vez dela esquecer a respiração.

— Isso parece nostálgico. — Hyunjin estava praticamente elevando-a, com aquele sorriso presunçoso dele.

Yeseul olhou para ele com os olhos arregalados, sabendo exatamente no que ele estava pensando. Ele agora tinha um sorriso muito satisfeito na boca.

— Seu desgraçado. — Ela corou ainda mais.

— Não diga essas palavras. — Yeseul viu como um lado de seus lábios se virou levemente para cima. — Vou ter que beijar isso.

— Saia de perto de mim. — Ela o empurrou, afastando-se para esconder seu constrangimento enquanto o cara não conseguia parar de rir. Yeseul tinha certeza de que poderia entrar em combustão naquele momento.

 Yeseul tinha certeza de que poderia entrar em combustão naquele momento

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𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora