4O.

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A campainha tocou rápido demais. Yeseul sentiu seu coração pular na garganta.

Para todo o suspense louvável, todos os sentimentos de borboletas foram inundados. Yeseul abriu a porta, nada além do ar rarefeito encontrando seus olhos. Isso foi até ela olhar para baixo, para a criança com olhos grandes demais para seu rosto.

— Oi.

— Olá...?

— Você pode me ajudar a encontrar meu tio? —Ela piscou para Yeseul, os olhos brilhando de esperança.

Yeseul olhou em volta, hesitante. Ela tinha ouvido muitos podcasts sobre crimes para agir de acordo com suas emoções agora. Esta poderá ser a próxima maior tática de tráfico humano da Coreia. Ela olhou desconfiada para a criança de tranças. Todos os pensamentos sobre Hyunjin evaporaram de seu couro cabeludo. Ela sussurrou um ‘espere um minuto’ antes de fechar a porta.

— Que raio foi aquilo? — Ela exclamou, com as mãos apoiadas nos quadris. O casaco pendurado nas proximidades era uma lembrança do spray de pimenta que ela havia sido enganada e possuía. Houve um estrago extraviado em seu pacote de um local incompleto e, no final das reclamações e da espera de uma semana, ela recebeu uma caixa furada com spray de pimenta em vez da colônia prometida. Ela poderia usar as pessoas por trás desse serviço horrível se pudesse, mas Yeseul conteve sua raiva. Ela olhou para o lado otimista de tudo. Ela poderia usar isso para defesa. E possivelmente hoje foi o dia. Ela assentiu com firmeza, enfiando a garrafa no bolso. É claro que isso não aconteceu antes de ela agir em suas posturas de ataque.

A porta finalmente foi aberta e Yeseul ficou surpreso ao ver a garota na mesma posição de antes.

— Uau. Parece que você não fica entediada facilmente.

— Eu toquei as campainha de todas as portas do corredor.

— Que merda!? — Yeseul agarrou a criança rebelde e fez a corrida mais rápida de sua vida. Eles logo estavam no elevador, Yeseul quase ofegante.

— Meu tio e eu sempre fazemos isso. — Ela sorriu para o reflexo de seu guardião. Yeseul quase bateu nela com o punho. — Eu posso ver você, Eonnie. — Yeseul enfiou a mão no bolso com relutância.

— Então, onde você viu seu tio pela última vez?

— Na tabacaria. Ele teve que comprar. Ele fuma demais, você sabe. Ele é uma boa pessoa, mas ele fumar realmente me deixa envergonhada. Não quero que ele faça isso.

— Uau. — As crianças realmente revelaram a maior parte dos segredos de família. — Agora escute aqui, criança. Você não sai por aí falando mal do seu tio, mesmo que ele fume demais. Acho que o melhor que você pode fazer é dizer a ele para não fumar perto de você. Fumar não é brincadeira, ok?

A criança deu-lhe um aceno firme.

— OK.

— OK.

As portas do elevador se abriram e as duas saíram de mãos dadas, surpreendentemente unidas no minuto de viagem. Yeseul percebeu como sua guarda estava baixa. Ela limpou a garganta, voltando ao profissionalismo.

— Ok, criança, mostre o caminho.

A garota puxou-a pela calçada, em direção à iridescência da cidade noturna. Carros passavam correndo e lâmpadas piscavam vivas ao longo de seus degraus. Yeseul respirou, aliviando um pouco o aperto em seu peito. Ela havia se tornado uma eremita nos últimos dias, e agora o destino a fazia seguir uma garota do lugar do diabo ou... algo socialmente admirável. Serviço comunitário. Sim. Talvez.

— Aqui. — A garota parou. — Eu estava esperando por ele aqui e ele desapareceu de repente. Lá embaixo. — Yeseul engasgou ao ver o beco escuro para o qual estava sendo conduzida.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora