𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjin

12.

— Yeseul. — Jihoon ergueu uma sobrancelha ao observar a expressão vazia de Yeseul lentamente se transformar em raiva. — Já faz tanto tempo. Você nem cumprimenta seus próprios amigos agora.

Yeseul se virou, os olhos olhando ao redor para o silêncio garantido do lugar, os alunos ocupados com as cabeças nos livros. A última coisa que ela queria era fazer uma cena na biblioteca. Isso colocaria seu dever em risco. Então, tudo o que ela fez foi caminhar em direção à sua própria fileira, ignorando o garoto que a acompanhava, o olhar presunçoso mal deixando-o.

— Você está com raiva de mim? — Jihoon bloqueou seu caminho quando chegaram em um espaço vazio. Yeseul podia sentir a sufocação rastejando lentamente entre sua cabeça. Mas ela empurrou para baixo com o sentimento, olhos olhando teimosamente para ele.

— Vá embora antes que eu faça algo com você.

— Na verdade, eu gostaria de ver você tentar, Yeseul. Você sabe o quanto eu te adoro. — Suas palavras arrastadas, tentando provocar a garota, inclinando-se para mais perto.

Yeseul recuou, tentando passar por ele, mas Jihoon se estressou, agarrando seu braço antes de puxá-la para trás.

— Você realmente acha que Hyunjin é uma boa pessoa, não é? Você não está nem um pouco preocupado com a causa por trás dele mal ter amigos?

— Eu não me importo, Jihoon. Por que você não pode simplesmente me deixar em paz? — Yeseul levantou a voz, puxando o braço de seu aperto. Jihoon a observou por um momento, rindo para preencher a lacuna.

— HyunJin fez amizade com garotas como você e as descartou quando perceberam que elas não passavam de uma isca.

— Saia daqui. — Yeseul se afastou, mas não conseguiu ir muito longe quando Jihoon agarrou seu ombro, virando-a com um solavanco. A caixa em sua mão caiu, papéis espiralando por todo o chão.

— Park Jihoon! — Hyunjin virou-se para a área isolada em que os dois estavam. Ele caminhou em frente, indiferente aos papéis em que pisou antes de balançar o braço, dando um soco na mandíbula de Jihoon. Yeseul apenas ficou lá, atordoada, antes de Hyunjin puxar seu pulso suavemente, dando-lhe um empurrão suave para que ela ficasse atrás dele.

— Hyunjin. — Jihoon olhou para cima, sorrindo maliciosamente. — Você realmente saiu do personagem hoje. — Seu punho perversamente atingiu Hyunjin, mas ele protegeu seu rosto, seu braço recebendo a força contundente. Por um segundo, Hyunjin ficou surpreso com a profundidade da dor que ressoava em seu braço, mas não deu chance para o próximo golpe. Hyunjin rapidamente virou seu corpo, sua perna esquerda balançando alto em direção ao pescoço desprotegido de Jihoon. Ele tropeçou, a risada de seus lábios tortos não parava.

— Para que toda essa raiva? Uma garota fraca que você machucaria a seguir?

— Jihoon, pare com isso. Vou chamar a professora. — Yeseul gritou, o clamor repentino fazendo os alunos se reunirem lentamente. — Hyunjin, saia.

Hyunjin agarrou Jihoon pelo colarinho, puxando-o para perto, seus olhos observando o olhar sombrio e sem emoção de Jihoon.

— É melhor você ficar longe dos meus amigos.

— Você gosta dela? — Jihoon brincou, jogando a cabeça para trás. — Ela é apenas uma substituta. Você sabe disso aqui. Em, seu coração morto.

— Hyunjin! — Yeseul agarrou o braço do menino, afastando-o de Jihoon. Quando Hyunjin olhou ao redor, a mente ainda nublada por uma raiva duradoura, ele viu os alunos sussurrando, e o bibliotecário, toda a audiência de suas ações. Ele havia perdido o controle e achava ainda mais difícil silenciá-lo. Ele arrancou o braço de Yeseul, saindo correndo do lugar.

A garota o seguiu atrás.

— Que diabos, Hyunjin?

Hyunjin suspirou, seus passos parando quando ele chegou ao final do saguão. Tudo parecia uma coisa bizarra acontecendo. Ele não conseguia visualizar em sã consciência que mais uma vez se deixaria bater em alguém. E isso também quando esse alguém era Jihoon.

— Por que você faria isso?

— Como assim por quê? — Hyunjin se virou. Ele se sentiu culpado por responder naquele tom, mas não conseguiu evitar. — Você quer dizer que eu deveria ter deixado você para lidar com aquela pessoa!?

Yeseul zombou;

— Eu não queria fazer uma cena. Claro que não estou agradecida por você ter batido nele.

— Yeseul. — Hyunjin mal conseguia sentir o ar nos pulmões. Isso o machucou. Tudo isso passou pela sua mente como um filme sem fim. A dor parecia uma ferida recém-cortada, ainda sangrando a vida dele. Ele fechou os olhos brevemente. — Sinto muito. Eu entendo se você também quiser me deixar.

Yeseul se aproximou, o olhar pálido do menino a preocupava.

— Hyunjin. Eu só... não quero que você se machuque por minha causa.

O menino sorriu incerto.

— Muitos curativos desperdiçados, hein?

Yeseul de repente sentiu seu coração se abrir em um buraco. Ela tentou engolir, mas a luta contra a tristeza a venceu. Ela não pensou muito quando se viu diminuindo a distância entre os dois, seus braços segurando calorosamente a cintura de Hyunjin enquanto ela o puxava para um abraço.

Um suspiro suave deixou seus lábios, o latejar diminuindo como se hesitasse que Yeseul pudesse ficar ciente do que ele sentiu.

— Não me faça desperdiçar ataduras em você.

Hyunjin se endireitou, suas palmas descansando nas costas da garota, puxando-a para mais perto naquele momento de fuga que poderia não voltar para ele mais cedo.

Na enfermaria, a enfermeira ajudou Hyunjin com o braço ferido. Yeseul sentou-se em uma cadeira, esperando que ele terminasse, mas o telefone dela tocou com uma ligação. Ela olhou para o menino, sorrindo antes de sair para atender.

— Vocês dois ficaram mais próximos depois do incidente? — A senhorita Ahn olhou para Hyunjin, sorrindo.

— Huh? De que incidente você está falando?

— A troca de seus óculos. Você sabe. Eu a vi devolvendo seus óculos no escritório.

Hyunjin engasgou, um sorriso incontrolável tomando conta dele. A porta se abriu, a luz entrando junto com a aparência da garota. Ele olhou para ela, a alegria nebulosa em seu peito não desaparecendo.