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Yeseul estava sonolenta. O zumbido baixo do ar condicionado a embalava para dormir. Seu professor estava falando sobre sua deslealdade ao trapacear. Ela se sentiu dissociada. Cada transeunte, cada buzina, cada maço de papel grampeado fazia com que sua concentração diminuísse.

— O que você acha disso? — O senhor James se inclinou para frente, as pontas dos dedos conectadas, os olhos ansiosos.

Yeseul mexeu-se na cadeira. Ela não sabia qual era a pergunta. Ela respirou fundo.

— Eu- eu errei ao trapacear. Não deveria ter sido feito. Peço desculpas por isso. Não será repetido.

Ele esperou por mais, mas a julgar pela expressão do rosto dela, ele falou novamente.

— E? E a hora extra que você frequenta aqui, perto do TA?

Yeseul não queria discutir. Ela suspirou, balançando a cabeça.

— Sim. Isso seria de grande ajuda.

O senhor James levantou-se sorrindo. Ele estendeu a mão para um aperto.

— Você é uma boa aluna. Isso vai te ajudar muito.

Yeseul sorriu pegando sua mão.

— Obrigada.

O céu noturno estava engolindo a luz. Vênus brilhava como uma joia, pairando no céu. Yeseul estava sentada na quadra de tênis, olhando para cima, relembrando enquanto tomava um gole de leite com chocolate. Isso trouxe de volta todas as memórias de seus tempos de escola.
   Especialmente no dia em que Hyunjin e ela se conheceram pela primeira vez, e como ele cuidou de seus ferimentos. Um enxame de borboletas estava em seu estômago. Ela sentia muita falta dele. Ela se sentiu patética por bloquear seus amigos só porque eles estavam ocupados com suas próprias vidas agora.

Ela estava agindo infantilmente. Mas ela sentiu que precisava de algum tempo para pensar em tudo.

— Oi. — Yohan disse.

A cabeça de Yeseul se ergueu. Ela desviou o olhar. Ela não suportava olhar para ele quando seu interior estava cheio de emoções. Ela falou em vez disso.

— Eu tirei um F.

Yohan sentou-se em silêncio ao lado dela. O espaço entre eles é próximo o suficiente para que sintam o constrangimento.

— Imaginei.

Yeseul soltou uma risada.

— Não serei malvada e culparei você cem por cento. Pedi que você escrevesse a redação para mim. Eu também sou culpada.

Yohan não tirou os olhos do rosto dela. Ele respirou suavemente pelo nariz, balançando a cabeça.

— Eu também fui chamado. Eles me deram uma boa bronca. Pelo amor de Deus, isso é universidade. Quem se importa? — Ele riu, olhando para o céu se fundindo em tons roxos. — Sinto falta da Coreia.

— Alguém de muito prestígio. Tenho certeza de que eles não querem colocar sua reputação em risco porque um estudante decidiu ser negociante de redação no campus. — Um breve silêncio. — Eu também sinto falta de casa.

Yohan olhou para seus sapatos, juntando-os e separando-os.

— Fui convidado a visitar o T.A a partir de amanhã. — Yeseul olhou para ele, confusa com seus olhos tristes. — Eu tinha planos.

— Bem- — Yeseul reprimiu um comentário sarcástico. — Me pediram para fazer a mesma coisa. Embora por motivos diferentes. Eu não estava indo bem nos testes recentes. Eu precisava de aulas particulares.

Yohan assentiu. O silêncio caiu ao redor deles como um cobertor. A facilidade estava preenchendo os espaços, e Yeseul sentiu uma amarga melancolia crescer dentro dela.

— Você se parece com alguém que eu conheço.

— Eu pareço? — Yohan sorriu. — Seu namorado do ensino médio?

Yeseul não respondeu. Ela se sentou, tirando o pó das calças.

— Eu tenho que ir.

Yohan estava confuso, mas podia ver uma história intrincada por trás de sua demissão. Seus pensamentos foram interrompidos quando seu telefone tocou, sacudindo-o.

Chamada recebida de “hyunjin”...

— Hyung!

Estou em Nova York.

— Você desapareceu. Onde você esteve?

Um suspiro seguiu o silêncio.

Não vou desaparecer de novo. Eu prometo. Agora vem me pegar, estou com frio.

 Agora vem me pegar, estou com frio

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𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora