33.

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Hyunjin saiu sem palavras quando a casa adormeceu. Ele entrou no carro da mãe e partiu em direção ao lugar que estava convencido de que nunca teria visto depois do acidente. Seu coração batia forte o suficiente para entorpecer seus ouvidos.

A floresta se aproximava e, assim que chegou à escada azul, parou, sem sequer fechar a porta do carro. A escuridão mal o estava ajudando. Ele tropeçou nas ervas daninhas, mas mal conseguia olhar para o joelho machucado naquele momento. O ar estava frio e doía muito em seu peito. Mas Hyunjin não teve tempo para fazer uma pausa. A cabana se aproximou e sua ansiedade desapareceu de seu coração.

A porta se abriu assim que ele bateu. Um rosto desconhecido o cumprimentou. Hyunjin mal respirava.

— Ela esta bem?

— Ela está muito angustiada. Tentamos ajudá-la, mas ela não respondeu.

— Ela está tendo um ataque de pânico. — Hyunjin afirmou. Jinho estava sem palavras. Isso fazia muito sentido. Hyunjin enfiou a mão no bolso. Ele puxou um pequeno frasco de comprimidos. — Por favor, dê a ela dois destes. Demora no máximo vinte minutos para fazer efeito.

Jinho ficou confuso sobre o porquê dessa pessoa não entrar.

— Você pode entrar, sabe? Tenho certeza que ela vai se sentir melhor depois de olhar para você.

— Não.

— O que?

Hyunjin poderia jurar que seu coração estava prestes a explodir.

— Eu não consigo vê-la. Ela está no quarto agora?

Jinho assentiu.

— Sim. Nós a carregamos para a cama porque ela estava com frio.

— Por favor, não diga a ela que estou aqui. — Hyunjin entrou correndo. Ele caminhou em direção ao armário. Suas mãos o ajudaram na bagunça. Ele finalmente pareceu encontrar a caixa. Puxando-o para baixo ele olhou para Jinho que agora estava parado ao seu lado. — Ela parecia ter dificuldade em respirar?

— Sim.

— Aqui. Duas bombas vão ajudar. — Ele entregou-lhe um inalador. Jinho rapidamente os pegou.

— Tem certeza de que não pode vir vê-la pessoalmente?

Hyunjin ficou quieto.

— Ela gosta de ser abraçada durante isso. Se você não se sente incomodado, por favor, pelo menos segure as mãos dela.

Jinho saiu rapidamente. Hyunjin sentiu lágrimas brotando em seus olhos.

— Hyunjin?

Yeseul entrou na sala, esperando que alguém além dele estivesse ali.

— O que você está fazendo aqui?

Hyunjin ficou igualmente surpreso ao vê-la. Ele chupou as bochechas, tentando conter as lágrimas.

— Ei. Era você no telefone?

Os ombros de Yeseul suavizaram. Ela podia perceber a quebra de sua voz. Fazia sentido. Ela viu o que o levou a esta casa às duas da manhã.

— Você está bem?

— Não. — Ele não hesitou em esconder a dor desta vez. Ele piscou, recusando-se a vê-la nos olhos. Ele desejou que o chão pudesse acolhê-lo, porque ele não conseguia carregar o peso da ideia de que Yeseul o viu em um estado tão deprimido.

— Você acha que ainda não consegue vê-la?

— Sim.

— Mas e se ela sentir sua falta? — Yeseul seguiu em frente. A luz estava fraca e a necessidade de ficar por perto era muito forte. Ela desejou poder confortá-lo de alguma forma.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐁𝐎𝐘. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora